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Lula: “Vamos começar trabalhando, temos de gerar emprego e distribuir renda”

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O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva fala à imprensa, ao lado dos ministros do novo governo (Foto: Ricardo Stuckert)

Confira os nomes de mais 16 ministros anunciados por Lula nesta quinta-feira (29). Ele reiterou que o povo tem pressa na reconstrução do país: “Por todos esses anos de desgoverno, teremos de trabalhar em dobro”

O povo brasileiro tem muita pressa em reerguer o país dos escombros do desgoverno Bolsonaro. Apesar do reconhecimento sobre a destruição causada pelo extremista de direita no tecido social do Brasil, a declaração do presidente eleito Lula, nesta quinta-feira (29), em Brasília, foi carregada de otimismo e esperança. À imprensa, ele anunciou os nomes de mais 16 ministros que integrarão o novo governo, totalizando 37 pastas. No evento, Lula falou dos desafios do primeiro escalão e reiterou sua disposição em trabalhar incessantemente para reconstruir o país e devolver a dignidade ao povo brasileiro.

Veja a lista completa dos 37 indicados por Lula

“Vamos começar trabalhando, temos mais de 13 mil obras paralisadas”, apontou Lula. “Precisamos gerar emprego, pagar salário e distribuir renda, esse povo tem de ter o direito de sofrer menos” afirmou. “Depois de muito trabalho, discussão e ajustes, terminamos de montar o primeiro escalão do governo”, festejou o presidente. “A partir da posse, vamos começar a discutir o segundo escalão, os cargos do governo federal em cada estado”, detalhou.

Lula anunciou que tão logo os ministros sejam empossados, ele fará uma reunião para traçar os primeiros dias de trabalho. Em seguida, irá se reunir com os governadores para fazer um levantamento dos projetos de infraestrutura necessários ao país.

“Pelo desgoverno a que o Brasil foi submetido nesses anos, teremos de trabalhar em dobro para recuperá-lo”. Ao anunciar os nomes, Lula chamou atenção para a diversidade do novo governo, com destaque especial para as mulheres.

“Nunca antes na história do Brasil, tivemos tantas mulheres ministras, uma indígena ministra dos povos indígenas”, exemplificou. “Falei com a Sonia [Guajajara, ministra dos Povos Indígenas] que essa é uma experiência nova”, revelou o petista. Lula afirmou que o presidente da Funai também será um indígena. “Será importante porque irá aperfeiçoar tudo o que iremos fazer para demarcar terras indígenas e cuidar do povo”, disse.

O presidente eleito anunciou ainda que o Banco do Brasil e a Caixa Econômica terão duas mulheres no comando das instituições.

Reconstruindo o país

“Quero que todos os companheiros e companheiras que foram nomeados agora façam parte da história política desse país, em um momento em que tivemos a coragem de assumir o Brasil numa situação extremamente delicada, um país que foi destruído em muitas das coisas que fizemos”, pontuou.

“Quase tudo na área social foi desmontado, teremos de remontar outra vez, mas com muito mais competência, vontade e disposição. Foi para isso que eu me candidatei outra vez à Presidência”, lembrou Lula.

“Sejam o mais democratas possível na montagem do governo, é importante olhar quem tem competência técnica, qualificação”, recomendou o presidente. “Temos de montar o melhor ministério que pudermos para começar a trabalhar”.

Lula agradeceu ainda aos líderes dos partidos que colaboraram na formação de governo e pela mobilização em torno da aprovação da PEC o Bolsa Família no Congresso Nacional.

O presidente encerrou o discurso convidando todos os presentes para a grande festa popular que tomará a capital no ato de posse do dia 1º. “Não fiquem preocupados com barulho. Quem perdeu as eleições, fique quietinho e quem ganhou tem o direito de fazer uma grande festa popular aqui em Brasília”, celebrou o presidente eleito.

