Cidades

Pastor evangélico é indiciado por abuso sexual contra fiéis em Goiânia

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O homem usava de argumentos religiosos para coagir as vítimas a aceitar os abusos.

O pastor E.M.C. foi indiciado pela Polícia Civil por violação sexual mediante fraude contra fiéis da igreja Renascendo para Cristo, localizada no setor oeste, em Goiânia. O homem usava argumentos religiosos para pressionar as vítimas a aceitar os abusos.  A defesa do acusado, que responde ao processo em liberdade, afirma que não houve crime, uma vez que as relações foram consentidas.

Investigação

O pastor começou a ser investigado após uma denúncia de um ex-membro da igreja, onde era coordenador. Ao saber sobre os supostos abusos, o ex frequentador levou as acusações a defensoria publico

“Essas vítimas trouxeram relatos muito semelhantes dos casos, embora cada um tenha ocorrido em uma época. No início, elas começaram a frequentar a igreja e se sentiram acolhidas. Esse líder religioso se aproximava delas como uma figura paterna e começava a ajudar financeiramente, levar para fazer retiro”, relatou Gabriela Hamdan, defensora pública.

Os abusos e as vítimas

De acordo com a investigação, o religioso ganhava a confiança das vítimas e iniciava os abusos de forma fútil. Passava a mão nos seios delas como forma de tocar em seu coração, depois começava a movimentar a mão pelo corpo. Quando suas ações eram questionadas, o pastor as fazia acreditar que estavam loucas por acusar um homem de Deus.

Os abusos aconteciam no Morro do Mendanha, no Morro da Serrinha, na Igreja Renascendo em Cristo e em excursões religiosas. O perfil das vítimas era bastante semelhante. Geralmente, jovens de 15 e 16 anos, recém-chegadas a igreja e que possuíam alguma desestrutura familiar pela ausência de uma figura paterna ou que já haviam sofrido abuso sexual. “Com esses dados, ele começava a tratá-las como se fosse pai e, em nome de Deus, dizia que iam tratá-las e que elas precisavam aceitar aqueles atos”, disse a delegada Jocelaine Braz.

Foram identificadas até momento oito vítimas, dentre elas uma adolescente de 16 anos. Dos oito processos, quatro prescreveram devido ao tempo do acontecimento, três foram concluídos na Delegacia Especializada ao Atendimento a Mulher (DEAM) e um, o último, foi registrado na Delegacia de Proteção a Criança e ao Adolescente (DPCA).

“É um estelionato sexual, quando o autor não usa nem de ameaça nem de violência, mas usa de artifício, cilada para manter a vítima em erro ou levá-la ao erro. Ele dizia que estaria ‘discipulando’ essas vítimas, isto é, mostrando o caminho de Deus e mostrando a cura espiritual”. Afirma a delegada.

Depoimentos

Uma das vítimas, hoje com 43 anos, afirma que mesmo após décadas ainda não superou completamente o trauma. “Deus me manteve, agora acho que vai fazer parte da cura, para eu me libertar disso, saber que não fui a única. […] Minha autoestima acabou, não cuido mais de mim, não acho que eu mereço. Acho que eu sou suja, mesmo com anos de terapia”, disse.

O religioso se apresentava como um mensageiro da vontade divina. Através desse discurso ele molestava as mulheres. “Ele falava que era para o meu crescimento espiritual, que era para eu crescer na vida. Ele às vezes confunde até a mente da gente em acreditar que o que ele faz vem de Deus”, afirmou outra vítima.

Em uma mensagem divulgada pela polícia é possível ver a abordagem do pastor a uma menor. Ele fala para a menina se fugir de doída caso a família suspeitasse de algo.  A família afirma que a garota também foi vítima de abuso sexual. “Oi, amorzinho. Te amo. E olha, não se deixe vencer, tá bom? Não dá ouvido e faz o que eu falei. Se você tiver que dar uma de doida, você vai lá naquelas imagens da sua mãe e quebra tudinho. Joga no chão e rola no chão”, diz a mensagem de áudio enviada pelo pastor.

A defesa

O advogado de defesa, Danilo Vasconcelos, afirma que, caso tenham acontecido, as relações foram com o consentimento das mulheres. “A defesa não concorda com esse relatório da delegada porque, até mesmo se tivesse havido o ato sexual, não houve fraude. Se trata de três mulheres maiores de idade, pessoas que têm discernimento, não são vulneráveis. Se elas resolveram fazer sexo, ele não pode ser culpa por isso. Caso tenha havido o ato, foi de livre e espontânea vontade dos dois e isso não constitui crime”, disse Danilo.

