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Caiado assina pacto nacional pela governança da água e anuncia medidas para neutralizar emissões de carbono
Em Rio Quente, durante seminário que discute gestão de recursos naturais para o futuro e celebra o Dia Nacional do Cerrado, governador Ronaldo Caiado reforça compromisso com preservação do meio ambiente e controle para promoção de segurança em meio ao setor produtivo.
O governador Ronaldo Caiado assinou, nesta segunda-feira (11/09), em Rio Quente, durante a abertura oficial do Seminário “Águas para o futuro”, o Pacto Pela Governança da Água junto à Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA). O documento permitirá que a gestão do recurso natural no estado possa receber cerca de R$ 7 milhões nos próximos cinco anos. O seminário é organizado pelo Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), em parceria com a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco) e entidades da iniciativa privada.
“Fazemos aqui um grande debate e em total consonância com aquilo que o mundo espera, que é ter água. Discutir esse assunto da água é muito desafiador, mas Goiás faz isso com muita responsabilidade. Trata-se de uma riqueza natural fundamental, devastada em muitos lugares do mundo. Mas, aqui no nosso estado, vamos mostrar como cuidar dela e preservá-la para o futuro”, disse o chefe do Executivo goiano. Com a assinatura, todos os estados da região Centro-Oeste agora integram o pacto.
“Goiás tem projetos arrojados para a preservação das águas, para a recuperação da nossa capacidade de oferta nas cidades e para o aumento da ligação que ampliará nossa capacidade produtiva. Mostrando controle e impondo regras claras para dizer o que pode ou não ser usado e de que maneira deve ser utilizado, esperamos servir de exemplo para outros estados e para o mundo”, completou Caiado.
“Estamos preparando a governança, a sociedade goiana e nos interrelacionando com outros países, outras unidades da Federação, porque as águas não respeitam limites geográficos ou políticos”, destacou a titular da Semad, Andrea Vulcanis. Segundo o diretor da ANA, Filipe de Mello Sampaio Cunha, durante os próximos cinco anos, a autarquia federal poderá celebrar com o estado a transferência de até R$ 7 milhões em programas. “Temos visto o fortalecimento da gestão de recursos hídricos. É uma alegria ter Goiás como parceiro para preservar esse recurso que é muito importante para nossas vidas e das futuras gerações”.
Carbono Neutro
No evento, o governador apresentou ainda à sociedade o documento Estratégia Goiás Carbono Neutro 2050, destinado a orientar ações relacionadas à mudança climática no território goiano. O objetivo é construir parcerias com o setor privado visando mais produtividade, com menos emissões em toda a cadeia de suprimentos, mitigando problemas como desmatamento e queimadas ilegais.
Baseado em três eixos, o texto tem como meta zerar as emissões de carbono até 2050 no estado através da integração de esforços para o desenvolvimento de uma matriz produtiva tecnologicamente sofisticada, ambientalmente limpa e economicamente competitiva, nacional e internacionalmente. Além do Pacto Pela Governança da Água e do Estratégias Goiás Carbono Neutro 2050, o governador já havia lançado, na última semana, o Pacto pelo Desmatamento Ilegal Zero, compromisso entre o Governo do Estado e o setor produtivo para conservação do Cerrado.
Dia do Cerrado
No Brasil, 11 de setembro marca o Dia Nacional do Cerrado. O bioma, segundo maior do país, ocupa 22% do território brasileiro, se estende por 11 estados, além do Distrito Federal (DF), e possui reservas subterrâneas volumosas de água doce. “Creio que não há algo tão relevante como a relação entre água e o futuro. É muito central e decisória para o mundo, e o Governo de Goiás já teve a iniciativa de pensar nisso. Unir água e futuro é o que diferencia esse evento”, pontuou o diretor regional da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), Ernesto Fernández Polcuch.
O governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa, salientou que não se gera riquezas materiais sem o cuidado com as bacias hidrográficas, o meio ambiente e todos os biomas. “Queremos, de maneira cuidadosa, transformar os estados em provedores de políticas de sustentabilidade”, frisou o gestor.
Fotos: Hegon Corrêa / Secretaria de Comunicação – Governo de Goiás
Geral
Ministério da Saúde já enviou 25 toneladas de medicamentos e insumos para atender população gaúcha
Ministério da Saúde já enviou um total de 25 toneladas de medicamentos e insumos para o Rio Grande do Sul. O objetivo é manter o estado abastecido durante a calamidade provocada pelas severas enchentes dos últimos dias.
