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Lula: “Tenho um compromisso de fazer este país voltar a crescer economicamente”

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Em entrevista à RedeTV!, presidente ressalta ações para fortalecer a indústria nacional e impulsionar a transição energética, enquanto busca transformar o Brasil em uma nação de classe média

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, destacou o compromisso do Governo Federal com a expansão da economia brasileira, focando na reindustrialização e na sustentabilidade, nesta terça-feira, 27 de fevereiro, em entrevista ao jornalista Kennedy Alencar, no programa “É Notícia”, da RedeTV!.

“Tenho um compromisso de fazer esse país voltar a crescer economicamente. Eu quero que o país seja a quinta ou a sexta economia do mundo. Eu quero gerar emprego de qualidade”, afirmou o presidente Lula durante a entrevista.

Queremos criar um país de classe média, um país de padrão de consumo de classe média, de educação de classe média, de transporte de classe média. É isso que nós estamos preparando para acontecer neste país” Luiz Inácio Lula da Silva, presidente da República

Para o presidente, o ano de 2024 é o ano de começar a colher o que o Governo Federal plantou em 2023, por meio da reconstrução de ministérios que haviam sido extintos e de políticas públicas que foram interrompidas, além da retomada de obras paralisadas. Citou como efeito positivo das ações governamentais os anúncios de investimentos de empresas da indústria automobilística no Brasil, que devem somar mais de R$ 100 bilhões entre fevereiro e março.

Lula também explicou o projeto de país que a atual gestão está desenvolvendo. “Queremos criar um país de classe média, um país de padrão de consumo de classe média, de educação de classe média, de transporte de classe média. É isso que nós estamos preparando para acontecer neste país”, disse.

Ao longo de uma hora de entrevista, o presidente ainda falou sobre outros assuntos, entre eles a criação do Pé-de-Meia, programa de incentivo financeiro-educacional para promover a permanência e a conclusão escolar de estudantes do ensino médio.

“Aí tem gente que pergunta: “Mas isso não é gasto?”. Não. Isso não é gasto. Gasto é se eu tivesse colocando esse dinheiro para combater o tráfico de drogas da molecada, se eu tivesse que construir mais cadeia. Eu estou investindo na juventude brasileira. Eu estou dando uma chance para dar tranquilidade à família, ao pai e à mãe, sabendo que o filho está estudando”, afirmou Lula.

Confira alguns dos principais trechos da entrevista:

META ECONÔMICA — Tenho um compromisso de fazer este país voltar a crescer economicamente. Eu quero que o país seja a quinta ou a sexta economia do mundo. Eu quero gerar emprego de qualidade. Quero que as pessoas comam, que as pessoas trabalhem, quero que as pessoas vivam. E obviamente que isso faz parte da gente construir o futuro do Brasil e não ficar apenas discutindo o passado.

AGRICULTURA — Só de mercado externo para a agricultura brasileira nós abrimos, só no mês de janeiro, 14 novos mercados e, no mês de fevereiro, já abrimos 6. E no ano inteiro abrimos 62 novos mercados para exportar as nossas carnes e nossos produtos agrícolas.

SETOR AUTOMOBILÍSTICO — Entre fevereiro e março, vamos ter o anúncio de mais de R$ 100 bilhões de investimento na indústria automobilística brasileira, que fazia décadas que não fazia investimento. As empresas que já estavam aqui resolveram fazer investimento. Então, todo dia tem uma empresa anunciando investir 2 bilhões de dólares, 1 bilhão de dólares, 3 bilhões de dólares. Ou seja, nós vamos chegar a R$ 100 bilhões de investimento na indústria automobilística nesse novo período.

INDÚSTRIA — É importante a política industrial pelo seguinte: porque é através da indústria que você gera emprego mais qualificado, emprego melhor remunerado, é mais investimento em ciência, mais investimento em tecnologia, mais investimento na chamada indústria de dados, na indústria digital. Por isso é que nós estamos com algumas coisas que são essenciais para a indústria da saúde. O Brasil tem o SUS, que é um complexo de saúde que nenhum país do mundo com mais de 100 milhões de habitantes têm um sistema como nós temos o SUS. O poder de compra deste SUS é extraordinário. Então, em vez de ficar comprando dos outros, vamos tentar construir uma indústria de saúde aqui no Brasil. E isto vale para a questão energética.

TRANSIÇÃO ENERGÉTICA — O Brasil é efetivamente o centro do mundo quando a gente discute a questão climática e a questão energética. O Brasil tem um potencial extraordinário. Ninguém compete com o Brasil, seja solar, seja eólica, etanol de primeira geração, de segunda geração, seja biodiesel. É uma capacidade de fazer crescer a economia. Eu estive, na semana passada, com a presidenta do Citibank e ela falou para mim e para o Haddad: “Presidente, há muitos anos eu não via o otimismo de investimentos estrangeiros no Brasil como a gente está vendo agora”.

CRÉDITO — As pessoas vão começar a comprar, é só você pegar a questão de crédito. Nós vamos anunciar mais coisas importantes ainda, está tudo pronto, nós vamos anunciar crédito consignado para o conjunto da classe trabalhadora brasileira, porque, hoje, o crédito consignado é só para aposentados e funcionários públicos. E são mais de 40 milhões de pessoas que vão ter acesso ao consignado. O que nós queremos é que o dinheiro chegue na mão das pessoas mais humildes, do trabalhador, do trabalhador de fábrica, da empregada doméstica, a comerciária.