Jeice Oliveira / Do Mais Goiás
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Andreazza Joseph é um dos muitos potiguares talentosos que estão espalhados pelo mundo, multifacetado, possuindo formação em Direito e Jornalismo, além de atuar como produtor audiovisual na AgênciAzzA. Com sua paixão pela cultura nordestina, ele se destaca como um cordelista e multi-instrumentista. Sua habilidade em diversas áreas o torna uma figura versátil e criativa, trazendo uma perspectiva única para cada matéria que escreve."

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Ação Social

Agehab começa construção de casas a custo zero em 43 novos municípios

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Ordens de serviço para início das primeiras obras já estão assinadas. São mais 1,7 mil moradias nos próximos meses com investimento de R$ 310 milhões

O Governo de Goiás, por meio da Agência Goiana de Habitação (Agehab) e da Secretaria de Estado da Infraestrutura (Seinfra), dá início ainda este mês às obras de mais 1,7 mil casas a custo zero, em 43 novos municípios (confira lista abaixo). As moradias devem ser entregues nos próximos meses. As ordens de serviço (OS’s) para os primeiros 15 canteiros de obras já estão assinadas, o que significa liberação imediata para as construtoras iniciarem os trabalhos.

Em maio, vão ser assinadas outras 18 ordens de serviço e mais 10, em junho. De acordo com o presidente da Agehab, Alexandre Baldy, o volume do trabalho realizado hoje pela Agência é histórico, já que nunca antes na trajetória das políticas públicas estaduais de habitação foram construídas tantas unidades habitacionais. “O mais significativo é que a gestão Ronaldo Caiado chegou a um número inédito de unidades a custo zero e com qualidade. Qualquer cidadão que visitar um dos nossos canteiros poderá observar o alto padrão em que estão sendo empregados os recursos do contribuinte goiano”, destaca o gestor.

Baldy ressalta também que estes resultados se alinham com a determinação do governador de ampliar e facilitar o acesso às políticas de habitação de interesse social de Goiás especialmente para a famílias que mais precisam. “Tanto o governador como a primeira-dama Gracinha Caiado, que é a coordenadora do Goiás Social, fizeram do atendimento social no Estado uma prioridade”, sublinha.

Para o secretário da Infraestrutura, Pedro Sales, todos os esforços estão focados nesses objetivos com uma preocupação adicional: atender todos os municípios goianos, contribuindo assim para o desenvolvimento de todas as regiões. “É uma diretriz da gestão Caiado estar presente em todos os cantos de Goiás com atendimentos sociais, entre os quais está inserida a habitação”, frisa. Com essas novas moradias a custo zero, iniciadas agora, lembra o secretário, estão sendo injetados na economia goiana mais de R$ 310 milhões de investimentos, provenientes do Fundo de Proteção Social do Estado de Goiás (Protege).

Com estes novos municípios, o programa Pra Ter Onde Morar – Construção/Casas a Custo Zero teve um crescimento de mais de 10%, expandindo sua presença de 130 para 144 cidades atendidas pelo programa, que passa a alcançar 58% dos 246 municípios que integram o Estado. Além disso, houve um aumento de aproximadamente 22% na quantidade de unidades habitacionais contratadas.

Para ser atendido, o município precisa propor ao Estado a cessão de terreno regularizados para a construção das unidades. “O Governo de Goiás quer atender todos, sem exceção. Basta que os prefeitos entrem na parceria com a Agehab, oferecendo os espaços urbanos regularizados para a construção das unidades”, salienta Alexandre Baldy.

Novos canteiros de obras:
Água Limpa, Bela Vista de Goiás, Bonópolis, Bom Jardim, Buriti Alegre, Caiapônia, Carmo do Rio Verde, Cezarina, Cristianópolis, Cromínia, Cumari, Diorama, Estrela do Norte, Faina, Formoso, Goiandira, Hidrolândia, Itauçu, Itapaci, Jataí, Jaupaci, Jesúpolis, Matrinchã, Mutunópolis, Nova Crixás, Novo Brasil, Novo Gama, Novo Planalto, Padre Bernardo, Quirinópolis (Módulo III), Quirinópolis (Módulo IV), Rubiataba, Santa Fé de Goiás, Santa Rita do Novo Destino, São Domingos, São Luís dos Montes Belos, Silvânia, Taquaral de Goiás, Turvelândia, Uruana, Vianópolis, Vila Boa, Vila Propício.

Fotos: Octacílio Queiroz / Agência Goiana de Habitação – Governo de Goiás

 

 

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