Economia

Produção de café deve aumentar 6,7% na safra 2021/2022, em Goiás

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Estimativa integra a edição de fevereiro do Agro em Dados, boletim da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa). A publicação traz, ainda, previsão de crescimento na produtividade média do grão no Estado, que deve ter o melhor desempenho do País

O Agro em Dados de fevereiro chega com gostinho especial: o destaque do mês é a cultura do café. Sétimo maior produtor entre os Estados e o Distrito Federal, Goiás tem estimativa de aumento da produção do grão em 6,7% na safra 2021/2022. O volume produzido deve chegar a 15 mil toneladas, tendo como um dos fatores de influência o incremento na produtividade média. Na comparação com a safra anterior (2020/2021), a produtividade média deve crescer 11,8%, atingindo 2,7 toneladas/hectare, melhor desempenho do País.

De acordo com o titular da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), Tiago Mendonça, a produção de café no Estado vem conquistando cada vez mais espaço no mercado, tanto por causa da qualidade do grão quanto pela alta produtividade em campo. “É uma atividade, ainda, com grande potencial a ser explorado e uma janela de oportunidade para produtores goianos, especialmente no mercado internacional. Com investimentos no setor, será possível para o Estado diversificar ainda mais a pauta de produção, com mais culturas em evidência, resultando, até mesmo, em mais empregos e renda no campo e nas cidades”, enfatiza.

Um dos autores do capítulo ‘Análise da Cadeia Produtiva do Café em Goiás’, que integra o livro ‘O Papel do Agronegócio Brasileiro nas Novas Relações Econômicas Mundiais’, o superintendente de Produção Rural Sustentável da Seapa, Donalvam Maia, confirma que o produto goiano possui várias características positivas, confirmadas pelo alto índice de exportações para a Europa. “É um mercado extremamente exigente. O Estado possui a maior produtividade média de café arábica do País e uma excelente qualidade de grãos, com sistema de produção de alta tecnologia e de plantio em área irrigada, o que explica o excelente desempenho produtivo. Os ganhos na produtividade, decorrentes das boas condições climáticas, tecnologia e da prática de irrigação permitem a obtenção de vantagens e diferenciação em relação aos custos e qualidade do produto, colocando o estado como um grande potencial de expansão de produção”, enfatiza.

Mais dados
O boletim técnico da Seapa do mês de fevereiro traz ainda análises e números sobre a produção goiana de bovinos, suínos, frangos, lácteos, soja e milho. Entre os dados disponíveis estão indicadores de produção, produtividade, área plantada, exportações e Valor Bruto de Produção (VBP). “É uma radiografia atualizada dos principais produtos da pauta agro de Goiás. Por conseguir juntar os números mais relevantes com análises qualificadas, o Agro em Dados vem conquistando cada vez mais espaço junto a formadores de opinião, gestores públicos, líderes setoriais e empreendedores rurais”, destaca o titular da Secretaria, Tiago Mendonça.

Dos sete segmentos compilados pelo Agro em Dados, a maioria fechou o ano passado com estimativa de aumento do Valor Bruto de Produção (VBP): bovinos (+15,0%), frangos (+31,3%), soja (+21,9%), milho (+15,3%) e café (+26,8%). As exceções foram suínos (-6,9%) e leite (-0,9%). A projeção para o VBP total da agropecuária goiana em 2021 alcançou R$ 98,7 bilhões (alta de 14,9% em relação ao ano anterior). As lavouras responderam por R$ 66,4 bilhões e a pecuária, por R$ 32,3 bilhões.

Para a safra de grãos 2021/2022, a expectativa geral é positiva. As estimativas são de crescimento do volume de produção de soja (+4,6%) e de milho (+52,0%). No caso da oleaginosa, a produção de 14,3 milhões de toneladas deve manter Goiás como quarto maior produtor entre os Estados e o DF, com 10,2% da produção nacional. “Após o recorde na exportação de soja no ano passado, a tendência é que o mercado continue aquecido este ano. A expectativa é superar o desempenho do último ciclo”, afirma o superintendente Donalvam Maia.

Gerente de Inteligência de Mercado da Seapa, Juliana Dias Lopes ressalta que, no geral, as condições climáticas favoreceram o cultivo da primeira safra. “E os preços atrativos, principalmente da soja, estimularam os investimentos em sua produção”, completa. A área plantada de soja em Goiás deve aumentar 7,9% e atingir 4 milhões de hectares.

No caso do milho, o Estado deve produzir 12,8 milhões de toneladas, ficando na terceira posição no ranking nacional e respondendo por 11,4% da produção brasileira. Na comparação com a safra anterior, a estimativa é de acréscimo de 3,5% na área plantada e de 46,9% na produtividade média da cultura em Goiás. Com o resultado, a área plantada deve chegar a 1,9 milhão de hectares e a produtividade média, a 6,7 toneladas por hectare.

