Agro

Governo de Goiás adota novas medidas sanitárias para prevenção da gripe aviária

Publicado

em

Portaria da Agrodefesa proíbe participação de aves em eventos agropecuários, entre outras ações. Estado também investe em conscientização dos integrantes da cadeia produtiva avícola para evitar chegada da doença

O Governo de Goiás, por meio da Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa), anunciou nesta terça-feira (14/03) novas medidas sanitárias com o objetivo de impedir a chegada da gripe aviária ao Estado. As ações incluem a suspensão da participação de quaisquer espécies de aves em eventos agropecuários, bem como aglomerações, encontros, torneios e exposições de passeriformes nativos ou exóticos, e o cancelamento de todos os eventos já registrados no Sistema de Defesa Agropecuária (Sidago).

Agrodefesa intensifica fiscalização do trânsito das aves intra e interestadual e em granjas avícolas para prevenir influenza aviária

Agrodefesa intensifica fiscalização do trânsito das aves intra e interestadual e em granjas avícolas para prevenir influenza aviária

A proibição abrange também aves ornamentais, galinhas de raça pura e outras espécies, inclusive de corte e postura comercial, bem como aves silvestres em cativeiro. As novas normas estão alinhadas na portaria nº 121/2023 da Agrodefesa, publicada nesta terça-feira no Diário Oficial do Estado e que entra em vigor na próxima quinta-feira (16/3), 48 horas após a publicação. Neste período também não haverá registro de participação de aves em novos eventos no Sidago.

A portaria estabelece em seu artigo 4º a proibição do retorno ao Estado de Goiás de aves que participarem de eventos agropecuários em outras unidades da federação. O prazo mínimo para a suspensão é de 90 dias, com possibilidade de prorrogação, sem aviso prévio, considerando as condições epidemiológicas relativas ao risco da gripe aviária. Os termos da normativa foram debatidos e ajustados em recente reunião na Agrodefesa, com participação dos integrantes do Comitê Estadual de Sanidade Avícola (Coesa).

Atenção permanente
“O Governo de Goiás está fazendo sua parte. A orientação do governador Ronaldo Caiado é que todas as medidas sanitárias de prevenção sejam executadas pelo Serviço Veterinário Oficial, ao mesmo tempo em que conclama os integrantes da cadeia produtiva para redobrar os cuidados necessários à manutenção da sanidade do plantel avícola de Goiás”, enfatiza o presidente da Agrodefesa, José Essado.

Dentre as ações adotadas pela Agrodefesa já em andamento podem ser citadas intensificação da fiscalização do trânsito das aves intra e interestadual e em granjas avícolas; realização de reuniões presenciais com todas as empresas integradoras para um eventual plano de contingência; realização de levantamentos soroepidemiológicos em aves de granjas comerciais visando o monitoramento; capacitação presencial e on-line de fiscais agropecuários médicos veterinários para técnica de necropsia, alertas sanitários e plano de contingência.

As medidas corriqueiras de biosseguridade evitam a entrada de outras doenças nas granjas, sendo que especial atenção deve ser dada às telas de proteção com a medida de 1 polegada, pois são barreiras que evitam a entrada de aves de vida livre, transmissoras da influenza aviária.

Sobre a doença
Também conhecida como gripe do frango, a influenza aviária é considerada uma doença de alto risco para as aves, pois não há cura. Por ser um mal de notificação obrigatória aos órgãos oficiais de controle de saúde animal no Brasil e nos demais países, a presença da doença nos plantéis acarreta em barreira sanitária para comercialização de produtos avícolas no mercado interno e externo, com potencial para causar prejuízos econômicos à avicultura comercial e à economia.

Foto: Divulgação / Agência Goiana de Defesa Agropecuária – Governo de Goiás

COMENTE ABAIXO:

Andreazza Joseph é um dos muitos potiguares talentosos que estão espalhados pelo mundo, multifacetado, possuindo formação em Direito e Jornalismo, além de atuar como produtor audiovisual na AgênciAzzA. Com sua paixão pela cultura nordestina, ele se destaca como um cordelista e multi-instrumentista. Sua habilidade em diversas áreas o torna uma figura versátil e criativa, trazendo uma perspectiva única para cada matéria que escreve."

