1. Wellington Dias comemora redução histórica da desigualdade no Brasil
O Brasil registrou em 2024 o menor nível de desigualdade desde o início da série histórica da PNAD Contínua, em 2012, com o índice de Gini caindo para 0,506 – o mais baixo já registrado. Os dados, divulgados nesta quinta-feira (8.05) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelam ainda que o rendimento mensal real domiciliar per capita atingiu R$ 2.020, um aumento de 4,7% em relação a 2023 e de 19,1% na comparação com 2012.
O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), Wellington Dias, celebrou os resultados. “Um Brasil com mais igualdade. Esse é o compromisso do governo do presidente Lula e isto está acontecendo desde o primeiro dia de mandato”, afirmou.
O titular do MDS também destacou que o índice de Gini, que mede a desigualdade, caiu de 0,544, em 2021, para 0,506 em 2024. “Significa que as pessoas de baixa renda, os mais pobres, estão melhorando, mas também a classe média e toda a população brasileira”, completou.
O Gini mais alto da série (0,545) ocorreu em 2018. Esse indicador mede a concentração de renda e varia de 0 (máxima igualdade) a 1 (máxima desigualdade).
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Rendimentos
Em 2024, a massa de rendimento mensal domiciliar per capita, que é a soma de todos os rendimentos da população, atingiu o maior valor desde 2012: R$ 438,3 bilhões. Foi um aumento de 5,4% frente ao ano anterior. Na comparação com 2019, o ano anterior à pandemia de Covid-19, houve uma alta de 15%.
O rendimento mensal real domiciliar per capita também chegou ao maior valor da série em 2024: R$ 2.020, com alta de 4,7% ante 2023. Em relação a 2012 (R$ 1.696), ano inicial da série histórica, a elevação foi de 19,1%. O Nordeste apresentou o menor valor (R$ 1.319) e o Sul, o maior (R$ 2.499). Entre as unidades da federação, o Distrito Federal (R$ 3.276) liderava, com São Paulo (R$ 2.588) e Santa Catarina (R$ 2.544) a seguir. O menor valor foi do Maranhão (R$ 1.078), seguido por Ceará (R$ 1.210) e Amazonas (R$ 1.231).
Já o rendimento de todas as fontes, da população residente com rendimento, aumentou 2,9% frente a 2023, atingindo R$ 3.057 em 2024, recorde da série histórica. Igualmente, outros indicadores atingiram seus maiores valores reais desde 2012: o rendimento habitualmente recebido em todos os trabalhos (R$ 3.225) e o de programas sociais do governo (R$ 836).
A participação dos programas sociais no rendimento domiciliar per capita variou de 3,7% para 3,8%, de 2023 a 2024, ficando bem abaixo do ápice da série (5,9%), atingido em 2020, durante a pandemia. No entanto, essa participação ficou acima do período pré-pandemia, em 2019 (1,7%). A proporção de domicílios do país com algum beneficiário do programa Bolsa-Família chegou ao auge da série histórica (19,0%) em 2023 e recuou (18,7%) em 2024.
Desigualdade diminui
Em 2024, os 10% da população com os rendimentos mais elevados recebiam o equivalente a 13,4 vezes o rendimento dos 40% da população com os menores rendimentos. Essa foi a menor razão da série histórica, que atingiu seu pico (17,1 vezes) em 2018.
Já o 1% da população com maiores rendimentos recebia o equivalente a 36,2 vezes o rendimento dos 40% com a menor renda. Essa também foi a menor razão entre esses dois segmentos, em toda a série da pesquisa. O auge desse indicador (48,9 vezes) foi atingido em 2019.
Para Gustavo, “em 2024, o rendimento médio domiciliar per capita dos 40% da população com menores rendimentos chegou ao maior valor da série histórica. Entre os fatores que podem explicar tal crescimento, estão o dinamismo do mercado de trabalho nos últimos anos, com a elevação do nível de ocupação e o crescimento do rendimento médio do trabalho, inclusive nos décimos mais baixos, bem como os reajustes do salário mínimo e o recebimento de benefícios de diferentes programas sociais do governo”.
Assessoria de Comunicação - MDS, com informações do IBGE
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