Agro
PAA Goiás 2023 investe R$ 12 milhões no fomento da agricultura familiar
Financiado pela primeira vez com recursos exclusivos do Governo do Estado, programa garante inclusão social e segurança alimentar
Ao longo deste ano, o Programa de Aquisição de Alimentos do Estado de Goiás (PAA Goiás 2023) consolidou-se como uma ferramenta essencial para o fortalecimento da agricultura familiar e o combate à insegurança alimentar. Gerido pela Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) e pela Agência Goiana de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Agropecuária (Emater), em parceria com o Gabinete de Políticas Sociais (GPS) e a Organização das Voluntárias de Goiás (OVG), o programa alcançou resultados expressivos que refletem seu compromisso com a produção local e o bem-estar da população.
Em 2023, foram selecionados 845 agricultores em 116 municípios goianos, o que demonstra o comprometimento do governo em abranger toda a diversidade produtiva. Com investimento total de R$ 12 milhões, o PPA Goiás incentivou a agricultura familiar, um dos pilares da economia goiana.
O secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Goiás, Pedro Leonardo Rezende, enfatiza a importância do programa como catalisador do desenvolvimento sustentável do agronegócio goiano. “O PAA Goiás é uma maneira pela qual o Governo de Goiás demonstra que é possível unir o agronegócio e o aspecto social, apoiando a produção agropecuária, que é uma das forças do nosso estado, sem jamais esquecer do cuidado com as pessoas em situação de vulnerabilidade social e insegurança alimentar”, destaca.
Resultados
Pelo PAA Goiás 2023, os agricultores assumem a responsabilidade fundamental de transportar os alimentos até uma das 157 entidades socioassistenciais previamente selecionadas pela OVG, desempenhando um papel vital na promoção da segurança alimentar em Goiás. Até o momento, dos 845 produtores selecionados, 782 já entregaram seus produtos.
Neste ano, a previsão é distribuir 2,7 mil toneladas de alimentos, que estão em fase final de entrega às instituições que atendem pessoas em situação de insegurança alimentar e nutricional em todo o estado. Entre os produtos adquiridos pelo Governo de Goiás na modalidade Compra com Doação Simultânea, estão legumes e verduras, frutas, cereais, produtos de origem animal (mel, carnes etc.) e produtos processados (bolos, pães, doces etc.).
A gerente de Agricultura Familiar e Inclusão Produtiva, Cristhian Lorraine Araújo, comenta sobre a fase atual do programa. “Os produtores já emitiram notas fiscais à Seapa no valor de R$ 10,8 milhões. Esse montante representa mais de 90% do total previsto de R$ 12 milhões para o PAA Goiás 2023. Isso evidencia não apenas a eficiência na execução do programa, mas também a relevância econômica e social que o PAA representa para a agricultura familiar goiana”, ressalta.
A produtora Bel Moura, que já participou de outras edições do PAA, fala da importância crucial do programa para os agricultores. “O PAA é a melhor coisa que tem para nós, produtores”, afirma. A agricultora, que comercializa leite, mandioca e frutas para o Estado por meio do programa, ainda destaca o PAA como uma oportunidade única que garante a comercialização justa dos produtos, sem onerar os produtores com altos custos logísticos.
O PAA Goiás 2023 foi marcado por uma participação significativa dos agricultores. “Este engajamento contínuo destaca o caráter inclusivo do PAA, evidenciando seu papel crucial na promoção da agricultura familiar e no fortalecimento da produção local”, destaca Patrícia Honorato, superintendente de Produção Rural da Seapa.
Fotos: Seapa / Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento – Governo de Goiás
Agro
Brasil se torna livre de febre aftosa sem vacinação, informa governo
Novo status sanitário será submetido à organização internacional
O governo federal informou nesta quinta-feira (2) que o Brasil se tornou um país livre de febre aftosa sem vacinação animal. O anúncio foi feito pelo ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, e pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin. A autodeclaração ocorre após o fim da última campanha nacional de imunização contra a febre aftosa em 12 unidades da Federação e em parte do Amazonas.
“O Brasil sobe para o degrau de cima da sanidade animal, tão almejada. Os mercados mais exigentes e mais remuneradores vão estar abertos para o Brasil”, celebrou Fávaro.
Segundo ele, a medida abre caminho para que o Brasil possa exportar carne bovina para países como Japão e Coreia do Sul, por exemplo, que só compram de mercados livres da doença sem vacinação.
“Hoje é um dia histórico, porque sempre o Brasil sonhou em ser um país livre de febre aftosa sem vacinação, ou seja, um estágio bem avançado de sanidade animal e boa defesa agropecuária”, afirmou o vice-presidente Geraldo Alckmin.
A próxima etapa consiste na apresentação de documentação para Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), que é quem tem poder para reconhecer o novo status sanitário do país.
Para conceder a declaração de país livre da febre aftosa sem vacinação, a OMSA exige a suspensão da vacinação contra a febre aftosa e a proibição de ingresso de animais vacinados nos estados por, pelo menos, 12 meses. O Brasil deve apresentar o pleito em agosto deste ano. Já o resultado, se aprovado, será apresentado em maio de 2025, durante assembleia geral da entidade.
Atualmente, no Brasil, somente os estados de Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, Acre, Rondônia e partes do Amazonas e do Mato Grosso têm o reconhecimento internacional de zona livre de febre aftosa sem vacinação pela OMSA.
Ao todo, segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária, mais de 244 milhões de bovinos e bubalinos em cerca de 3,2 milhões de propriedades deixarão de ser vacinados contra a doença, trazendo uma redução de custo direta, com a aplicação da vacina, de mais de R$ 500 milhões.
O ciclo de vacinação de bovinos e bubalinos contra a febre aftosa no Brasil começou há mais de 50 anos e o último registro da doença ocorreu em 2006. O fim da vacinação exigirá protocolos mais rígidos de controle sanitário por parte dos estados, enfatizou o ministro Carlos Fávaro.
A carne é o quarto principal item da pauta de exportações brasileira, atrás apenas da soja, petróleo bruto e minério de ferro.
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