Enquanto a população de Caldas Novas sofre com ruas esburacadas, saúde precária e lixo acumulado, a atual gestão municipal parece bater recordes — mas não de eficiência, e sim de esquemas obscuros, contratos viciados e suspeitas de organização criminosa institucionalizada.
Em mais um capítulo escandaloso, o Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO) entrou com uma Ação Civil Pública para anular o Contrato de Locação nº 011/2025, firmado pelo Município com fortes indícios de direcionamento, superfaturamento e enriquecimento ilícito.
🔎 O esquema do aluguel suspeito
Tudo começou com uma justificativa frágil: a Secretaria de Meio Ambiente (SEMMARH) queria alugar um imóvel para guardar materiais recicláveis. Acharam, convenientemente, apenas um imóvel “adequado”: um galpão na Avenida Caxambu, pertencente à empresa AAZ Assessoria de Imprensa, que foi construido as pressas com uma unica finalidade, alugar para prefeitura de Caldas Novas.
Coincidência? Não para o MP. A AAZ pertence a Nathalia Pires Justo, esposa de Rodrigo Cesar Brum, conhecido nos bastidores como o homem forte da “república paralela” que controla setores estratégicos da prefeitura nos bastidores — mesmo fora do cargo.
Dez dias após a assinatura do contrato com a empresa da esposa de Brum, o imóvel foi vendido para Marcos Martins Oliveira, que prontamente entrou como locador oficial do contrato. O novo “dono” confessou ao MP que só comprou o imóvel porque já estava alugado para a Prefeitura. Que beleza, não?
💸 R$ 117 mil por ano para guardar lixo
O galpão está sendo alugado por R$ 9.767,00 mensais, somando mais de R$ 117 mil ao ano — para servir de depósito de recicláveis. Para o MP, trata-se de uma operação de valorização especulativa com dinheiro público, onde um imóvel sem qualquer singularidade foi "milagrosamente" escolhido como o único possível, dispensando licitação e concorrência.
❌ Recomendação ignorada, ilegalidade mantida
Mesmo com uma recomendação formal emitida em junho de 2025, pedindo a anulação do contrato, a gestão Kleber Marra ignorou o Ministério Público e insistiu no erro, como quem não teme a Justiça — ou como quem se acha acima dela.
⚖️ Ministério Público: o freio da bandidagem institucionalizada
O MPGO, mais uma vez, age como verdadeiro guardião da ordem jurídica, ao apontar que a Administração Pública violou a Lei de Licitações (14.133/21), ferindo frontalmente princípios como impessoalidade, legalidade e moralidade administrativa.
O órgão requer:
-
Suspensão imediata do contrato;
-
Multa de R$ 5 mil por dia de descumprimento;
-
Anulação definitiva da locação;
-
Obrigação de nova licitação transparente.
🧨 Caldas Novas vive um governo sitiado por interesses privados
Não é o primeiro escândalo. Não será o último, se o MPGO não agir com rigor. A atual gestão, comandada por Kleber Marra, já carrega nas costas uma série de denúncias, indícios de improbidade, contratações suspeitas e favorecimento a aliados — como Rodrigo Brum, que mesmo sem cargo, parece manobrar os bastidores do poder com as digitais em tudo quanto é contrato questionável.
A cidade está entregue a um modelo político onde o interesse público é atropelado por interesses pessoais, familiares e eleitorais.
🛡️ A sociedade civil e o MP devem reagir
Felizmente, Caldas Novas ainda conta com instituições vigilantes como o MPGO, que não se acovardam diante da corrupção travestida de contrato. Agora, cabe também à sociedade cobrar, fiscalizar e exigir que o dinheiro público pare de irrigar bolsos privados.