Saúde

Governo de Goiás alerta sobre avanço dos casos de dengue

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Estado está em situação de emergência devido à predominância do sorotipo 2 da doença, que é mais agressivo e não circulava em Goiás há 15 anos

O Governo de Goiás convoca gestores municipais, profissionais de saúde e população em geral a unirem forças para prevenir e enfrentar as doenças transmitidas pelo mosquito aedes aegypti, em especial a dengue e a chikungunya. O secretário de Estado da Saúde, Rasível dos Reis, fez um alerta nesta quinta-feira (01/02), durante entrevista coletiva, de que o Estado está em situação de emergência devido à predominância do sorotipo 2, que não circulava em Goiás há 15 anos. Esse subtipo é mais propenso a causar casos graves da doença e a atingir grande parte da população, principalmente crianças e adolescentes.

A Secretaria de Estado da Saúde confirma uma morte por dengue – outras 29 estão sob investigação. A pasta coordena e incentiva a instalação de Gabinetes de Combate à Dengue, espaços destinados a receber dados sobre a doença, demandas por internação e sobre a necessidade de insumos e panorama da doença. As equipes se reúnem nos gabinetes duas vezes por dia, para avaliação do cenário epidemiológico e tomada de decisões. Fazem parte dos gabinetes ainda representantes da Defesa Civil do Corpo de Bombeiros, que auxiliam nas ações mobilização da população, limpeza e combate ao aedes aegypti nos municípios.

Até o momento, 51 gabinetes já foram instalados. Com o objetivo de ampliar essa estratégia, a SES já capacitou representantes de 91 municípios considerados de alto risco para o desenvolvimento da dengue. Na semana passada, o governador Ronaldo Caiado promoveu uma reunião com prefeitos e secretários municipais de saúde dos 246 municípios, e solicitou o empenho de cada um para a instalação e pleno funcionamento dos Gabinetes de Combate à Dengue.

A SES também está investindo na capacitação de médicos e enfermeiros sobre o manejo clínico da dengue. Rasível dos Reis acentua que a doença tem uma evolução rápida e que é fundamental que o paciente seja hidratado. “As unidades de saúde devem disponibilizar a água para as pessoas com sintomas de dengue. Esse procedimento simples é o primeiro passo para evitar a desidratação”, sublinhou o secretário. Ele acentuou que gestores e profissionais de saúde devem atuar de forma efetiva, tendo em vista que as mortes por dengue são evitáveis.

A superintendente de Vigilância em Saúde da SES, Flúvia Amorim, informa que a situação de emergência em Goiás já era esperada e que, desde o ano passado, vem alertando os gestores municipais sobre a possibilidade de uma epidemia de dengue no Estado. O atual panorama, conforme a superintendente, é resultante de vários fatores. Além da circulação do sorotipo 2, contribui para o avanço de casos a ocorrência do fenômeno El Niño, caracterizado pela predominância de chuvas irregulares.

As autoridades de Saúde também alertam a população para o avanço dos casos de chikungunya, caracterizada por fortes dores nas articulações e que exigem maior tempo de tratamento e hospitalização. Uma das medidas mais efetivas para a prevenção da dengue continua sendo a limpeza de objetos que acumulem água parada e que se transformam em criadouros do mosquito. Flúvia Amorim orienta a população a reservar dez minutos por semana para a vistoria e limpeza nas residências – 75% dos criadouros do vetor da dengue, chikungunuya e zika estão dentro das casas.

Fotos: Iron Braz / Secretaria de Estado da Saúde – Governo de Goiás

 

 

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Andreazza Joseph é um dos muitos potiguares talentosos que estão espalhados pelo mundo, multifacetado, possuindo formação em Direito e Jornalismo, além de atuar como produtor audiovisual na AgênciAzzA. Com sua paixão pela cultura nordestina, ele se destaca como um cordelista e multi-instrumentista. Sua habilidade em diversas áreas o torna uma figura versátil e criativa, trazendo uma perspectiva única para cada matéria que escreve."

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Saúde estadual alerta: vacinas evitam internações e mortes

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Secretaria de Saúde relata aumento de internações e mortes por dengue e influenza, principalmente entre idosos e crianças

Doenças como dengue e influenza em Goiás têm provocado aumento de diagnósticos e internações, com mais mortes. Desde o início do ano, já foram registrados mais de 150 óbitos por dengue. Já a Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag) resultou em 179 óbitos, principalmente entre crianças menores de 2 anos (16 mortes), e idosos com 60 anos. Dentre as principais causas, pode estar a baixa cobertura vacinal para dengue e Influenza.

A grande preocupação da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), no momento, é com a alteração da sazonalidade da dengue e doenças respiratórias, como a influenza, com as mudanças climáticas, que já começam neste mês. Segundo a superintendente de Vigilância em Saúde, Flúvia Amorim, o histórico de Srag mostra aumento de casos neste período, quando começam as inversões térmicas. “É nesta época que começam a circular os vírus respiratórios, de forma mais intensa”, explica.

Flúvia Amorim chama a atenção, principalmente, para os extremos das faixas etárias, que são crianças e idosos, as principais vítimas de doenças respiratórias. “Para essas pessoas, o quadro pode ser muito grave. Por isso, não deixem de se vacinar”, orienta. “Se você faz parte de algum dos grupos prioritários, procure rapidamente o posto de vacinação”, continua Flúvia, para lembrar que, embora haja vacina disponível contra a influenza em todos os postos de vacinação dos 246 municípios, apenas 20,82% do público-alvo (grupos prioritários) buscaram o imunizante. Já em relação a Covid-19, a cobertura vacinal está em 20,82%. “A vacina demora dez dias para fazer efeito. Então, quanto mais rápido se vacinar, mais rápido a pessoa estará protegida”, avisa.

A Superintendente de Regulação, Controle e Avaliação da SES, Amanda Limongi, também reforça a importância da vacinação. “É o meio mais eficaz de prevenir internações, tanto de dengue quanto de Síndromes Respiratórias Agudas Graves”, afirma, ao confirmar que o “encontro” de casos de dengue e doenças respiratórias tem demandado mais internações em Goiás.

Ela faz um apelo também à população dos municípios que ainda dispõem de vacinas contra a dengue. “Dos 246 municípios goianos, 155 ‘zeraram’ seus estoques, mas ainda faltam 10 mil doses a serem aplicadas”, explica. A superintendente se refere ao restante das 158,5 mil doses recebidas do Ministério da Saúde e que vão vencer em 30 de abril, mesmo com a ampliação da idade para pessoas de 4 a 59 anos. Essa ampliação vale apenas para esses lotes do imunizante. Para a próxima, já está definido o retorno das idades de 10 a 14 anos, para o público-alvo.

Fotos: Iron Braz / Secretaria de Estado da Saúde – Governo de Goiás

 

 

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