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Brasil e Rússia fortalecem cooperação durante reunião de Comissão Intergovernamental

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Durante encontro, ambos representantes dos países expressaram forte interesse em aprofundar a cooperação bilateral

O Ministério da Agricultura e Pecuária do Brasil (Mapa) marcou presença na 12ª Reunião da Comissão Intergovernamental Brasil-Rússia para a Cooperação Econômica, Comercial, Científica e Tecnológica (CIC), que ocorreu em Moscou nesta terça-feira (27). O encontro representa um marco importante na consolidação das relações bilaterais entre os dois países, com foco em avanços na área da agricultura.

A reunião foi presidida pela secretária-geral das Relações Exteriores, Embaixadora Maria Laura da Rocha, juntamente com o vice-ministro do Desenvolvimento Econômico russo, Vladimir Ilichev. A CIC constitui etapa preparatória à 8ª reunião da Comissão de Alto Nível Brasil-Rússia, a ser copresidida pelo vice-presidente da República do Brasil e pelo primeiro-ministro russo.

Representando o Mapa, esteve presente o secretário de Comércio e Relações Internacionais, Roberto Perosa, que foi acompanhado por Marcel Moreira, diretor do Departamento de Promoção Comercial e Investimentos da SCRI e Marco Túlio Santiago, adido agrícola em Moscou.

Durante a reunião, ambos representantes dos países expressaram forte interesse em aprofundar a cooperação bilateral, ressaltando a importância do intercâmbio comercial e da participação coordenada em fóruns multilaterais importantes, como o BRICS e o G20.

Liderando o comitê agrário, Perosa ressaltou o excelente momento das relações entre o Mapa e as contrapartes russas, incluindo o Ministério da Agricultura e a Rosselkonadzor. O secretário ainda agradeceu a habilitação de cinco plantas brasileiras para a exportação de proteína animal para a Rússia e a abertura do mercado dos países da União Eurasiática para as exportações de bovinos vivos brasileiros.

Além disso, o secretário do Mapa abordou o interesse contínuo do Brasil em avançar nas tratativas sanitárias e fitossanitárias com a Rússia, visando ampliar o fluxo comercial entre os dois países.

“Esta cooperação impulsiona o crescimento econômico e traz benefícios recíprocos, estabelecendo uma parceria duradoura e eficaz no setor agrícola. A reunião da CIC destacou o compromisso de ambos os países com o desenvolvimento e a colaboração, incentivando novas oportunidades de comércio, bem como parcerias científicas e tecnológicas. Brasil e Rússia estão determinados a prosseguir com essa parceria exitosa, buscando um futuro de prosperidade sustentável e compartilhada”, concluiu Perosa.

Em 2023, o Brasil exportou para a Rússia cerca de US$ 1,25 bilhão em produtos do agronegócio. O complexo soja e as carnes representaram 73% do total comercializado.

Reunião na embaixada
Antecedendo a 12ª Reunião da Comissão Intergovernamental Brasil-Rússia, o secretário Roberto Perosa e o diretor Marcel Moreira estiveram na Embaixada do Brasil na Rússia para uma reunião preparatória na segunda-feira (26). Os representantes do Mapa se reuniram com a Embaixadora Maria Laura da Rocha, secretária-geral do Ministério das Relações Exteriores, e com o Embaixador do Brasil na Rússia, Rodrigo Baena Soares.

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Andreazza Joseph é um dos muitos potiguares talentosos que estão espalhados pelo mundo, multifacetado, possuindo formação em Direito e Jornalismo, além de atuar como produtor audiovisual na AgênciAzzA. Com sua paixão pela cultura nordestina, ele se destaca como um cordelista e multi-instrumentista. Sua habilidade em diversas áreas o torna uma figura versátil e criativa, trazendo uma perspectiva única para cada matéria que escreve."

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Brasil vai importar arroz para evitar especulação de preços

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Para evitar uma possível escalada no preço arroz, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) vai comprar o produto já industrializado e empacotado no mercado internacional. A informação foi dada nesta terça-feira (7) pelo ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro. Trata-se de um dos efeitos das enchentes no Rio Grande do Sul, estado responsável por 70% da produção nacional de arroz.

De acordo com o ministro, perdas na lavoura, em armazéns alagados e, principalmente, a dificuldade logística para escoar o produto, com rodovias interditadas, poderia criar uma situação de desabastecimento, elevando os preços no comércio.

“O problema é que teremos perdas do que ainda está na lavoura, e algumas coisas que já estão nos armazéns, nos silos, que estão alagados. Além disso, a grande dificuldade é a infraestrutura logística de tirar do Rio Grande do Sul, neste momento, e levar para os centros consumidores”, explicou. Os recursos para a compra pública de estoques de arroz empacotado serão viabilizados por meio da abertura de crédito extraordinário.

“Uma das medidas já está sendo preparada, uma medida provisória autorizando a Conab a fazer compras, na ordem de 1 milhão de toneladas, mas não é concorrer. A Conab não vai importar arroz e vender aos atacadistas, que são compradores dos produtos do agricultor. O primeiro momento é evitar desabastecimento, evitar especulação”, acrescentou o ministro. A MP depende da aprovação, pelo Congresso Nacional, de um decreto legislativo que reconhece a calamidade pública no Rio Grande do Sul e, com isso, suspende os limites fiscais impostos pela legislação para a ampliação do orçamento. O decreto, já foi aprovado na Câmara dos Deputados, deve ser votado ainda nesta terça pelo Senado.

Na primeira etapa, o leilão de compra da Conab, uma empresa pública federal, será para 200 mil toneladas de arroz, que devem ser importados dos países vizinhos do Mercosul, como Argentina, Uruguai e Paraguai, e eventualmente da Bolívia. “Se a gente for rápido na importação, a gente mantém [o preço] estável”, garantiu. O restante, até totalizar 1 milhão de toneladas, será importando conforme a avaliação de mercado. Essa cota ainda poderá ser elevada, se for necessário, assegurou o ministro.

Fávaro explicou que a Conab só deverá revender o produto no mercado interno diretamente para pequenos mercados, nas periferias das cidades, especialmente nas regiões Norte e Nordeste, para não afetar a relação dos produtores de arroz brasileiros com os atacadistas, que são seus principais clientes. Mais cedo, em entrevista à Empresa Brasil de Comunicação (EBC), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva havia antecipado a informação de que o país poderia ter que importar arroz e feijão. No entanto, segundo o ministro Fávaro, apenas a importação de arroz será necessária.

O Brasil produz cerca de 10,5 milhões de toneladas de arroz, sendo que entre 7 e 8 milhões vêm de produtores gaúchos. O consumo interno anual, de 12 milhões de toneladas, supera a produção nacional, e o país já costuma importar o grão todos os anos.

Prorrogação de dívidas

O ministro Carlos Fávaro também informou ter se reunido, mais cedo, com representantes da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul e 123 sindicatos rurais para avaliar as demandas do setor frente ao desastre causado pelas chuvas no estado. O titular da pasta da Agricultura adiantou que, a pedido dos produtores, o governo deverá analisar o pedido de  prorrogação imediata, por 90 dias, de todos os débitos do setor.

A prorrogação é do pagamento de parcelas de empréstimos e operações financeiras de custeio e investimentos, contratadas pelos produtores. A medida precisa de aprovação do Conselho Monetário Nacional (CMN), formado pelos ministérios da Fazenda, do Planejamento e pelo Banco Central. O órgão deverá realizar uma reunião extraordinária nos próximos dias para encaminhar o pleito dos produtores gaúchos.

Edição: Aline Leal / Agencia Brasil

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