Economia

Com previsão de colheita recorde na safra 2021/2022, Goiás deve assumir 3ª posição entre principais produtores de grãos do País

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O governador Ronaldo Caiado durante abertura da colheita da soja, em Catalão. Goiás deve alcançar 15 milhões de toneladas cultivadas na safra 2021/22, aumento de 3,2%

Estimativa da Conab é que o Estado, que antes estava na quarta colocação, ultrapasse o Rio Grande do Sul, até então o terceiro maior produtor no Brasil. Carro-chefe da produção agrícola goiana, a soja deve registrar números expressivos na atual safra, enquanto sorgo e girassol colocam Goiás na liderança no País

Na safra 2021/2022, Goiás deve registrar crescimento de 21,4% na produção de grãos, com estimativa de colheita de 29,8 milhões de toneladas, segundo levantamento divulgado na última quinta-feira (10/02) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Com essa previsão, o Estado se torna o terceiro maior produtor de grãos do País, atrás apenas de Mato Grosso e Paraná. Até a última safra (2020/2021), Goiás estava na quarta posição, já que o Rio Grande do Sul ocupava o terceiro lugar no ranking nacional.

O levantamento da Conab também eleva os números de produtividade e área plantada no Estado. A estimativa é que Goiás saia de 3,8 toneladas para 4,5 toneladas por hectare, o que significa aumento de 18,8% em produtividade no campo. Já em relação à área cultivada, a previsão é de quase 6,6 milhões de hectares, crescimento de 2,2% em relação à safra anterior.

Durante a Abertura Estadual da Colheita de Soja, que ocorreu no último dia 3 de fevereiro, em Catalão, no Sudeste goiano, o governador Ronaldo Caiado já havia estimado números recordes na safra de grãos no Estado. “Vamos arregaçar as mangas, pois queremos chegar a 30 milhões de toneladas de grãos. Tenham a convicção de que nós teremos a maior safra”, projetou. Para alcançar esse resultado, Caiado enfatizou a atuação do produtor rural e o trabalho que o governo tem desenvolvido para estimular ainda mais o segmento, como é o caso de entrega de maquinários, por meio do programa Mecaniza Campo, e a abertura de estradas, em parceria com os prefeitos.

Em relação à previsão da Conab, de números expressivos para a produção agrícola goiana na safra 2021/2022, o titular da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), Tiago Mendonça, reforça que se deve a vários motivos. “Tivemos um período de plantio excepcional, em Goiás, e isso contribuiu para a previsão de aumento na produção, produtividade e área plantada em diferentes culturas no Estado. Somado a isso, os esforços do governo e parceiros em proporcionar benefícios ao setor produtivo rural”.

Carro-chefe
Principal produto da pauta agrícola goiana, a soja deve alcançar 15 milhões de toneladas cultivadas no Estado, aumento de 3,2% na atual safra. A área plantada do grão tem previsão de mais de 4 milhões de hectares, aumento de 2,2% em relação à safra 2020/2021, e a produtividade deve subir para 3,7 toneladas por hectare, crescimento de 1%. Essa estimativa coloca Goiás na segunda posição entre os principais produtores de soja no País, atrás apenas do Mato Grosso, que tem previsão de quase 40 milhões de toneladas do grão na atual safra.

Liderança nacional
No milho total (1ª e 2ª safras), a previsão é que Goiás registre aumento de 53,7%, com quase 13 milhões de toneladas produzidas no Estado. A produtividade deve saltar também em 48,6%, chegando a mais de 6,8 toneladas por hectare. Com esse resultado, o Estado mantém a terceira posição no ranking nacional de produção, atrás de Mato Grosso e Paraná.

Nas culturas de sorgo e girassol, Goiás deve manter a primeira posição de maior produtor dos grãos no Brasil. A expectativa é de aumento de 26,6% no cultivo de sorgo em terras goianas, com 1,15 milhão de toneladas, e também de 26,6% em produtividade, com mais de 3,03 toneladas por hectare. No girassol, o crescimento na produção deve alcançar 68%, com 33,6 mil toneladas.

