Saúde

Hecad realiza primeira cirurgia de separação de siameses

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Família de gêmeas de três anos se mudou de São Paulo para Goiás em busca de acompanhamento médico. Cirurgia será realizada pela equipe do doutor Zacharias Calil nesta quarta-feira (11/01), no Hospital Estadual da Criança e do Adolescente, unidade de referência em média e alta complexidade

Amanhã quarta-feira (11/01) é aguardada com muita expectativa pela família das gêmeas siamesas Valentina e Eloá Prado dos Santos, de 3 anos. Elas nasceram unidas por parte do tórax e abdômen e, após dois anos de acompanhamento médico, vão passar pela primeira cirurgia de separação no Hospital Estadual da Criança e do Adolescente (Hecad), do Governo de Goiás. A operação será conduzida pela equipe do médico Zacharias Calil, composta por aproximadamente 50 profissionais.

Muito alegres, Valentina e Eloá já estão ambientadas ao Hecad, hospital onde vão passar pela cirurgia de separação nesta quarta-feira (11/01)

Muito alegres, Valentina e Eloá já estão ambientadas ao Hecad, hospital onde vão passar pela cirurgia de separação nesta quarta-feira (11/01)

As meninas nasceram em Guararema (SP), mas a família se mudou para Morrinhos, no sul de Goiás, para ficar mais próxima da unidade de saúde, uma das poucas no país que realiza o procedimento de separação, considerado de alta complexidade. Desde 2021, elas já passaram por diversos atendimentos até a colocação dos expansores, espécie de tecido que tem a função de estimular o crescimento da pele. “Estamos confiantes que já deu tudo certo”, disse o pai, Fernando de Oliveira dos Santos.

O cirurgião Zacharias Calil conta que as crianças dividem os intestinos grosso e delgado, fígado e genitália. Unidas pela bacia, ou seja, pelo osso ísquio, elas configuram um caso de gêmeas isquiópagas, classificado como um dos mais complexos da cirurgia pediátrica. “A expectativa é grande porque é uma cirurgia de alta complexidade. Apesar de nós já termos realizado várias cirurgias, essa será minha vigésima segunda, eu considero esse caso totalmente diferente devido à condição anatômica”, explica.

A cirurgia pode durar até 19 horas e será realizada por etapas, de forma que o nível de ligação entre os intestinos será determinante para a continuidade até a separação total. “Vamos torcer para que esses órgãos tenham uma união na parte mais baixa, que é o mais comum, para viabilizar a separação”, complementa. Além de Calil, uma equipe de aproximadamente 20 médicos das mais diversas áreas (Urologia, Cirurgia plástica, Ortopedia, Aparelho digestivo, Anestesiologia, entre outras) vai participar do procedimento, com apoio da Enfermagem, Nutrição, Psicologia e Fisioterapia.

Segundo o diretor técnico do hospital, André Resende, esta será a primeira de muitas cirurgias de separação na unidade, inaugurada em janeiro de 2022. “Todas as equipes, assistenciais e de apoio, estão empenhadas na previsão e provisão de insumos e equipamentos necessários para que essa cirurgia tão esperada seja de grande sucesso. Foi importante a integração de todos os setores nesse processo para que tudo esteja alinhado. Desde já agradeço a todos pelo empenho em prol do nosso propósito que é cuidar de vidas”, reforça o diretor.

Fotos: Vivian Duarte /  Secretaria de Estado da Saúde – Governo de Goiás

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Andreazza Joseph é um dos muitos potiguares talentosos que estão espalhados pelo mundo, multifacetado, possuindo formação em Direito e Jornalismo, além de atuar como produtor audiovisual na AgênciAzzA. Com sua paixão pela cultura nordestina, ele se destaca como um cordelista e multi-instrumentista. Sua habilidade em diversas áreas o torna uma figura versátil e criativa, trazendo uma perspectiva única para cada matéria que escreve."

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Saúde

Saúde estadual alerta: vacinas evitam internações e mortes

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Secretaria de Saúde relata aumento de internações e mortes por dengue e influenza, principalmente entre idosos e crianças

Doenças como dengue e influenza em Goiás têm provocado aumento de diagnósticos e internações, com mais mortes. Desde o início do ano, já foram registrados mais de 150 óbitos por dengue. Já a Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag) resultou em 179 óbitos, principalmente entre crianças menores de 2 anos (16 mortes), e idosos com 60 anos. Dentre as principais causas, pode estar a baixa cobertura vacinal para dengue e Influenza.

A grande preocupação da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), no momento, é com a alteração da sazonalidade da dengue e doenças respiratórias, como a influenza, com as mudanças climáticas, que já começam neste mês. Segundo a superintendente de Vigilância em Saúde, Flúvia Amorim, o histórico de Srag mostra aumento de casos neste período, quando começam as inversões térmicas. “É nesta época que começam a circular os vírus respiratórios, de forma mais intensa”, explica.

Flúvia Amorim chama a atenção, principalmente, para os extremos das faixas etárias, que são crianças e idosos, as principais vítimas de doenças respiratórias. “Para essas pessoas, o quadro pode ser muito grave. Por isso, não deixem de se vacinar”, orienta. “Se você faz parte de algum dos grupos prioritários, procure rapidamente o posto de vacinação”, continua Flúvia, para lembrar que, embora haja vacina disponível contra a influenza em todos os postos de vacinação dos 246 municípios, apenas 20,82% do público-alvo (grupos prioritários) buscaram o imunizante. Já em relação a Covid-19, a cobertura vacinal está em 20,82%. “A vacina demora dez dias para fazer efeito. Então, quanto mais rápido se vacinar, mais rápido a pessoa estará protegida”, avisa.

A Superintendente de Regulação, Controle e Avaliação da SES, Amanda Limongi, também reforça a importância da vacinação. “É o meio mais eficaz de prevenir internações, tanto de dengue quanto de Síndromes Respiratórias Agudas Graves”, afirma, ao confirmar que o “encontro” de casos de dengue e doenças respiratórias tem demandado mais internações em Goiás.

Ela faz um apelo também à população dos municípios que ainda dispõem de vacinas contra a dengue. “Dos 246 municípios goianos, 155 ‘zeraram’ seus estoques, mas ainda faltam 10 mil doses a serem aplicadas”, explica. A superintendente se refere ao restante das 158,5 mil doses recebidas do Ministério da Saúde e que vão vencer em 30 de abril, mesmo com a ampliação da idade para pessoas de 4 a 59 anos. Essa ampliação vale apenas para esses lotes do imunizante. Para a próxima, já está definido o retorno das idades de 10 a 14 anos, para o público-alvo.

Fotos: Iron Braz / Secretaria de Estado da Saúde – Governo de Goiás

 

 

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