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Goiás bate recorde na produção de grãos na safra 2022/2023

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Estimada em mais de 32 milhões de toneladas, volume mantém o estado na terceira posição do ranking de maiores produtores. Sete das nove culturas monitoradas pela Conab apresentam projeção de avanço

As lavouras goianas confirmaram a previsão de recorde e fecharam o ciclo 2022/2023 com uma produção total estimada em 32,6 milhões de toneladas de grãos. Os números consolidados foram divulgados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O volume colhido até agosto deste ano superou em 13,1% o total da safra anterior (2021/2022). Com o resultado, Goiás ocupou a terceira posição no ranking nacional de produtores, atrás apenas de Mato Grosso e Paraná.

“É um resultado que reflete a pujança do nosso agro e consolida a posição de Goiás entre os principais produtores estaduais de grãos”, destaca o secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Pedro Leonardo Rezende. “Já são três temporadas consecutivas de crescimento da produção e da produtividade, superando adversidades climáticas e desafios mercadológicos. Isso é fruto do trabalho árduo do produtor e também da união do setor em Goiás. Vamos seguir trabalhando juntos para avançar cada vez mais”, garantiu o secretário.

Das nove culturas monitoradas pela Conab em Goiás, sete apresentaram, nesta temporada, resultados melhores que os da temporada passada. O milho, por exemplo, registrou o maior crescimento absoluto entre todos os cultivos de grãos no estado: a projeção foi de 2,9 milhões de toneladas a mais na safra atual (crescimento de 29,7% em relação à última), com volume estimado de 12,6 milhões de toneladas. Do ponto de vista percentual, no entanto, o maior aumento veio do girassol. A produção estadual do grão saltou 115,1% na safra 22/23, atingindo a estimativa de 46,9 mil toneladas.

Goiás encerra a safra 2022/2023 com recorde na produção de grãos

Goiás encerra a safra 2022/2023 com recorde na produção de grãos

Principal item da pauta agrícola goiana, a soja também mostrou resultado positivo. A estimativa de volume do grão colhido no estado chegou a 17,7 milhões de toneladas, o que representa 345 mil toneladas a mais que na safra passada (alta de 2%). A projeção de crescimento para a produção de sorgo foi até um pouco maior: 382 mil toneladas (34,7% frente o volume da safra 21/22), perfazendo 1,5 milhão de toneladas. Outro destaque positivo foi o trigo. O volume estimado foi de 267 mil toneladas do grão (com alta de 97,8%).

A lista de culturas com estimativa de crescimento de produção na Safra 22/23 teve ainda: algodão (6,5%) e feijão (1,5%). A projeção para o volume de gergelim permaneceu estável em relação à safra passada. Já a cultura de arroz teve estimativa de recuo de 4,6%.

Os dados divulgados pela Conab integram o 12º Levantamento do Boletim da Safra de Grãos 2022/2023. O relatório mostra que, na temporada atual, a produção brasileira de grãos atingiu 322,8 milhões de toneladas. O resultado representa um crescimento de 18,4% na comparação com o desempenho das lavouras brasileiras na Safra 21/22. A estimativa de área plantada com grãos no país totalizou 7,1 milhões de hectares (mais 2,2%), enquanto a produtividade avançou 10,7% e atingiu 4,6 toneladas por hectare.

Fotos: Wenderson Araujo/CNA / Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento – Governo de Goiás

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Andreazza Joseph é um dos muitos potiguares talentosos que estão espalhados pelo mundo, multifacetado, possuindo formação em Direito e Jornalismo, além de atuar como produtor audiovisual na AgênciAzzA. Com sua paixão pela cultura nordestina, ele se destaca como um cordelista e multi-instrumentista. Sua habilidade em diversas áreas o torna uma figura versátil e criativa, trazendo uma perspectiva única para cada matéria que escreve."

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Brasil se torna livre de febre aftosa sem vacinação, informa governo

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Novo status sanitário será submetido à organização internacional

O governo federal informou nesta quinta-feira (2) que o Brasil se tornou um país livre de febre aftosa sem vacinação animal. O anúncio foi feito pelo ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, e pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin. A autodeclaração ocorre após o fim da última campanha nacional de imunização contra a febre aftosa em 12 unidades da Federação e em parte do Amazonas.

“O Brasil sobe para o degrau de cima da sanidade animal, tão almejada. Os mercados mais exigentes e mais remuneradores vão estar abertos para o Brasil”, celebrou Fávaro.

Segundo ele, a medida abre caminho para que o Brasil possa exportar carne bovina para países como Japão e Coreia do Sul, por exemplo, que só compram de mercados livres da doença sem vacinação.

“Hoje é um dia histórico, porque sempre o Brasil sonhou em ser um país livre de febre aftosa sem vacinação, ou seja, um estágio bem avançado de sanidade animal e boa defesa agropecuária”, afirmou o vice-presidente Geraldo Alckmin.

A próxima etapa consiste na apresentação de documentação para Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), que é quem tem poder para reconhecer o novo status sanitário do país.

Para conceder a declaração de país livre da febre aftosa sem vacinação, a OMSA exige a suspensão da vacinação contra a febre aftosa e a proibição de ingresso de animais vacinados nos estados por, pelo menos, 12 meses. O Brasil deve apresentar o pleito em agosto deste ano. Já o resultado, se aprovado, será apresentado em maio de 2025, durante assembleia geral da entidade.

Atualmente, no Brasil, somente os estados de Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, Acre, Rondônia e partes do Amazonas e do Mato Grosso têm o reconhecimento internacional de zona livre de febre aftosa sem vacinação pela OMSA.

Ao todo, segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária, mais de 244 milhões de bovinos e bubalinos em cerca de 3,2 milhões de propriedades deixarão de ser vacinados contra a doença, trazendo uma redução de custo direta, com a aplicação da vacina, de mais de R$ 500 milhões.

O ciclo de vacinação de bovinos e bubalinos contra a febre aftosa no Brasil começou há mais de 50 anos e o último registro da doença ocorreu em 2006. O fim da vacinação exigirá protocolos mais rígidos de controle sanitário por parte dos estados, enfatizou o ministro Carlos Fávaro.

A carne é o quarto principal item da pauta de exportações brasileira, atrás apenas da soja, petróleo bruto e minério de ferro.

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