Agro
Governo de Goiás apresenta potencial de produção de arroz a missão chinesa
Guiada por vice-governador e titular da Seapa, comitiva da China conhecerá políticas públicas e pesquisas relacionadas à cultura, além de visitar municípios que se destacam na produção do grão
O vice-governador do Estado de Goiás, Daniel Vilela, e o secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), Pedro Leonardo Rezende, recebem, na segunda-feira (22/1), uma comitiva chinesa composta por membros da Universidade Agrícola de Yunnan (YAU), que passará a semana em visita a Goiás. O objetivo é apresentar aos representantes do país asiático, o principal parceiro comercial do estado, o potencial goiano de produção de arroz e discutir parcerias para fortalecer a cultura.
A programação da missão, que seguirá até quinta-feira (25/1), abrange visitas a estações experimentais e laboratórios de pesquisa da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Arroz e Feijão; palestras de autoridades no assunto e mesa-redonda com produtores de arroz na Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg); além de visitas a plantações no município de Flores de Goiás e em Luiz Alves, distrito de São Miguel do Araguaia, que se destacam na produção do grão em Goiás.
“Estamos honrados em receber, mais uma vez, a comitiva chinesa em Goiás. Esta visita será uma excelente oportunidade para compartilharmos o potencial do nosso estado na produção desse grão fundamental, na esperança de fortalecer ainda mais os laços com a China, nosso principal parceiro no comércio exterior de produtos agrícolas. Estamos confiantes de que essa colaboração que buscamos resultará em benefícios significativos para ambas as partes, consolidando ainda mais nossa posição como um importante polo mundial na produção agrícola”, destaca o secretário Pedro Leonardo Rezende.
Produção goiana
Segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgados no 4º Levantamento para a safra 2023/24, Goiás possui uma área de 16,0 mil hectares dedicada à cultura de arroz. Com uma produtividade estimada em 5,5 toneladas por hectare, espera-se alcançar 88,2 mil toneladas do grão na safra 2023/24, o que representa um crescimento de 8,1% em relação à safra anterior.
Os municípios de Flores de Goiás e São Miguel do Araguaia são alguns dos destaques goianos na produção. De acordo com a pesquisa Produção Agrícola Municipal, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na safra 2022, Flores de Goiás alcançou uma produção de 60,3 mil toneladas de arroz, enquanto São Miguel do Araguaia, município do qual o distrito de Luiz Alves faz parte, obteve 26,3 mil toneladas.
SERVIÇO
Comitiva chinesa visita Goiás
Programação:
22/1 (segunda-feira)
9h: Recepção do vice-governador Daniel Vilela no Palácio Pedro Ludovico Teixeira (Rua 82, 400, Setor Central – Goiânia-GO)
11h: Visita à Embrapa Arroz e Feijão (Rodovia GO-462, km 12, Zona Rural – Santo Antônio de Goiás-GO)
23/1 (terça-feira): Visita a propriedades produtoras de arroz em Flores de Goiás
24/1 (quarta-feira): Programação de palestras na Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg) (Rua 87, 708, Setor Sul – Goiânia-GO)
25/1 (quinta-feira): Visita a complexo de irrigação de Luiz Alves (São Miguel do Araguaia)
Agro
Brasil se torna livre de febre aftosa sem vacinação, informa governo
Novo status sanitário será submetido à organização internacional
O governo federal informou nesta quinta-feira (2) que o Brasil se tornou um país livre de febre aftosa sem vacinação animal. O anúncio foi feito pelo ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, e pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin. A autodeclaração ocorre após o fim da última campanha nacional de imunização contra a febre aftosa em 12 unidades da Federação e em parte do Amazonas.
“O Brasil sobe para o degrau de cima da sanidade animal, tão almejada. Os mercados mais exigentes e mais remuneradores vão estar abertos para o Brasil”, celebrou Fávaro.
Segundo ele, a medida abre caminho para que o Brasil possa exportar carne bovina para países como Japão e Coreia do Sul, por exemplo, que só compram de mercados livres da doença sem vacinação.
“Hoje é um dia histórico, porque sempre o Brasil sonhou em ser um país livre de febre aftosa sem vacinação, ou seja, um estágio bem avançado de sanidade animal e boa defesa agropecuária”, afirmou o vice-presidente Geraldo Alckmin.
A próxima etapa consiste na apresentação de documentação para Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), que é quem tem poder para reconhecer o novo status sanitário do país.
Para conceder a declaração de país livre da febre aftosa sem vacinação, a OMSA exige a suspensão da vacinação contra a febre aftosa e a proibição de ingresso de animais vacinados nos estados por, pelo menos, 12 meses. O Brasil deve apresentar o pleito em agosto deste ano. Já o resultado, se aprovado, será apresentado em maio de 2025, durante assembleia geral da entidade.
Atualmente, no Brasil, somente os estados de Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, Acre, Rondônia e partes do Amazonas e do Mato Grosso têm o reconhecimento internacional de zona livre de febre aftosa sem vacinação pela OMSA.
Ao todo, segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária, mais de 244 milhões de bovinos e bubalinos em cerca de 3,2 milhões de propriedades deixarão de ser vacinados contra a doença, trazendo uma redução de custo direta, com a aplicação da vacina, de mais de R$ 500 milhões.
O ciclo de vacinação de bovinos e bubalinos contra a febre aftosa no Brasil começou há mais de 50 anos e o último registro da doença ocorreu em 2006. O fim da vacinação exigirá protocolos mais rígidos de controle sanitário por parte dos estados, enfatizou o ministro Carlos Fávaro.
A carne é o quarto principal item da pauta de exportações brasileira, atrás apenas da soja, petróleo bruto e minério de ferro.
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