A informação foi divulgada na tarde desta segunda-feira, 13 de maio, no Hospital Conceição, em Porto Alegre, durante entrevista coletiva para rádios regionais.
Cem kits de medicamentos e insumos – com capacidade para atender a até 1.500 pessoas durante um mês – chegaram nos últimos dias ao estado. Conhecido como kit emergencial, ele é composto por oito caixas que, somadas, pesam 250 kg. Além de remédios, o conjunto inclui também luvas, seringas, ataduras, etc.
Vale destacar que o volume não considera outros repasses de medicamentos, vacinas e insumos que estão sendo enviados para repor os estoques perdidos com as enchentes e os que já estavam previstos na rotina. A título de comparação, em todo o ano passado, foram distribuídos 106 kits para emergências no Brasil.
Durante o balanço, o secretário de Atenção Primária à Saúde, Felipe Proenço, detalhou a operação de hospitais de campanha no estado. Foi confirmado que a Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) irá operar quatro hospitais de campanha no estado.
Um já funciona em Canoas, outro está sendo montado na capital gaúcha e um terceiro em São Leopoldo. A destinação da quarta unidade ainda será definida. Desde o início da calamidade no Rio Grande do Sul, o Ministério da Saúde já enviou recursos para 246 unidades de assistência.
ALERTA PARA GRIPE — O diretor do Departamento de Emergências em Saúde Pública (Desp) do Ministério da Saúde, Márcio Garcia, fez um alerta para doenças respiratórias. Com as aglomerações em abrigos e a temperatura baixando, a preocupação é com o aumento do número de casos de gripe e covid-19.
“A combinação é favorável para o aumento dessas doenças. As pessoas vacinadas vão estar mais protegidas. Diminuem as chances de adquirir a doença ou de evoluir para um caso de Síndrome Respiratória Aguda Grave”, frisou.
NÚMEROS — Veja a seguir alguns números das ações no RS apresentadas durante a coletiva:
Balanço de atendimentos
- Total: 1.600 / Hospital Campanha (HCamp) de Canoas: 1034
- Equipes volantes: 548
- Encaminhamento ou transferência para outra unidade: 57
- Remoções aéreas: 25
- Atendimentos psicossociais: 22
Força de trabalho:
- 134 profissionais em atuação;
- 6 equipes volantes (13 enfermeiros + 9 médicos);
- 15 equipes aeromédicas (15 enfermeiros + 15 médicos);
- 62 profissionais no HCamp;
- 19 profissionais de gestão;
- 1 equipe psicossocial (5 psicólogas)
Recursos aplicados:
- Medida provisória (MP) de liberação de crédito extraordinário, editada pelo presidente Lula, no domingo (12), traz a liberação de R$ 861 milhões para ações de saúde primária e especializada, vigilância epidemiológica, assistência farmacêutica e contratação temporária de profissionais;
- Antecipação de R$ 40 milhões para compra de medicamentos;
- Antecipação do pagamento do piso aos profissionais de enfermagem do estado. O total do repasse é de R$ 30 milhões;
- Repasse, em parcela única, de R$ 63,1 milhões do Fundo Nacional de Saúde à Secretaria Estadual de Saúde e aos fundos municipais de saúde do Rio Grande do Sul;
- Liberação, de forma imediata, no dia 6 de maio, de R$ 534 milhões em emendas individuais de congressistas do Rio Grande do Sul para auxiliar os municípios do estado afetados pelas enchentes. As emendas estavam alocadas na área da Saúde.
IMUNOGLOBULINA — O Programa Nacional de Imunizações (PNI) enviará, nesta semana, 600 doses de imunoglobulina à população do Rio Grande do Sul. As imunoglobulinas são proteínas utilizadas pelo organismo para combater um determinado antígeno, como vírus e bactérias, por exemplo.
Além disso, o Ministério da Saúde também vai destinar 1,1 mil frascos de soro; 416 mil doses de vacinas contra hepatite A, raiva, poliomielite e influenza, e 134 mil doses de covid-19. A destinação de todos esses insumos foi debatida, nesta segunda-feira (13), durante reunião de monitoramento do Centro de Operações de Emergência (COE) para chuvas intensas e inundações na Região Sul.
“Neste momento, as síndromes respiratórias também passam a ser um problema. Por isso, estamos focados em proteger a população gaúcha. Precisamos de uma ação ativa para vacinar inclusive dentro dos abrigos”, afirmou, na reunião, a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel.
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