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Geladeiroteca faz sucesso em condomínio de Caldas Novas

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GISELY ARRUMA OS LIVROS (FOTO: JALES NAVES)
GISELY ARRUMA OS LIVROS (FOTO: JALES NAVES)

Uma ideia simples, já adotada em muitos lugares, prática e sem maiores custos. Assim se pode descrever a iniciativa de Gisely Martins Borges Rebello ao levar seus livros, que tanto aprecia, para sua nova residência, num pequeno condomínio em Caldas Novas, no setor Mansões, defronte à rotatória para Corumbaíba. Ela colocou parte de suas obras literárias, em torno de 200 unidades, numa geladeira sem uso, que ganhou de uma vizinha, no amplo alpendre de seu Chalé, nº 12, e as deixou para consulta pelos moradores da Quadra 2-A, dos vizinhos e visitantes. A iniciativa repercutiu, está crescendo e também, curiosamente, surgindo as doações de novos livros, ampliando seu acervo.

Apreciadora do trabalho do professor da Universidade Federal de Goiás, Marcos Lotufo, que montou a Oficina Cultural Geppetto no setor Pedro Ludovico, em Goiânia, e ali promoveu um Festival de Pizza, que denominou de Galhofadas, com diversas atrações, como teatro popular, marionetes, eventos de rua, circo com lona, tenda para empréstimo de livros etc., ela resolveu adotar o modelo que viu nessa apresentação: um espaço específico para leituras.

Nessa mudança de Goiânia para Caldas Novas ela, que é graduada em Letras Vernáculas na Universidade Federal de Goiás e em Publicidade e Propaganda na Faculdade Cambury, levou livros e revistas que completaram todo o espaço da antiga geladeira. Com a boa aceitação do empreendimento, tornou-o uma biblioteca comunitária, que está atraindo interessados, pois oferece as mais variadas obras literárias, sem taxas e ainda permite que o leitor leve a obra para ler em casa, pelo prazo de 15 dias. O vizinho Paulo Roberto Figueiredo, do Chalé nº 44, já leu seis livros e doou uns 10 que tinha consigo.

Mudança de rotina
Goianienses, casados há 31 anos e agora aposentados nas atividades que desenvolviam – Gisely, bancária, trabalhou no Itaú/Sudameris e Santander, onde chegou a gerente-geral, e Sérgio Guilherme Rebello, empresário da área de ferragens –, decidiram buscar a tranquilidade do interior, numa cidade turística e em área ainda tranquila. Aproveitaram as restrições da pandemia e deram uma guinada em suas vidas, em outubro de 2020. Como o único filho, Lucas Martins de Castro Borges Rebello, 27 anos, formou-se em Medicina na Universidade de Rio Verde (UniRV), campus de Aparecida de Goiânia, e está organizando sua vida profissional, mudaram-se para o chalé que adquiriram em 1996 e vão moldando o novo lar às suas expectativas. Ele, inclusive, voltou às origens, sendo representante comercial, para atender Caldas Novas e as cidades vizinhas de Rio Quente e Morrinhos.

Gisely seguiu a carreira do pai, Eustáquio de Castro Borges, que foi bancário, um dos diretores do Banco do Estado de Goiás e presidente da Associação dos Servidores do BEG, quando adquiriu um chalé nesse condomínio para a entidade. Gostou tanto que comprou em 1999 um para sua família.

A ideia da geladeiroteca agradou Sérgio Guilherme, que é neto da professora Lígia Maria Coelho Rebelo, que se consagrou como diretora do Colégio Estadual ‘Professor Pedro Gomes’, do bairro de Campinas, em Goiânia, modelo em termos de ensino público e gratuito no Brasil nas décadas de 1960 e 1970. Filho do advogado Possidônio Guilherme Rebello, um apaixonado por carros antigos, que faleceu no dia 5 de outubro de 2020, aos 76 anos, e deixou como herança para ele um ‘Fusca’ modelo 1973, muito bem conservado, na cor ocre marajó, apelidado de ‘Feioso’, e uma preciosa caixa de ferramentas, bem equipada, que incluiu peças, que não o deixará na mão no caso de uma pane.

