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No Rio Janeiro, Caiado defende agronegócio brasileiro e critica interferência europeia

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Junto a governadores do Centro-Oeste e do Norte e líderes empresariais, governador de Goiás destaca produção baseada em pesquisa e respeito ao meio ambiente em evento do LIDE Brasil

Um dos expositores do painel “A nova realidade do agro brasileiro”, no 22º Fórum Empresarial LIDE, no Rio de Janeiro, o governador Ronaldo Caiado apresentou as potencialidades do estado, pontuou a produtividade agrícola “com tecnologia e qualificação” e defendeu o agronegócio brasileiro, que obedece a regras rígidas estabelecidas no Código Florestal Brasileiro (CFB). A participação do chefe do Executivo ocorreu na tarde desta quinta-feira (29/06).

Governador Ronaldo Caiado participa de fórum empresarial no Rio de Janeiro e defende agro brasileiro, produzido com base em rígidas leis ambientais

Governador Ronaldo Caiado participa de fórum empresarial no Rio de Janeiro e defende agro brasileiro, produzido com base em rígidas leis ambientais

“O segredo da nossa produtividade é a tecnologia e a qualificação. Acredito nisso e na pesquisa. Foi o que deu ao Brasil e ao Cerrado a oportunidade de ser referência na produção do agronegócio”, enfatizou Caiado para explicar que toda produção no país ocorre dentro de normas do CFB. Ele criticou lei da União Europeia, que segundo o governador, quer legislar no Brasil. “Isso nos impõe sérias penalidades e descumpre o que trabalhamos durante 24 anos (Código Florestal), e vai nos impor gastos altíssimos”, afirmou.

O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes, também defendeu as leis brasileiras. “Não podemos ser submetidos à lei europeia. Isso é um desrespeito ao Congresso e ao Código Florestal, que tem a norma ambiental mais restritiva e mais protetiva ao meio ambiente”, sublinhou. “O que temos no Brasil, nenhum país relevante tem em termos de proteção ao meio ambiente”, completou Mendes.

“Nossa agricultura é baseada na pesquisa, em qualidade e tem grande capacidade de competitividade com o mundo”, reafirmou Caiado, que ainda estava ladeado dos governadores Eduardo Riedel (Mato Grosso do Sul) e Gladson Cameli (Acre), além do vice-presidente da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), Ingo Ploger; do presidente da John Deere América Latina, Antonio Carrere; do diretor da Associação Nacional de Municípios e Meio Ambiente (Anamma), Mario Mantovani; e do presidente do Conselho de Administração da Cocamar, Luiz Lourenço.

Ainda participaram do painel o CEO do Grupo Brasil BioFuels (BBF), Milton Steagall; o jornalista e presidente do LIDE Conteúdo, Carlos José Marques; e o presidente do LIDE Agronegócios, Francisco Matturro. Considerado um dos mais representativos encontros empresariais do Brasil, o Fórum reúne integrantes das maiores empresas do país e autoridades públicas de todas as esferas para uma agenda nacional de debates sobre desenvolvimento socioeconômico, gestão, políticas públicas e sustentabilidade.

Eliminação de tarifas
Durante o Fórum, o governador Ronaldo Caiado reforçou que em todo país há um ambiente propício para o aumento das exportações a partir do agronegócio, no entanto, defendeu que é preciso superar alguns desafios. “Precisamos reduzir as barreiras tarifárias e garantir competitividade no mercado internacional”, disse ao explicar que o país precisa de mais acordos comerciais e ter acesso a tarifa zero nas exportações.

De acordo com Caiado, mesmo com pouco tratados, o Brasil concorre de forma igual com outras nações exportadoras que contam com o benefício da alíquota zero. “Pagamos altos valores de tarifa e ainda assim somos um dos maiores exportadores do mundo”, considerou.

Cenário Goiano
No Fórum, Caiado também apresentou os dados de Goiás, que mostram que o Valor Bruto da Produção (VBP) na agropecuária teve um aumento de 3%, alcançando R$ 107,1 bilhões em 2022. O mesmo movimento também foi registrado nas exportações, que tiveram elevação de 62,8% no mesmo período.

Para continuar com bons números e avançar ainda mais, o Governo de Goiás deve investir R$ 12 bilhões em infraestrutura até 2026. O que vai contemplar 5 mil quilômetros de novas rodovias, duplicações e restaurações; e a construção e substituição de 8 mil pontes.

Além disso, Caiado destacou a conclusão da Ferrovia Norte-Sul que tem 628 quilômetros em Goiás e a construção da Ferrovia de Integração do Centro-Oeste (Fico), que ligará Mara Rosa a Vilhena, em Rondônia.

