MPGO recomenda substituição de barbeadores de laminas por barbeadores elétricos

MPGO recomenda substituição de barbeadores de laminas por barbeadores elétricos

As laminas encontradas com os detentos em Formosa eram utilizadas para serrar as grades das celas e outros delitos

Uma recomendação do Ministério Público de Goiás (MPGO) em Formosa, que virou norma nos presídios do município, inspirou a Diretoria-Geral de Polícia Penal (DGPP), que, a partir de agora, inicia a adoção do uso de barbeadores elétricos nos presídios especiais e estaduais de Goiás, como forma de substituir os barbeadores com lâminas, que hoje fazem parte dos kits de higiene pessoal dos reeducandos. Neste sentido, o órgão acaba de celebrar um contrato com a Dantas Distribuição e Serviços Ltda. para a aquisição de 172 máquinas de cortar cabelo profissional, sem fio, a fim de substituir, gradualmente, os aparelhos de barbear tradicionais. A ideia, segundo o diretor-geral de Polícia Penal, Josimar Pires, é que aos poucos a mudança chegue também aos presídios regionais.

O promotor de Justiça Danilo de Souza Colucci Resende, titular da 5ª Promotoria de Formosa, e que tem atuação no controle externo da atividade policial, explica que, no primeiro semestre deste ano, expediu uma recomendação à DGPP a fim de proibir o uso de lâminas pelos presos de Formosa. Ele, que também é o promotor que oficia perante a corregedoria dos presídios locais (Presídio Feminino e CPP de Formosa, Presídio Estadual e Presídio Especial de Planaltina), conta que chegou ao MP em Formosa a informação de que os detentos vinham utilizando as lâminas contidas nos barbeadores para fazer armas e outros instrumentos capazes de serrar as grades das celas e, assim, facilitar fugas. Por esse motivo, ele fez a recomendação, que foi acatada pela DGPP.

No entanto, antes da saída definitiva dos aparelhos de barbear dos presídios, foi assegurada a chegada dos novos barbeadores elétricos. A medida, segundo Danilo Resende, resultou em menos trabalho aos agentes prisionais e direção dos presídios, além de garantir mais segurança.

O sucesso da iniciativa de Formosa levou a DGPP a estender a medida a outros presídios de Goiás com a aquisição dos novos equipamentos, a um custo inicial de R$ 36.636,00, num contrato com vigência de 12 meses, assinado esta semana.  

“Eu entendo que essa medida é imprescindível para a segurança tanto dos próprios presos quanto dos policiais penais, e, por consequência, da própria sociedade, à medida que ela ajuda a conter fugas”, comemora o promotor. (Texto: Mariani Ribeiro/Assessoria de Comunicação Social do MPGO - Imagens: DGPP)

Andreazza Joseph
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