“O Brasil sabe como enfrentar a fome”, afirma secretária Extraordinária de Combate à Pobreza e à Fome

“O Brasil sabe como enfrentar a fome”, afirma secretária Extraordinária de Combate à Pobreza e à Fome

Mais de 2 milhões de pessoas saíram da faixa de insegurança alimentar grave no país, de 2023 para 2024 e 8,8 milhões alcançaram a categoria de segurança alimentar. Os dados são do IBGE, feitos por meio da Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (Ebia)

1. “O Brasil sabe como enfrentar a fome”, afirma secretária Extraordinária de Combate à Pobreza e à Fome

O Brasil reduziu o número de pessoas sem acesso adequado à alimentação e igualou o recorde histórico registrado em 2013 do menor percentual de domicílios em insegurança alimentar grave, que caiu de 4,1% para 3,2%, entre 2023 e 2024 - Foto: Danillo França/MDS

Secretária Extraordinária de Combate à Pobreza e à Fome do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), Valéria Burity ressaltou, durante entrevista coletiva concedida nesta sexta-feira (10/10), que os dados revelados pelo IBGE sobre o panorama da fome no Brasil representam mais um motivo para os brasileiros terem esperança e acreditarem na reconstrução de um novo país.

O Brasil reduziu o número de pessoas sem acesso adequado à alimentação e igualou o recorde histórico registrado em 2013 do menor percentual de domicílios em insegurança alimentar grave, que caiu de 4,1% para 3,2%, entre 2023 e 2024. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE), por meio da Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (Ebia), aplicada na Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílios Contínua (PNADc) do 4º trimestre de 2024.

“Os resultados trazem uma imensa mensagem de esperança, de reconstrução. De acordo com essa nova edição da Ebia, a proporção de domicílios em insegurança alimentar grave, ou seja, fome, cai para 3,2%. Isso significa que 2 milhões de pessoas deixaram de passar fome em apenas um ano. Isso é um resultado histórico, muito relevante”, afirmou Valéria Burity.

COMBATE ESTRUTURAL – Para a secretária, os dados demonstram que, quando há vontade política e aplicação de programas bem planejados e bem geridos, o Brasil é capaz de combater a fome de forma eficiente. “Esses resultados da Ebia nos permitem dizer com muito orgulho, com tranquilidade, que o Brasil sabe como enfrentar a fome. E essa nova queda em 2024 mostra que o enfrentamento da fome se tornou estrutural. A gente está falando de vida. São famílias que voltaram a comer com dignidade. Isso é uma prova de que quando o Brasil decide enfrentar a fome, ele consegue vencer”, explicou Valéria Burity.

26,5 MILHÕES DE PESSOAS – Entre 2019 e 2022 o IBGE não realizou pesquisa com base na Ebia, mas a Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Penssan) aplicou metodologia similar em 2022. O estudo registrou um número de 33,1 milhões de pessoas em insegurança alimentar grave, ou 15,5% dos domicílios. Levando em conta esse indicador, a proporção de domicílios com moradores em situação de insegurança alimentar grave caiu 12,3 pontos percentuais desde o início da gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em números absolutos, isso significa que 26,5 milhões de pessoas deixaram a condição de insegurança alimentar grave em dois anos.

 

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DIMENSÃO - “Confrontando esses números, temos a dimensão do grande avanço que a gente fez nesses dois anos. Isso confirma a força e a necessidade das políticas públicas para reconstruir o país, para garantir o direito à alimentação”, frisou a secretária do MDS. “A partir de 2023, a gente retoma o financiamento da aplicação da Ebia pelo IBGE. Com isso, voltamos a medir a fome no país. O resultado da insegurança alimentar grave em 2024 empata com 2013. A gente levou dois anos para reconquistar uma marca que a gente levou 10 anos no passado. Isso é fruto de uma política que alia crescimento econômico, mas também apoio à produção de alimentos, controle da inflação, aumento do emprego, valorização do salário mínimo, e que comprova o êxito de uma política social que garante renda, que garante direitos às famílias em situação de vulnerabilidade”, completou Valéria.

RURAIS E URBANAS – A secretária destaca ainda que a redução da insegurança alimentar grave no Brasil nos últimos dois anos se reflete tanto em regiões rurais quanto urbanas. O percentual de insegurança alimentar grave nas áreas rurais em 2024, de 4,6%, é o menor de toda a série histórica do IBGE. O percentual de 6,3% de insegurança alimentar grave para a Região Norte também é o mais baixo da série histórica, assim como o percentual de 4,8% de insegurança alimentar grave para a Região Nordeste.  “Os dados mostram que a redução da fome chegou a todos os lugares em 2023 e 2024. A insegurança alimentar grave caiu tanto nas áreas rurais quanto urbanas. Caiu também em todas as regiões do país. No meio rural, a insegurança alimentar grave atinge o menor índice de toda a série histórica. Um avanço que reflete o impacto de políticas de inclusão produtiva de acesso à água, de fortalecimento da agricultura familiar. O Norte e o Nordeste também registram os menores índices de insegurança”, ressaltou Valéria Burity.

Andreazza Joseph
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