Fotos: Bruno Kawata e Fredy Uehara / Secretaria de Comunicação – Governo de Goiás

 

 

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Andreazza Joseph é um dos muitos potiguares talentosos que estão espalhados pelo mundo, multifacetado, possuindo formação em Direito e Jornalismo, além de atuar como produtor audiovisual na AgênciAzzA. Com sua paixão pela cultura nordestina, ele se destaca como um cordelista e multi-instrumentista. Sua habilidade em diversas áreas o torna uma figura versátil e criativa, trazendo uma perspectiva única para cada matéria que escreve."

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Brasil vai importar arroz para evitar especulação de preços

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Para evitar uma possível escalada no preço arroz, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) vai comprar o produto já industrializado e empacotado no mercado internacional. A informação foi dada nesta terça-feira (7) pelo ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro. Trata-se de um dos efeitos das enchentes no Rio Grande do Sul, estado responsável por 70% da produção nacional de arroz.

De acordo com o ministro, perdas na lavoura, em armazéns alagados e, principalmente, a dificuldade logística para escoar o produto, com rodovias interditadas, poderia criar uma situação de desabastecimento, elevando os preços no comércio.

“O problema é que teremos perdas do que ainda está na lavoura, e algumas coisas que já estão nos armazéns, nos silos, que estão alagados. Além disso, a grande dificuldade é a infraestrutura logística de tirar do Rio Grande do Sul, neste momento, e levar para os centros consumidores”, explicou. Os recursos para a compra pública de estoques de arroz empacotado serão viabilizados por meio da abertura de crédito extraordinário.

“Uma das medidas já está sendo preparada, uma medida provisória autorizando a Conab a fazer compras, na ordem de 1 milhão de toneladas, mas não é concorrer. A Conab não vai importar arroz e vender aos atacadistas, que são compradores dos produtos do agricultor. O primeiro momento é evitar desabastecimento, evitar especulação”, acrescentou o ministro. A MP depende da aprovação, pelo Congresso Nacional, de um decreto legislativo que reconhece a calamidade pública no Rio Grande do Sul e, com isso, suspende os limites fiscais impostos pela legislação para a ampliação do orçamento. O decreto, já foi aprovado na Câmara dos Deputados, deve ser votado ainda nesta terça pelo Senado.

Na primeira etapa, o leilão de compra da Conab, uma empresa pública federal, será para 200 mil toneladas de arroz, que devem ser importados dos países vizinhos do Mercosul, como Argentina, Uruguai e Paraguai, e eventualmente da Bolívia. “Se a gente for rápido na importação, a gente mantém [o preço] estável”, garantiu. O restante, até totalizar 1 milhão de toneladas, será importando conforme a avaliação de mercado. Essa cota ainda poderá ser elevada, se for necessário, assegurou o ministro.

Fávaro explicou que a Conab só deverá revender o produto no mercado interno diretamente para pequenos mercados, nas periferias das cidades, especialmente nas regiões Norte e Nordeste, para não afetar a relação dos produtores de arroz brasileiros com os atacadistas, que são seus principais clientes. Mais cedo, em entrevista à Empresa Brasil de Comunicação (EBC), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva havia antecipado a informação de que o país poderia ter que importar arroz e feijão. No entanto, segundo o ministro Fávaro, apenas a importação de arroz será necessária.

O Brasil produz cerca de 10,5 milhões de toneladas de arroz, sendo que entre 7 e 8 milhões vêm de produtores gaúchos. O consumo interno anual, de 12 milhões de toneladas, supera a produção nacional, e o país já costuma importar o grão todos os anos.

Prorrogação de dívidas

O ministro Carlos Fávaro também informou ter se reunido, mais cedo, com representantes da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul e 123 sindicatos rurais para avaliar as demandas do setor frente ao desastre causado pelas chuvas no estado. O titular da pasta da Agricultura adiantou que, a pedido dos produtores, o governo deverá analisar o pedido de  prorrogação imediata, por 90 dias, de todos os débitos do setor.

A prorrogação é do pagamento de parcelas de empréstimos e operações financeiras de custeio e investimentos, contratadas pelos produtores. A medida precisa de aprovação do Conselho Monetário Nacional (CMN), formado pelos ministérios da Fazenda, do Planejamento e pelo Banco Central. O órgão deverá realizar uma reunião extraordinária nos próximos dias para encaminhar o pleito dos produtores gaúchos.

Edição: Aline Leal / Agencia Brasil

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