Confira os ministros e ministras anunciados, além dos líderes do novo governo na Câmara, Senado e Congresso:

Planejamento

Simone Tebet – senadora (MDB) e advogada

Meio Ambiente

Marina Silva – deputada federal (Rede), ambientalista e historiadora

Transportes

Renan Filho – senador (MDB) e economista

Cidades

Jáder Filho – presidente do MDB do Pará e empresário

Previdência

Carlos Lupi – presidente nacional do PDT e professor

Agricultura

Carlos Fávaro – senador (PSD) e agrônomo

Minas e Energia

Alexandre Silveira – senador (PSD) e advogado

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Andreazza Joseph é um dos muitos potiguares talentosos que estão espalhados pelo mundo, multifacetado, possuindo formação em Direito e Jornalismo, além de atuar como produtor audiovisual na AgênciAzzA. Com sua paixão pela cultura nordestina, ele se destaca como um cordelista e multi-instrumentista. Sua habilidade em diversas áreas o torna uma figura versátil e criativa, trazendo uma perspectiva única para cada matéria que escreve."

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“Caminhos assistenciais” do Governo Federal liberam rodovias para garantir abastecimento do Rio Grande do Sul

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Prioridade é a liberação ágil de trechos essenciais para assegurar o fluxo de veículos com suprimentos, comida, oxigênio e combustível

Com mais de 400 cidades atingidas pelo alto volume de chuvas que caiu sobre o território gaúcho, o Governo Federal desenvolveu um plano emergencial para reestabelecer o fluxo viário em rotas estratégicas para assegurar o atendimento da população e impedir o desabastecimento de itens essenciais para a população do Rio Grande do Sul.

“Esses caminhos assistenciais, como estamos chamando, são para garantir salvamento e abastecimento do estado, sobretudo com oxigênio e remédio, comida e água, além da chegada de combustível, para não haver outras paralisações nesta crise e intensificarem ainda mais o sofrimento do povo gaúcho neste momento”, informou o ministro dos Transportes, Renan Filho. “É um plano de trabalho com prioridades a serem adotadas em 48 horas”.

Para isso, são usados maquinários pesados, como tratores, escavadeiras, guindastes e caminhões. Há cerca de 200 equipamentos e 600 homens atuando diretamente no estado. Em alguns pontos de rompimento de trechos de estrada, a solução é preencher as brechas com pedras para permitir a passagem dos veículos. Um dos trechos liberados é a BR 290, que liga Porto Alegre a Santa Maria e segue até a fronteira com a Argentina, por onde passa 30% do comércio internacional do país. Equipes do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), de concessionárias e da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) seguem no para restabelecer o fluxo viário.

“Liberamos o fluxo na BR 290. O momento é de trabalhar pela preservação da vida, reencontro das famílias e reconstrução do Rio Grande do Sul. Nesses caminhos serão permitidos transporte de alimentos, remédios, oxigênio, combustíveis, resgates e pacientes em ambulâncias”, comentou o ministro.

Já estão liberados também trechos das BRs-116/RS, entre Estância Velha a Nova Petrópolis; de Vacaria a Campestre da Serra; e de Caxias a São Marcos. Também foi restabelecido o fluxo na BR-392/RS, de Santa Maria a Caçapava do Sul, possibilitando o acesso ao Porto de Rio Grande, beneficiando a região de Pelotas. Até esta quarta-feira (8/5), serão realizadas ainda as seguintes liberações: na BR-116/RS, sentido norte do estado, no trecho do Viaduto da Scharlau, e a ponte sobre o Rio dos Sinos.

 

Na BR-470, passagem liberada de Carlos Barbosa a Montenegro; na BR-386, a ponte sobre o rio Taquari, em Estrela e Lajeado também teve o fluxo retomado, assim como na BR-290, de Eldorado a Santa Maria, com construção de um bueiro. Já no caso da BR-158, de Santa Maria a Cruz Alta, o trânsito ainda ocorre com escolta, apenas para passagens de veículos emergenciais, pois há risco no trajeto. Trânsito liberado também na BR-448, a Rodovia do Parque.

Para o ministro, chama a atenção nesse desastre a amplitude, a velocidade com que as águas subiram e a demora no escoamento, o que dificulta o dimensionamento da crise e o atendimento. “A prioridade agora é salvar vidas, liberar vias para passagem de equipes de resgate e pronto socorro e, depois, pensarmos na reconstrução”, listou.

Rodovias liberadas e em processo de liberação

1 BILHÃO – Em reunião com parlamentares na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, o ministro ainda informou que cerca de R$ 1 bilhão serão destinados pelo Governo Federal à reconstrução de rodovias federais, além do orçamento previamente destinado ao estado de R$ 1,7 bilhão.

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