Propaganda

Agro

Brasil vai importar arroz para evitar especulação de preços

Publicados

em

Para evitar uma possível escalada no preço arroz, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) vai comprar o produto já industrializado e empacotado no mercado internacional. A informação foi dada nesta terça-feira (7) pelo ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro. Trata-se de um dos efeitos das enchentes no Rio Grande do Sul, estado responsável por 70% da produção nacional de arroz.

De acordo com o ministro, perdas na lavoura, em armazéns alagados e, principalmente, a dificuldade logística para escoar o produto, com rodovias interditadas, poderia criar uma situação de desabastecimento, elevando os preços no comércio.

“O problema é que teremos perdas do que ainda está na lavoura, e algumas coisas que já estão nos armazéns, nos silos, que estão alagados. Além disso, a grande dificuldade é a infraestrutura logística de tirar do Rio Grande do Sul, neste momento, e levar para os centros consumidores”, explicou. Os recursos para a compra pública de estoques de arroz empacotado serão viabilizados por meio da abertura de crédito extraordinário.

“Uma das medidas já está sendo preparada, uma medida provisória autorizando a Conab a fazer compras, na ordem de 1 milhão de toneladas, mas não é concorrer. A Conab não vai importar arroz e vender aos atacadistas, que são compradores dos produtos do agricultor. O primeiro momento é evitar desabastecimento, evitar especulação”, acrescentou o ministro. A MP depende da aprovação, pelo Congresso Nacional, de um decreto legislativo que reconhece a calamidade pública no Rio Grande do Sul e, com isso, suspende os limites fiscais impostos pela legislação para a ampliação do orçamento. O decreto, já foi aprovado na Câmara dos Deputados, deve ser votado ainda nesta terça pelo Senado.

Na primeira etapa, o leilão de compra da Conab, uma empresa pública federal, será para 200 mil toneladas de arroz, que devem ser importados dos países vizinhos do Mercosul, como Argentina, Uruguai e Paraguai, e eventualmente da Bolívia. “Se a gente for rápido na importação, a gente mantém [o preço] estável”, garantiu. O restante, até totalizar 1 milhão de toneladas, será importando conforme a avaliação de mercado. Essa cota ainda poderá ser elevada, se for necessário, assegurou o ministro.

Fávaro explicou que a Conab só deverá revender o produto no mercado interno diretamente para pequenos mercados, nas periferias das cidades, especialmente nas regiões Norte e Nordeste, para não afetar a relação dos produtores de arroz brasileiros com os atacadistas, que são seus principais clientes. Mais cedo, em entrevista à Empresa Brasil de Comunicação (EBC), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva havia antecipado a informação de que o país poderia ter que importar arroz e feijão. No entanto, segundo o ministro Fávaro, apenas a importação de arroz será necessária.

O Brasil produz cerca de 10,5 milhões de toneladas de arroz, sendo que entre 7 e 8 milhões vêm de produtores gaúchos. O consumo interno anual, de 12 milhões de toneladas, supera a produção nacional, e o país já costuma importar o grão todos os anos.

Prorrogação de dívidas

O ministro Carlos Fávaro também informou ter se reunido, mais cedo, com representantes da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul e 123 sindicatos rurais para avaliar as demandas do setor frente ao desastre causado pelas chuvas no estado. O titular da pasta da Agricultura adiantou que, a pedido dos produtores, o governo deverá analisar o pedido de  prorrogação imediata, por 90 dias, de todos os débitos do setor.

A prorrogação é do pagamento de parcelas de empréstimos e operações financeiras de custeio e investimentos, contratadas pelos produtores. A medida precisa de aprovação do Conselho Monetário Nacional (CMN), formado pelos ministérios da Fazenda, do Planejamento e pelo Banco Central. O órgão deverá realizar uma reunião extraordinária nos próximos dias para encaminhar o pleito dos produtores gaúchos.

Edição: Aline Leal / Agencia Brasil

COMENTE ABAIXO:
Continue lendo

CATEGORIAS

CATEGORIAS

CATEGORIAS

CATEGORIAS

MAIS LIDAS DA SEMANA