Economia

Construção civil está em alta e tem 1,6 mil vagas abertas em Goiás

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Em Goiânia o número de postos disponíveis no setor chega a 700 e uma das maiores dificuldades para preenchê-las é a concorrência com aplicativos de entrega e transporte

A construção civil tem crescido acima do Produto Interno Brasileiro (PIB) nos últimos anos, mas o bom desempenho do setor esbarra em uma dificuldade: a disponibilidade de mão de obra. Atividades informais, que proporcionam flexibilidade de horários, mas com rendimentos menores, sem vínculo empregatício e direitos trabalhistas, têm atraído grande número de trabalhadores. Principalmente os aplicativos Uber e iFood, em detrimento das ofertas de empregos formais.

As plataformas digitais, constata Cezar Mortari, presidente do Sindicato da Indústria da Construção em Goiás (Sinduscon-GO), têm desviado parte dos recursos humanos das empresas formais para o trabalho autônomo. No ano de 2023, segundo o sindicato, o Estado tem registrado uma média de 1.600 vagas abertas, por mês, na construção civil, das quais 700 são ofertadas em Goiânia.

Uma das empresas com vagas abertas é a Vega Incorporações, com 50 vagas disponíveis. A empresa oferece oportunidades de emprego para profissionais com as mais diversas qualificações, de ajudante de obras, passando por carpinteiros e encarregado de obras, até técnico de segurança do trabalho.

Coordenador de Obras da Vega Incorporações, Lucas Florindo acredita que ainda há preconceito e desinformação em relação ao trabalho formal na construção civil, o que também dificulta a ocupação das vagas. “O trabalho desempenhado por profissionais que trabalham em empresas sérias é muito diferente, por exemplo, daquele em que o trabalhador é um servente de pedreiro, que faz a casa do vizinho”, compara.

Lucas Florindo ressalta que o trabalhador formal na indústria da construção está amparado por direitos trabalhistas, seguro e uma série de normas de segurança que são rigorosamente observadas. “Se compararmos o salário de um trabalhador de aplicativo com o de um profissional qualificado da construção civil, o primeiro tem ganhos menores. E, se fica doente ou se machuca, não tem nenhum seguro ou amparo, tem que ficar encostado, sem rendimentos, sem poder trabalhar. A construção civil, por sua vez, cuida muito bem dos seus funcionários”, enfatiza Lucas Florindo.

Crescimento

A construção civil passa por uma fase de crescimento e recuperação gradativa de empregos, segundo o Sinduscon-GO, que se observa desde 2019. “Essa recuperação se intensificou durante a pandemia de Covid-19. Em 2013, Goiás tinha um total de 90 mil trabalhadores na construção. Em 2018, houve uma redução para 45 mil e, agora, voltamos a 85 mil”, compara Cezar Mortari.

Até o ano que vem, a construção civil em Goiás deve recuperar o quantitativo de 2013 e, provavelmente, superá-lo, pois a construção civil tem crescido muito acima do PIB nacional nos últimos anos, prevê o dirigente. Segundo o IBGE, a construção civil cresceu 6,9% em 2022, enquanto o PIB brasileiro cresceu 2,9%. Em 2021 a construção cresceu 10% e o PIB 5%.

Considerando o biênio 2021/2022, o País cresceu 8,05%, ao passo que a construção civil registrou expansão bem maior, de 17,59%.  Em 2023, impactado pelas taxas de juros em níveis muito elevados, o crescimento do setor deve ser menor, de 1,5%, segundo estimativa da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).

Em Goiás, em particular na capital, o desemprego está decrescendo rapidamente e se mantém abaixo da média nacional, aponta o Sinduscon-GO. Goiânia, por exemplo, está com taxa de 5,1% de desemprego, muito próximo aos 4,5%, que é considerado pleno emprego.

“Ou seja, há pouca gente disponível para trabalhar. A construção civil tem que competir com outros setores que também absorvem muitos trabalhadores, principalmente os que procuram o seu primeiro emprego, a exemplo do varejo, que demanda trabalhadores para atuar em novos centros de distribuição e, também, nos atacadões”, frisa o presidente da entidade.

Para que as vagas disponíveis sejam preenchidas, avalia Cezar Mortari, é necessário atrair os jovens com a oferta de treinamento e qualificação. “De modo que eles percebam que, rapidamente, passarão a assumir funções mais bem remuneradas”, analisa.

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Andreazza Joseph é um dos muitos potiguares talentosos que estão espalhados pelo mundo, multifacetado, possuindo formação em Direito e Jornalismo, além de atuar como produtor audiovisual na AgênciAzzA. Com sua paixão pela cultura nordestina, ele se destaca como um cordelista e multi-instrumentista. Sua habilidade em diversas áreas o torna uma figura versátil e criativa, trazendo uma perspectiva única para cada matéria que escreve."

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Sorteio da Nota Fiscal Goiana premia moradores de 34 municípios

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Ao todo foram 158 ganhadores em abril. Prêmio máximo de R$ 50 mil foi sorteado para uma moradora de Goiânia

O Governo de Goiás, por meio da Secretaria da Economia, realizou na manhã desta quinta-feira (25/04), o sorteio mensal da Nota Fiscal Goiana (NFG) com premiações que somam R$ 200 mil. O maior prêmio, de R$ 50 mil, saiu para a moradora da capital, Catarina Amato Ferreira. A relação de todos os ganhadores já está disponível para consulta no site do programa.

O coordenador da Nota Fiscal Goiana, Leonardo Vieira de Paula, revela que a ganhadora do prêmio máximo concorreu com 16 bilhetes, em um universo de quase 3,7 milhões gerados para essa edição, de número 88. Foram consideradas as notas fiscais com CPF das compras do mês de março no varejo goiano.

Outros 157 inscritos tiveram seus bilhetes sorteados e vão ganhar os demais prêmios: três de R$ 10 mil; quatro de R$ 5 mil; 50 de R$ 1 mil e 100 de R$ 500,00 cada. Os nomes dos ganhadores já estão divulgados no site do programa https://goias.gov.br/nfgoiana, que também deve ser acessado para solicitar o pagamento do dinheiro.

Do total, 80 residem em Goiânia, 15 em Aparecida de Goiânia, nove em Anápolis, cinco em Trindade e cinco em Rio Verde. Moradores de outras 28 cidades goianas e dois do Distrito Federal também foram sorteados. A premiação foi acompanhada por vários servidores da Economia e pelo superintendente de Informações Fiscais, Luciano Pessoa.

Dia das Mães
Quem não foi sorteado neste sorteio pode continuar pedindo o CPF na nota para concorrer à edição de maio, prevista para o final do mês. “O Dia das Mães é uma das datas em que o comércio está mais aquecido. Então, é uma excelente oportunidade para os participantes no programa aumentarem suas chances de ganhar. A compra pode ser de qualquer valor, não existe valor mínimo, basta ter o CPF na nota para concorrer. Ao somar R$ 100 em compras, o inscrito ganha um bilhete”, detalha Leonardo.

Quem ainda não é inscrito, terá a oportunidade de participar do sorteio de maio desde que se inscreva, pelo site, e peça o CPF na nota em todos os estabelecimentos do varejo goiano. A NFG também concede desconto de até 10% no valor do IPVA do participante, além de beneficiar os times de futebol da primeira divisão do campeonato goiano.

Fotos: Secretaria da Economia / Secretaria da Economia – Governo de Goiás

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