Agro
Presidente Lula e ministro Fávaro alinham ações para fortalecer agro brasileiro
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, realizaram reunião para debater ações estratégicas para fortalecer a agropecuária brasileira e abordaram os desafios do setor. O encontro foi realizado nesta terça-feira (27), no Palácio do Planalto, em Brasília.
“Conversei com o ministro Carlos Fávaro e falamos das parcerias estratégicas do setor e de ações futuras para aquecer setores da agropecuária. O trabalho do Governo Federal continua”, reforçou o presidente Lula.
Na ocasião, o ministro Fávaro detalhou que tratou com o presidente sobre ações que estão sendo realizadas para fortalecer a estabilidade da agropecuária brasileira. Pontuou, ainda, que o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) vem fazendo o acompanhamento da safra, que atualmente está em cerca de 40% da colheita, para elaborar propostas conforme se apresenta o desempenho da produção, visando enfrentar qualquer dificuldade vivenciada pelo produtor nacional.
“Falamos sobre o momento da agropecuária e o presidente determinou que a gente continue a construção de medidas para minimizar qualquer impacto no setor. Estamos trabalhando em conjunto com o Ministério da Fazenda e o BNDES. Vamos ajudar quem precisa e devemos anunciar medidas em março”, explicou o ministro Fávaro. “Não é uma crise. Precisamos evitar inadimplência e atender quem teve problema de safra, para trazer tranquilidade para este setor que está sendo uma mola precursora da economia brasileira”, completou.
Durante coletiva de imprensa, o ministro Fávaro evidenciou o trabalho que vem sendo realizado em apoio ao agronegócio, trazendo segurança jurídica para o setor. Exemplificou citando que em 2023 foram abertas 78 novas possibilidade de mercado para o Brasil, em 39 países, superando os números dos últimos quatro anos. Ainda, completou reforçando que neste ano o ritmo está ainda mais acelerado, com 16 novos mercados, um recorde bimestral.
Também foi debatido na reunião os esforços do Mapa para ampliar a exportação de carnes para a União Africana. A iniciativa parte de um pedido do presidente Lula, que identificou a oportunidade comercial com a região durante os encontros bilaterais com líderes dos países africanos, na viagem realizada neste mês. O plano é estruturar uma comitiva especializada para estreitar relações comerciais com o continente africano. O trabalho visa gerar oportunidades, empregos e movimentar a economia brasileira.
O ministro Fávaro também informou que irá reunir líderes do agronegócio para conversar com o presidente Lula no Palácio do Planalto, com foco em ouvir o setor de perto e entender as necessidades e oportunidades. Ainda, estão previstas viagens para visitar obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) que beneficiam a agricultura e a pecuária do país.
Agro
Brasil se torna livre de febre aftosa sem vacinação, informa governo
Novo status sanitário será submetido à organização internacional
O governo federal informou nesta quinta-feira (2) que o Brasil se tornou um país livre de febre aftosa sem vacinação animal. O anúncio foi feito pelo ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, e pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin. A autodeclaração ocorre após o fim da última campanha nacional de imunização contra a febre aftosa em 12 unidades da Federação e em parte do Amazonas.
“O Brasil sobe para o degrau de cima da sanidade animal, tão almejada. Os mercados mais exigentes e mais remuneradores vão estar abertos para o Brasil”, celebrou Fávaro.
Segundo ele, a medida abre caminho para que o Brasil possa exportar carne bovina para países como Japão e Coreia do Sul, por exemplo, que só compram de mercados livres da doença sem vacinação.
“Hoje é um dia histórico, porque sempre o Brasil sonhou em ser um país livre de febre aftosa sem vacinação, ou seja, um estágio bem avançado de sanidade animal e boa defesa agropecuária”, afirmou o vice-presidente Geraldo Alckmin.
A próxima etapa consiste na apresentação de documentação para Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), que é quem tem poder para reconhecer o novo status sanitário do país.
Para conceder a declaração de país livre da febre aftosa sem vacinação, a OMSA exige a suspensão da vacinação contra a febre aftosa e a proibição de ingresso de animais vacinados nos estados por, pelo menos, 12 meses. O Brasil deve apresentar o pleito em agosto deste ano. Já o resultado, se aprovado, será apresentado em maio de 2025, durante assembleia geral da entidade.
Atualmente, no Brasil, somente os estados de Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, Acre, Rondônia e partes do Amazonas e do Mato Grosso têm o reconhecimento internacional de zona livre de febre aftosa sem vacinação pela OMSA.
Ao todo, segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária, mais de 244 milhões de bovinos e bubalinos em cerca de 3,2 milhões de propriedades deixarão de ser vacinados contra a doença, trazendo uma redução de custo direta, com a aplicação da vacina, de mais de R$ 500 milhões.
O ciclo de vacinação de bovinos e bubalinos contra a febre aftosa no Brasil começou há mais de 50 anos e o último registro da doença ocorreu em 2006. O fim da vacinação exigirá protocolos mais rígidos de controle sanitário por parte dos estados, enfatizou o ministro Carlos Fávaro.
A carne é o quarto principal item da pauta de exportações brasileira, atrás apenas da soja, petróleo bruto e minério de ferro.
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