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HUMANIDADE: Desinformação alimenta xenofobia contra repatriados

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Conteúdos infundados acusam cidadãos brasileiros de relação com grupo Hamas

Conteúdos caluniosos estão ligando repatriados ao grupo Hamas. Para sair da região, os cidadãos brasileiros e parentes atravessaram a passagem de Rafah, na fronteira entre a Faixa de Gaza e o Egito. A autorização para a travessia é mediada entre Egito, Israel e a Autoridade Nacional Palestina. O controle da fronteira é exercido, por sua vez, pelo Egito. A verificação dos nomes enviados pelos países somada ao próprio controle militar da fronteira oferece obstáculos consideráveis para a passagem de membros do Hamas por Rafah. Uma prova disso foi a detenção de integrantes do grupo por militares egípcios e americanos na passagem, fato noticiado pela imprensa israelense.

No Brasil, os repatriados tornaram-se alvo de mensagens com ameaças. Essas manifestações de xenofobia já estão sendo investigadas pela Polícia Federal a pedido da Secretaria Nacional de Justiça do Ministério da Justiça e Segurança Pública (Senajus/MJSP). A Senajus é responsável pela coordenação da operação de acolhimento dos repatriados desde a chegada deles ao Brasil.

Os repatriados que deixaram a Faixa de Gaza e chegaram, na noite de segunda-feira (13), receberam atendimento psicológico e médico. Também tiveram a oportunidade de regularização migratória de documentos ao longo da terça-feira (14), no hotel da Base Aérea de Brasília. No total, chegaram ao Brasil 32 pessoas, sendo que 28 ficaram hospedadas no hotel, e quatro foram encaminhadas aos familiares que vivem na capital federal.

A força-tarefa envolve vários ministérios e não há prazo limite fixado. Durante o período em Brasília, os repatriados participaram de reuniões e receberam explicações sobre o trâmite da regularização migratória e sobre o abrigo.

Por nota, o Ministério dos Direitos Humanos reforçou que são condenáveis todas as manifestações de ódio ou ameaça, sejam elas contra quem for. Não há lugar para o antissemitismo, islamofobia ou qualquer tipo de preconceito ou discriminação.

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RELAÇÕES EXTERIORES: Brasil e Alemanha assinam declaração conjunta sobre integridade da informação e combate à desinformação

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Documento foi formalizado nesta segunda-feira, em Berlim, pelo ministro Paulo Pimenta (Secom) e pelo porta-voz do governo alemão

O governo brasileiro assinou nesta segunda-feira (4/12) uma Declaração de Intenções Conjunta sobre Integridade da Informação e Combate à Desinformação com a Alemanha. O texto foi formalizado pelo ministro Paulo Pimenta, da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, e pelo Secretário de Estado Steffen Hebestreit, porta-voz do governo alemão.

Queremos muito que esse protocolo assinado hoje tenha consequências e que a gente possa de fato pensar em iniciativas comuns para que essa pauta possa avançar” Paulo Pimenta, ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência

A declaração prevê ações de cooperação nas áreas de promoção da integridade da informação, combate à desinformação e defesa das instituições democráticas, além de regulação de serviços digitais e educação midiática.

Na oportunidade, o ministro Paulo Pimenta salientou a necessidade de regular as plataformas digitais e combater fake news diante do que ocorreu recentemente nas redes sociais, como a invasão na sede dos três Poderes em 8 de janeiro, numa tentativa violenta de contrariar o resultado das eleições; e no caso da onda de violência nas escolas, que também esteve ligada à radicalização online.

“Queremos muito que esse protocolo assinado hoje tenha consequências e que a gente possa de fato pensar em iniciativas comuns para que essa pauta possa avançar”, afirmou Pimenta durante o encontro. O ministro também destacou que a Alemanha é referência no tema, por fazer uma regulação digital numa tradição de combate à intolerância em sintonia com fundamentos democráticos.

O representante do governo alemão destacou que a experiência daquele país na pandemia também foi marcada pela disseminação massiva de desinformação nas redes, em especial contra as vacinas. Mencionou ainda o desafio de enfrentar a desinformação e o ódio na internet, ao mesmo tempo preservando as liberdades de imprensa e de opinião.

“Esse desafio está presente em todas as democracias. Estamos lidando com algo que não é racional. Então, temos de fazer todas as tentativas de combater as influências negativas existentes de disseminar ódio e desinformação. É importante estarmos atuando aqui de forma estreita”, afirmou Hebestreit.

Esse desafio está presente em todas as democracias. Estamos lidando com algo que não é racional. Então, temos de fazer todas as tentativas de combater as influências negativas existentes de disseminar ódio e desinformação. É importante estarmos atuando aqui de forma estreita” Steffen Hebestreit, secretário de Estado e porta-voz do governo alemão

REFERÊNCIA – A Alemanha é referência no combate aos discursos ilegais e de ódio na Internet, tendo sido um dos primeiros países democráticos a regulamentar, por lei, em 2017, o tratamento de conteúdos ilícitos em redes sociais. Na União Europeia, a atuação do governo alemão foi crucial para a aprovação da Lei de Serviços Digitais que hoje regula as plataformas digitais, o DSA (“Digital Services Act”). Além disso, o Estado alemão possui inúmeras ações na área de Educação Midiática, política que vem sendo estruturada neste primeiro ano do governo Lula.

Espera-se, com a assinatura da Declaração, que ambos os governos possam iniciar ações conjuntas, a exemplo de trocas de experiências e boas práticas regulatórias, bem como visitas técnicas e intercâmbios de pesquisadores.

No governo brasileiro, além da Secom, participam das ações o Ministério da Justiça e Segurança Pública, a Advocacia-Geral da União, por meio da Procuradoria Nacional da União de Defesa da Democracia (PNDD) e do Observatório da Democracia, e o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania.

CONTEXTO – A assinatura se insere num conjunto de esforços que o Brasil tem empreendido internacionalmente para fortalecer as instituições globais voltadas para o combate à desinformação e ao discurso de ódio no ambiente digital.

Pimenta citou como exemplos a proposta da ONU de um “Código de Conduta para a Integridade da Informação online”, o documento da UNESCO “Diretrizes para a Governança de Plataformas Digitais”, apoiados pelo Brasil.

O ministro lembrou também da recente adesão do país à Parceria Internacional para a Informação e a Democracia, ao lado de outros 51 países; a assinatura “Declaração Global sobre Integridade da Informação Online” e o tratamento do tema da Integridade da Informação no âmbito do Grupo de Trabalho de Economia Digital do G-20, agora sob Presidência brasileira.

“O presidente Lula costuma afirmar que quanto mais esse tema for tratado como uma pauta da agenda multilateral, da agenda internacional, maior será a possibilidade de a gente ter êxito”, afirmou Pimenta, antecipando que o país pretende aproveitar a Presidência do G20 para fazer discussões internacionais sobre o tema.

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