Saiba mais
O Agro em Dados é produzido pelo Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa). O levantamento e a edição das informações estão sob a responsabilidade da Gerência de Inteligência de Mercado da Superintendência de Produção Rural Sustentável. As fontes são: Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea-Esalq/USP), Agência Goiana de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Agropecuária (Emater), Instituto para o Fortalecimento da Agropecuária de Goiás (Ifag), Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e Ministério da Economia. A periodicidade é mensal.

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Andreazza Joseph é um dos muitos potiguares talentosos que estão espalhados pelo mundo, multifacetado, possuindo formação em Direito e Jornalismo, além de atuar como produtor audiovisual na AgênciAzzA. Com sua paixão pela cultura nordestina, ele se destaca como um cordelista e multi-instrumentista. Sua habilidade em diversas áreas o torna uma figura versátil e criativa, trazendo uma perspectiva única para cada matéria que escreve."

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Economia

Caiado propõe indexação da dívida dos estados a IPCA mais 1%

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Encontro de governadores e representantes de cincos estados com o presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco, em Brasília, resulta em acordo para apresentação de proposta de reajuste no IPCA ao Ministério da Fazenda

O governador Ronaldo Caiado apresentou nesta segunda-feira (15/04) propostas para renegociação das dívidas dos estados, com foco na indexação. A reunião com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, em Brasília, contou com a participação de governadores e representantes de outros quatro estados. No encontro ficou acordado que os governadores vão propor ao Ministério da Fazenda a correção das dívidas pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) mais 1% ao ano.

“O que nós estamos pedindo são indexadores justos e uma renegociação também para que haja flexibilização no teto de investimento e não sejamos engessados, como está hoje a maioria dos estados brasileiros”, pontuou Caiado ao final do encontro.

O indexador da dívida atualmente é o CAM que, somado a mais 4% de juros ao ano, dá a taxa Selic de 11% ao ano. Já a proposta apresentada pelo gestor goiano, em parceria com os governadores Cláudio Castro (RJ), Tarcísio de Freitas (SP), Romeu Zema, (MG), além do vice-governador do Rio Grande do Sul, Gabriel Souza, visa a redução do indexador para IPCA mais 1% ao ano, tornando o índice mais vantajoso para a correção dos valores devidos pelos estados à União, possibilitando o investimento em outras áreas.

Ronaldo Caiado ressaltou que dívidas acrescidas por indexadores extorsivos inviabilizam o investimento nos estados. “O parcelamento da dívida chega a percentuais que impossibilitam investir em infraestrutura. Os entes federativos estão imobilizados devido a essas correções das dívidas que chegam a níveis estratosféricos, não restando nada para que os governos possam atender à necessidade de crescimento”, disse.

Governador Ronaldo Caiado, se reúne com Rodrigo Pacheco, em Brasília, para apresentar proposta de indexação de dívida dos estados

Governador Ronaldo Caiado, se reúne com Rodrigo Pacheco, em Brasília, para apresentar proposta de indexação de dívida dos estados

“Temos que exigir responsabilidade fiscal dos estados, mas também ficar bloqueado com teto de gastos e com esse indexador, com a dívida sendo reajustada nessa proporção, nos inviabiliza de caminhar”, finalizou o governador de Goiás.

A proposta discutida com o presidente do Senado prevê que os estados menos endividados poderão obter acesso a novas operações de crédito. Os que cumprirem todos os compromissos estabelecidos terão reduções de juros permanentes até o prazo final da vigência dos contratos aditivados. Ficam afastados também todos os limites e condições para a realização de operação de crédito ou para a contratação com a União nas celebrações de acordo.

O texto destaca que os estados que apresentarem boa capacidade de pagamento terão tratamento prioritário e célere quanto às análises e avaliações dos pleitos de operação de crédito. Outro item acrescenta pelo menos 50% do PIB ao teto, e exclui as despesas de saúde e educação da limitação de crescimento prevista em Regimes de Recuperação ou de Reequilíbrio Fiscal dos Estados e do Distrito Federal.

O Ministério da Fazenda deve apresentar um projeto até a próxima semana. Entretanto, o presidente do Senado convocou os governadores para ouvir suas sugestões e apresentar seus pontos de vista. Caiado ressaltou que Pacheco deve encaminhar uma proposta que seja compatível com o crescimento dos estados em breve.

Segurança
Durante o almoço, o Chefe do Executivo goiano discutiu também a possibilidade de uma contrapartida financeira às UFs por ações de segurança pública. “Estamos diante de uma luta contra a criminalidade em que assumimos o trabalho sozinhos”, argumentou Caiado, ao lembrar que os estados combatem diretamente crimes federais e não recebem compensação pela atuação das forças policiais. Além disso, os governadores colocaram em pauta a possibilidade de federalização de ativos dos estados.

Fotos: Cristiano Borges / Secretaria de Comunicação – Governo de Goiás

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