O ‘Feioso’, que agora orna a sua garagem, já chama a atenção de todos que visitam o condomínio e fazem questão de dar uma passada pelo Chalé 12, onde são bem recebidos pelo casal e ainda podem curtir um bolero na vitrola que compõe o cenário, ao lado de um modelo de rádio também bem antigo.

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Andreazza Joseph é um dos muitos potiguares talentosos que estão espalhados pelo mundo, multifacetado, possuindo formação em Direito e Jornalismo, além de atuar como produtor audiovisual na AgênciAzzA. Com sua paixão pela cultura nordestina, ele se destaca como um cordelista e multi-instrumentista. Sua habilidade em diversas áreas o torna uma figura versátil e criativa, trazendo uma perspectiva única para cada matéria que escreve."

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Com articulação e apoio do MPGO, município de Morrinhos anuncia que vai inaugurar canil em 30 dias

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Fruto da articulação do Ministério Público de Goiás (MPGO), o município de Morrinhos vai inaugurar, em até 30 dias, um Centro de Acolhimento de Animais (Canil Municipal), estabelecendo uma política de bem-estar animal e saúde pública. O anúncio do cronograma de finalização da obra foi feito pelo prefeito Joaquim Guilherme Barbosa de Souza em visita ao local na sexta-feira (19/4).

Segundo relata o promotor de Justiça Guilherme Vicente de Oliveira, a ideia de estruturação dessa política municipal teve início em 2021, a partir de um procedimento instaurado na promotoria e foi sendo construída com o apoio dos Poderes Executivo e Legislativo. “Nós começamos do zero, então, fomos buscar exemplos em outros locais e construímos aqui um projeto de lei que foi, após a articulação, proposto pelo Poder Executivo e aprovado pelo Poder Legislativo. A partir desse amparo legal, começamos a executar o projeto com vários atos. Então, estou muito feliz de saber da construção do canil”, afirmou o promotor, durante a visita às instalações.

De acordo com o prefeito, a atuação do MP foi fundamental para a consolidação dessa política pública. Ele ponderou que, desde então, já foi estruturado o Centro de Proteção Animal, que funciona como uma espécie de triagem dos animais abrigados, além de terem sido desenvolvidas diversas ações para a castração, vacinação e adoção responsável dos animais, e campanhas educativas e de responsabilização quanto ao abandono de animais.

O canil, localizado na zona rural do município, está sendo erguido com recursos municipais e também pela destinação de valores de penas alternativas feitos pelo MPGO.

Estruturação da política pública teve também audiência promovida pelo MP

Guilherme Vicente recorda-se que, há cerca de três anos, identificou a falta de políticas públicas no município relacionadas a animais domésticos, como cães e gatos. Imediatamente, foi instaurado inquérito civil público, cuja primeira providência foi um pedido de empenho dos Poderes Executivo e Legislativo.

O MP, então, elaborou uma minuta de projeto de lei, que foi encaminhado para o Executivo e, posteriormente, após os trâmites legais, o texto foi aprovado e convertido em lei municipal. A Lei nº 3.694/2021 disciplinou a criação, propriedade, posse, guarda, uso, transporte e proteção aos animais no município. Ela trata também do registro geral de animais, vacinação, responsabilidade dos proprietários, vedação aos maus-tratos, controle reprodutivo e campanhas educativas.

Com a lei em vigor, Guilherme Vicente abriu um procedimento administrativo e acompanha desde então a execução da norma, as castrações e a estruturação dos serviços. Inclusive, em fevereiro do ano passado, foi realizada audiência pública com o tema Animais nas Ruas – Impactos na Saúde Pública e no Meio Ambiente. A audiência teve o objetivo de esclarecer a população sobre as consequências negativas dessa situação e exibir experiências exitosas.  

(Texto: Cristina Rosa/Assessoria de Comunicação Social do MPGO – fotos: Arquivo da 2ª PJ de Morrinhos)

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