Saúde
Governo de Goiás define política de Urgência e Emergência no Estado
Medida vai consolidar regionalização da saúde, com atendimento na Atenção Primária, nas unidades hospitalares de todo estado e gerenciamento do Samu por meio de consórcio intermunicipal macrorregionalizado
O Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO) acertou, nesta sexta-feira (22/03), com os municípios, a política estadual de urgência e emergência, que vai consolidar a regionalização da saúde no estado. A medida inclui, entre outras diretrizes, adotar a Atenção Primária de Saúde como base do atendimento inicial, nas unidades hospitalares definidas por tamanho do município, e o gerenciamento do Samu, por consórcio intermunicipal macrorregionalizado. Todo o procedimento será acompanhado pela SES, por meio do comitê gestor macrorregional da Rede de Urgência e Emergência (RUE).
“É um marco histórico a questão da rede de urgência e emergência, e atende ao pedido do governador para levar a regionalização a toda população de Goiás”, afirma o secretário estadual da Saúde, Rasível Santos, ao prever os benefícios da implantação da nova política. “Vamos iniciar os trabalhos para que nenhum goiano esteja a mais de uma hora de um atendimento pré-hospitalar, fixo ou móvel, no estado”, afirma o secretário.
“A medida visa garantir o menor tempo possível de resposta no atendimento à população”, confirma a gerente de Redes de Atenção da SES, Loreta Marinho Queiroz Costa. Ela explica que a decisão vai efetivar os princípios do Sistema Único de Saúde (SUS), que é a base da regionalização da saúde, com a implantação da rede de urgência e emergência, iniciando pela atenção primária, que é o primeiro acesso do paciente.
O titular da SES explica que foi definida também uma tipologia hospitalar, uma linguagem única para o sistema, as linhas de cuidado do trauma, do AVC, do infarto e da sepse. A Rede de Urgência e Emergência e regionalizada e terá um novo modelo de governança, por meio da implantação dos comitês gestores macro regionais.
Mais recursos
A medida aprovada nesta sexta-feira, na terceira reunião do ano da Comissão Intergestores Bipartite, foi comemorada também pela presidente do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do Estado de Goiás (Cosems), Patrícia Palmeira de Brito Fleury. “É uma proposta inovadora de reorganização dos nossos serviços”, afirma.
Patrícia Fleury destaca ainda o cofinanciamento do Estado aos municípios para o atendimento às populações específicas e ainda, o reajuste, em 50% por habitante, para o financiamento da aquisição de medicamentos pelos municípios, para a assistência farmacêutica.
Foto:_SES / Secretaria Estadual da Saúde – Governo de Goiás
Saúde
Saúde estadual alerta: vacinas evitam internações e mortes
Secretaria de Saúde relata aumento de internações e mortes por dengue e influenza, principalmente entre idosos e crianças
Doenças como dengue e influenza em Goiás têm provocado aumento de diagnósticos e internações, com mais mortes. Desde o início do ano, já foram registrados mais de 150 óbitos por dengue. Já a Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag) resultou em 179 óbitos, principalmente entre crianças menores de 2 anos (16 mortes), e idosos com 60 anos. Dentre as principais causas, pode estar a baixa cobertura vacinal para dengue e Influenza.
A grande preocupação da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), no momento, é com a alteração da sazonalidade da dengue e doenças respiratórias, como a influenza, com as mudanças climáticas, que já começam neste mês. Segundo a superintendente de Vigilância em Saúde, Flúvia Amorim, o histórico de Srag mostra aumento de casos neste período, quando começam as inversões térmicas. “É nesta época que começam a circular os vírus respiratórios, de forma mais intensa”, explica.
Flúvia Amorim chama a atenção, principalmente, para os extremos das faixas etárias, que são crianças e idosos, as principais vítimas de doenças respiratórias. “Para essas pessoas, o quadro pode ser muito grave. Por isso, não deixem de se vacinar”, orienta. “Se você faz parte de algum dos grupos prioritários, procure rapidamente o posto de vacinação”, continua Flúvia, para lembrar que, embora haja vacina disponível contra a influenza em todos os postos de vacinação dos 246 municípios, apenas 20,82% do público-alvo (grupos prioritários) buscaram o imunizante. Já em relação a Covid-19, a cobertura vacinal está em 20,82%. “A vacina demora dez dias para fazer efeito. Então, quanto mais rápido se vacinar, mais rápido a pessoa estará protegida”, avisa.
A Superintendente de Regulação, Controle e Avaliação da SES, Amanda Limongi, também reforça a importância da vacinação. “É o meio mais eficaz de prevenir internações, tanto de dengue quanto de Síndromes Respiratórias Agudas Graves”, afirma, ao confirmar que o “encontro” de casos de dengue e doenças respiratórias tem demandado mais internações em Goiás.
Ela faz um apelo também à população dos municípios que ainda dispõem de vacinas contra a dengue. “Dos 246 municípios goianos, 155 ‘zeraram’ seus estoques, mas ainda faltam 10 mil doses a serem aplicadas”, explica. A superintendente se refere ao restante das 158,5 mil doses recebidas do Ministério da Saúde e que vão vencer em 30 de abril, mesmo com a ampliação da idade para pessoas de 4 a 59 anos. Essa ampliação vale apenas para esses lotes do imunizante. Para a próxima, já está definido o retorno das idades de 10 a 14 anos, para o público-alvo.
Fotos: Iron Braz / Secretaria de Estado da Saúde – Governo de Goiás
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