Caldas Novas voltou a ser palco de uma tragédia anunciada nesta segunda-feira (25/08), quando o lixão da cidade, há anos abandonado pelo poder público, pegou fogo e provocou caos, prejuízos e risco à saúde da população.
As chamas destruíram o material reciclável de famílias que sobrevivem do trabalho no local. Segundo relatos, uma única família contabilizou prejuízos de mais de R$ 3 mil, valor que representa sua fonte de renda mensal.
Em meio ao desespero, um trabalhador precisou ser resgatado pelo SAMU (192) e encaminhado à UPA – Unidade de Pronto Atendimento, após inalar grande quantidade de fumaça. O incêndio não atingiu apenas os catadores: a fumaça tóxica se espalhou por toda a cidade, atingindo moradores de vários bairros.
O caso escancara o abandono do meio ambiente e da saúde pública em Caldas Novas. A prefeitura já deveria ter encerrado o lixão e implementado o aterro sanitário, justamente para o qual a taxa de lixo paga pela população deveria ser destinada.
Para piorar, famílias afirmam que procuraram o prefeito Kleber Marra (MDB) em busca de apoio emergencial, mas não foram atendidas nem obtiveram retorno.
O episódio deixa evidente que a gestão municipal vira as costas para os mais pobres, enquanto cobra cada vez mais impostos da população. O lixão, que deveria ser coisa do passado, segue existindo como uma ferida aberta: símbolo de descaso, atraso e desrespeito com quem trabalha sob o sol quente para sobreviver do que a cidade descarta.
Jornal Local / Thiago Vaz
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