Fotos: Júnior Guimarães

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Andreazza Joseph é um dos muitos potiguares talentosos que estão espalhados pelo mundo, multifacetado, possuindo formação em Direito e Jornalismo, além de atuar como produtor audiovisual na AgênciAzzA. Com sua paixão pela cultura nordestina, ele se destaca como um cordelista e multi-instrumentista. Sua habilidade em diversas áreas o torna uma figura versátil e criativa, trazendo uma perspectiva única para cada matéria que escreve."

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Economia

Caiado propõe indexação da dívida dos estados a IPCA mais 1%

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Encontro de governadores e representantes de cincos estados com o presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco, em Brasília, resulta em acordo para apresentação de proposta de reajuste no IPCA ao Ministério da Fazenda

O governador Ronaldo Caiado apresentou nesta segunda-feira (15/04) propostas para renegociação das dívidas dos estados, com foco na indexação. A reunião com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, em Brasília, contou com a participação de governadores e representantes de outros quatro estados. No encontro ficou acordado que os governadores vão propor ao Ministério da Fazenda a correção das dívidas pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) mais 1% ao ano.

“O que nós estamos pedindo são indexadores justos e uma renegociação também para que haja flexibilização no teto de investimento e não sejamos engessados, como está hoje a maioria dos estados brasileiros”, pontuou Caiado ao final do encontro.

O indexador da dívida atualmente é o CAM que, somado a mais 4% de juros ao ano, dá a taxa Selic de 11% ao ano. Já a proposta apresentada pelo gestor goiano, em parceria com os governadores Cláudio Castro (RJ), Tarcísio de Freitas (SP), Romeu Zema, (MG), além do vice-governador do Rio Grande do Sul, Gabriel Souza, visa a redução do indexador para IPCA mais 1% ao ano, tornando o índice mais vantajoso para a correção dos valores devidos pelos estados à União, possibilitando o investimento em outras áreas.

Ronaldo Caiado ressaltou que dívidas acrescidas por indexadores extorsivos inviabilizam o investimento nos estados. “O parcelamento da dívida chega a percentuais que impossibilitam investir em infraestrutura. Os entes federativos estão imobilizados devido a essas correções das dívidas que chegam a níveis estratosféricos, não restando nada para que os governos possam atender à necessidade de crescimento”, disse.

Governador Ronaldo Caiado, se reúne com Rodrigo Pacheco, em Brasília, para apresentar proposta de indexação de dívida dos estados

Governador Ronaldo Caiado, se reúne com Rodrigo Pacheco, em Brasília, para apresentar proposta de indexação de dívida dos estados

“Temos que exigir responsabilidade fiscal dos estados, mas também ficar bloqueado com teto de gastos e com esse indexador, com a dívida sendo reajustada nessa proporção, nos inviabiliza de caminhar”, finalizou o governador de Goiás.

A proposta discutida com o presidente do Senado prevê que os estados menos endividados poderão obter acesso a novas operações de crédito. Os que cumprirem todos os compromissos estabelecidos terão reduções de juros permanentes até o prazo final da vigência dos contratos aditivados. Ficam afastados também todos os limites e condições para a realização de operação de crédito ou para a contratação com a União nas celebrações de acordo.

O texto destaca que os estados que apresentarem boa capacidade de pagamento terão tratamento prioritário e célere quanto às análises e avaliações dos pleitos de operação de crédito. Outro item acrescenta pelo menos 50% do PIB ao teto, e exclui as despesas de saúde e educação da limitação de crescimento prevista em Regimes de Recuperação ou de Reequilíbrio Fiscal dos Estados e do Distrito Federal.

O Ministério da Fazenda deve apresentar um projeto até a próxima semana. Entretanto, o presidente do Senado convocou os governadores para ouvir suas sugestões e apresentar seus pontos de vista. Caiado ressaltou que Pacheco deve encaminhar uma proposta que seja compatível com o crescimento dos estados em breve.

Segurança
Durante o almoço, o Chefe do Executivo goiano discutiu também a possibilidade de uma contrapartida financeira às UFs por ações de segurança pública. “Estamos diante de uma luta contra a criminalidade em que assumimos o trabalho sozinhos”, argumentou Caiado, ao lembrar que os estados combatem diretamente crimes federais e não recebem compensação pela atuação das forças policiais. Além disso, os governadores colocaram em pauta a possibilidade de federalização de ativos dos estados.

Fotos: Cristiano Borges / Secretaria de Comunicação – Governo de Goiás

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