PÉ-DE-MEIA – Nós resolvemos propor um projeto de lei colocando R$ 7 bilhões a disposição. Nós vamos dar uma poupança para esse menino. Ele não vai desistir da escola. Ele vai receber durante dez meses o equivalente a R$ 200 e, no final do ano, R$ 1 mil. Ou seja, são R$ 2 mil, mais R$ 1 mil, são 3 mil. Se ele tiver 80% de comparecimento na escola e ele passar de ano, no ano seguinte ele vai receber mais dez vezes de R$ 200, e mais uma de R$ 1 mil. Se ele passar e tiver 80%, ele vai receber no terceiro ano. Quando ele terminar o ensino médio ele está com R$ 9 mil na poupança. Aí tem gente que pergunta: “Mas isso não é gasto?”. Não. Isso não é gasto. Gasto é se eu tivesse colocando esse dinheiro para combater o tráfico de drogas da molecada, se eu tivesse que construir mais cadeia. Eu estou investindo na juventude brasileira. Eu estou dando uma chance para dar tranquilidade à família, ao pai e à mãe, sabendo que o filho está estudando.

MISSÃO — Nós queremos criar um país de classe média, um país de padrão de consumo de classe média, um país de educação de classe média, um país de transporte de classe média. É esse país que nós queremos criar. E é isso que nós estamos preparando para acontecer neste país.

FUTURO — Quando chegar dia 31 de dezembro de 2026, eu quero mostrar como é que está esse país em comparação com o país que eu encontrei. Como é que está o nível de emprego, como é que está o nível de escolaridade, como é que está a qualidade da educação, como é que estão as universidades, como estão os centros de pesquisa desse país, como é que está a qualidade da comida. Eu quero mostrar isso.

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Andreazza Joseph é um dos muitos potiguares talentosos que estão espalhados pelo mundo, multifacetado, possuindo formação em Direito e Jornalismo, além de atuar como produtor audiovisual na AgênciAzzA. Com sua paixão pela cultura nordestina, ele se destaca como um cordelista e multi-instrumentista. Sua habilidade em diversas áreas o torna uma figura versátil e criativa, trazendo uma perspectiva única para cada matéria que escreve."

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“Caminhos assistenciais” do Governo Federal liberam rodovias para garantir abastecimento do Rio Grande do Sul

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Prioridade é a liberação ágil de trechos essenciais para assegurar o fluxo de veículos com suprimentos, comida, oxigênio e combustível

Com mais de 400 cidades atingidas pelo alto volume de chuvas que caiu sobre o território gaúcho, o Governo Federal desenvolveu um plano emergencial para reestabelecer o fluxo viário em rotas estratégicas para assegurar o atendimento da população e impedir o desabastecimento de itens essenciais para a população do Rio Grande do Sul.

“Esses caminhos assistenciais, como estamos chamando, são para garantir salvamento e abastecimento do estado, sobretudo com oxigênio e remédio, comida e água, além da chegada de combustível, para não haver outras paralisações nesta crise e intensificarem ainda mais o sofrimento do povo gaúcho neste momento”, informou o ministro dos Transportes, Renan Filho. “É um plano de trabalho com prioridades a serem adotadas em 48 horas”.

Para isso, são usados maquinários pesados, como tratores, escavadeiras, guindastes e caminhões. Há cerca de 200 equipamentos e 600 homens atuando diretamente no estado. Em alguns pontos de rompimento de trechos de estrada, a solução é preencher as brechas com pedras para permitir a passagem dos veículos. Um dos trechos liberados é a BR 290, que liga Porto Alegre a Santa Maria e segue até a fronteira com a Argentina, por onde passa 30% do comércio internacional do país. Equipes do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), de concessionárias e da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) seguem no para restabelecer o fluxo viário.

“Liberamos o fluxo na BR 290. O momento é de trabalhar pela preservação da vida, reencontro das famílias e reconstrução do Rio Grande do Sul. Nesses caminhos serão permitidos transporte de alimentos, remédios, oxigênio, combustíveis, resgates e pacientes em ambulâncias”, comentou o ministro.

Já estão liberados também trechos das BRs-116/RS, entre Estância Velha a Nova Petrópolis; de Vacaria a Campestre da Serra; e de Caxias a São Marcos. Também foi restabelecido o fluxo na BR-392/RS, de Santa Maria a Caçapava do Sul, possibilitando o acesso ao Porto de Rio Grande, beneficiando a região de Pelotas. Até esta quarta-feira (8/5), serão realizadas ainda as seguintes liberações: na BR-116/RS, sentido norte do estado, no trecho do Viaduto da Scharlau, e a ponte sobre o Rio dos Sinos.

 

Na BR-470, passagem liberada de Carlos Barbosa a Montenegro; na BR-386, a ponte sobre o rio Taquari, em Estrela e Lajeado também teve o fluxo retomado, assim como na BR-290, de Eldorado a Santa Maria, com construção de um bueiro. Já no caso da BR-158, de Santa Maria a Cruz Alta, o trânsito ainda ocorre com escolta, apenas para passagens de veículos emergenciais, pois há risco no trajeto. Trânsito liberado também na BR-448, a Rodovia do Parque.

Para o ministro, chama a atenção nesse desastre a amplitude, a velocidade com que as águas subiram e a demora no escoamento, o que dificulta o dimensionamento da crise e o atendimento. “A prioridade agora é salvar vidas, liberar vias para passagem de equipes de resgate e pronto socorro e, depois, pensarmos na reconstrução”, listou.

Rodovias liberadas e em processo de liberação

1 BILHÃO – Em reunião com parlamentares na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, o ministro ainda informou que cerca de R$ 1 bilhão serão destinados pelo Governo Federal à reconstrução de rodovias federais, além do orçamento previamente destinado ao estado de R$ 1,7 bilhão.

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