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Goiás foi o quarto Estado que mais criou empregos formais no agronegócio em 2022

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Agronegócio goiano fecha 2022 com saldo positivo de 5.973 novas vagas com carteira assinada, sendo 2,8 mil na produção de lavouras temporárias

Entre os municípios, Cristalina lidera criação de postos formais. Agropecuária goiana também é destaque no estoque de vagas, com o quarto maior número do país de empregados no setor

Goiás foi o quarto estado que mais criou empregos formais no agronegócio em 2022, com saldo positivo de 5.973 vagas de trabalho. Divulgado na última terça-feira (31/1), o balanço final do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) mostrou 77.030 admissões e 71.057 desligamentos no setor no ano passado.

Os segmentos que mais criaram empregos foram as atividades de produção de lavouras temporárias (2.814), apoio à agricultura e à pecuária (1.305) e pecuária (1.263). No ranking de criação de vagas com carteira assinada em atividades agropecuárias, Goiás ficou atrás apenas dos estados de Mato Grosso (7.609), Minas Gerais (6.746) e Mato Grosso do Sul (6.472).

Em relação ao estoque de vagas do setor (total de trabalhadores empregados), Goiás fechou o ano na quarta posição nacional, com 116.154 postos formais de trabalho. O número representa um aumento de 5,4% em relação a 2021. O percentual de crescimento do estoque de vagas no agronegócio goiano supera a média nacional no período, que ficou em 3,9%.

“Isto quer dizer que o agro goiano está empregando mais gente, ou seja, está crescendo e ganhando cada vez mais importância tanto do ponto de vista econômico quanto social. Uma coisa caminha junto com a outra, daí a necessidade de incentivar o desenvolvimento sustentável do agro, para que ele possa retornar cada vez mais benefícios para a sociedade brasileira”, defende o secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tiago Mendonça.

Ele cita a importância de políticas públicas como o Fundo Constitucional do Centro-Oeste (FCO), que tem uma linha de crédito específica para o setor rural, o FCO Rural. A Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) participa do Conselho de Desenvolvimento do Estado, órgão responsável pela análise das cartas-consulta e autorização dos financiamentos.

“Ano passado aprovamos 1.423 projetos e autorizamos R$ 1,7 bilhão em financiamentos do FCO Rural para Goiás, com estimativa de criação de mais de 2,5 mil empregos diretos em 163 municípios”, lembra Mendonça. “Nossa expectativa é ampliar esses números em 2023. Estamos digitalizando o FCO e fortalecendo a participação de agentes de crédito como a Goiás Fomento no setor rural. Tenho convicção de que colheremos grandes resultados na produção e na geração de emprego e riqueza no campo”, conclui o secretário.

Municípios
De acordo com o Caged, Cristalina liderou a criação de vagas entre os municípios goianos em 2022. O saldo positivo foi de 603 postos formais. Rio Verde veio na sequência, com saldo positivo de 432 vagas. Entre os 10 primeiros ficaram ainda: Formosa (271), Itumbiara (245), Mineiros (208), Morrinhos (184), Jataí (178), São Simão (172), Goiânia (162) e Acreúna (154).

Foto: Enio Tavares/Seapa / Comunicação Setorial da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento – Governo de Goiás

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Andreazza Joseph é um dos muitos potiguares talentosos que estão espalhados pelo mundo, multifacetado, possuindo formação em Direito e Jornalismo, além de atuar como produtor audiovisual na AgênciAzzA. Com sua paixão pela cultura nordestina, ele se destaca como um cordelista e multi-instrumentista. Sua habilidade em diversas áreas o torna uma figura versátil e criativa, trazendo uma perspectiva única para cada matéria que escreve."

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Brasil vai importar arroz para evitar especulação de preços

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Para evitar uma possível escalada no preço arroz, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) vai comprar o produto já industrializado e empacotado no mercado internacional. A informação foi dada nesta terça-feira (7) pelo ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro. Trata-se de um dos efeitos das enchentes no Rio Grande do Sul, estado responsável por 70% da produção nacional de arroz.

De acordo com o ministro, perdas na lavoura, em armazéns alagados e, principalmente, a dificuldade logística para escoar o produto, com rodovias interditadas, poderia criar uma situação de desabastecimento, elevando os preços no comércio.

“O problema é que teremos perdas do que ainda está na lavoura, e algumas coisas que já estão nos armazéns, nos silos, que estão alagados. Além disso, a grande dificuldade é a infraestrutura logística de tirar do Rio Grande do Sul, neste momento, e levar para os centros consumidores”, explicou. Os recursos para a compra pública de estoques de arroz empacotado serão viabilizados por meio da abertura de crédito extraordinário.

“Uma das medidas já está sendo preparada, uma medida provisória autorizando a Conab a fazer compras, na ordem de 1 milhão de toneladas, mas não é concorrer. A Conab não vai importar arroz e vender aos atacadistas, que são compradores dos produtos do agricultor. O primeiro momento é evitar desabastecimento, evitar especulação”, acrescentou o ministro. A MP depende da aprovação, pelo Congresso Nacional, de um decreto legislativo que reconhece a calamidade pública no Rio Grande do Sul e, com isso, suspende os limites fiscais impostos pela legislação para a ampliação do orçamento. O decreto, já foi aprovado na Câmara dos Deputados, deve ser votado ainda nesta terça pelo Senado.

Na primeira etapa, o leilão de compra da Conab, uma empresa pública federal, será para 200 mil toneladas de arroz, que devem ser importados dos países vizinhos do Mercosul, como Argentina, Uruguai e Paraguai, e eventualmente da Bolívia. “Se a gente for rápido na importação, a gente mantém [o preço] estável”, garantiu. O restante, até totalizar 1 milhão de toneladas, será importando conforme a avaliação de mercado. Essa cota ainda poderá ser elevada, se for necessário, assegurou o ministro.

Fávaro explicou que a Conab só deverá revender o produto no mercado interno diretamente para pequenos mercados, nas periferias das cidades, especialmente nas regiões Norte e Nordeste, para não afetar a relação dos produtores de arroz brasileiros com os atacadistas, que são seus principais clientes. Mais cedo, em entrevista à Empresa Brasil de Comunicação (EBC), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva havia antecipado a informação de que o país poderia ter que importar arroz e feijão. No entanto, segundo o ministro Fávaro, apenas a importação de arroz será necessária.

O Brasil produz cerca de 10,5 milhões de toneladas de arroz, sendo que entre 7 e 8 milhões vêm de produtores gaúchos. O consumo interno anual, de 12 milhões de toneladas, supera a produção nacional, e o país já costuma importar o grão todos os anos.

Prorrogação de dívidas

O ministro Carlos Fávaro também informou ter se reunido, mais cedo, com representantes da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul e 123 sindicatos rurais para avaliar as demandas do setor frente ao desastre causado pelas chuvas no estado. O titular da pasta da Agricultura adiantou que, a pedido dos produtores, o governo deverá analisar o pedido de  prorrogação imediata, por 90 dias, de todos os débitos do setor.

A prorrogação é do pagamento de parcelas de empréstimos e operações financeiras de custeio e investimentos, contratadas pelos produtores. A medida precisa de aprovação do Conselho Monetário Nacional (CMN), formado pelos ministérios da Fazenda, do Planejamento e pelo Banco Central. O órgão deverá realizar uma reunião extraordinária nos próximos dias para encaminhar o pleito dos produtores gaúchos.

Edição: Aline Leal / Agencia Brasil

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