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Prorrogado até 12 de janeiro o prazo para semeadura da soja em Goiás

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A pedido da Agrodefesa, Ministério da Agricultura e Pecuária concedeu mais 10 dias no calendário da safra de soja 2023/2024 no estado

O Governo de Goiás, por meio da Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa), conseguiu junto ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) a prorrogação do prazo para a semeadura da soja no estado. Com isso, o plantio que terminaria no dia 2 de janeiro de 2024, se estenderá até 12 de janeiro.

A solicitação foi encaminhada pela Agência a pedido do setor produtivo, por meio da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), motivada pela forte influência do fenômeno climático El Niño, que ocasionou irregularidades das chuvas e elevadas temperaturas no segundo semestre de 2023.

Segundo o Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo), alguns municípios goianos receberam um volume de chuva 40% menor neste ano do que o registrado em 2022. A maior parte da área que ainda necessita ser semeada está localizada no Norte do estado, onde o Cimehgo fez previsões de pouco volume de chuva nos próximos dias.

“Essa sinalização favorável do Mapa vai ajudar os produtores que se encontram diretamente prejudicados pelas adversidades climáticas deste ano, dando-lhes oportunidade de prolongar a semeadura da soja e reverter possíveis prejuízos que surjam por causa da escassez de chuva nos últimos meses”, analisa o presidente da Agrodefesa, José Ricardo Caixeta Ramos.

Como explica o diretor de Defesa Agropecuária da pasta, Augusto Amaral, essa prorrogação, que também foi atendida em quatro outros estados, além de Goiás, vai contribuir para minimizar os impactos econômicos causados pela estiagem prolongada deste ano: “Além de Goiás, Mato Grosso do Sul, Pará, Piauí e Tocantins tiveram seus pleitos atendidos. Isso vai contribuir para fortalecer o oferecimento de grãos desta safra, minimizando os efeitos nocivos do plantio tardio”.

Safra de grãos
Para o ciclo 2023/2024, a estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) é que Goiás produza 17,04 milhões de toneladas de soja. O estado deve se manter na quarta posição no ranking nacional, atrás apenas de Mato Grosso, Paraná e Rio Grande do Sul.

Ainda segundo a Conab, até 16 de dezembro deste ano, 97% de toda a área goiana prevista para a produção de soja havia sido semeada. Pesquisa do Instituto do Fortalecimento da Agropecuária de Goiás (Ifag) mostrou que o estado já registrou uma taxa de replantio de 3,6%.

Foto: Wenderson Araujo/CNA / Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) – Governo de Goiás

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Andreazza Joseph é um dos muitos potiguares talentosos que estão espalhados pelo mundo, multifacetado, possuindo formação em Direito e Jornalismo, além de atuar como produtor audiovisual na AgênciAzzA. Com sua paixão pela cultura nordestina, ele se destaca como um cordelista e multi-instrumentista. Sua habilidade em diversas áreas o torna uma figura versátil e criativa, trazendo uma perspectiva única para cada matéria que escreve."

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Brasil se torna livre de febre aftosa sem vacinação, informa governo

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Novo status sanitário será submetido à organização internacional

O governo federal informou nesta quinta-feira (2) que o Brasil se tornou um país livre de febre aftosa sem vacinação animal. O anúncio foi feito pelo ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, e pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin. A autodeclaração ocorre após o fim da última campanha nacional de imunização contra a febre aftosa em 12 unidades da Federação e em parte do Amazonas.

“O Brasil sobe para o degrau de cima da sanidade animal, tão almejada. Os mercados mais exigentes e mais remuneradores vão estar abertos para o Brasil”, celebrou Fávaro.

Segundo ele, a medida abre caminho para que o Brasil possa exportar carne bovina para países como Japão e Coreia do Sul, por exemplo, que só compram de mercados livres da doença sem vacinação.

“Hoje é um dia histórico, porque sempre o Brasil sonhou em ser um país livre de febre aftosa sem vacinação, ou seja, um estágio bem avançado de sanidade animal e boa defesa agropecuária”, afirmou o vice-presidente Geraldo Alckmin.

A próxima etapa consiste na apresentação de documentação para Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), que é quem tem poder para reconhecer o novo status sanitário do país.

Para conceder a declaração de país livre da febre aftosa sem vacinação, a OMSA exige a suspensão da vacinação contra a febre aftosa e a proibição de ingresso de animais vacinados nos estados por, pelo menos, 12 meses. O Brasil deve apresentar o pleito em agosto deste ano. Já o resultado, se aprovado, será apresentado em maio de 2025, durante assembleia geral da entidade.

Atualmente, no Brasil, somente os estados de Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, Acre, Rondônia e partes do Amazonas e do Mato Grosso têm o reconhecimento internacional de zona livre de febre aftosa sem vacinação pela OMSA.

Ao todo, segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária, mais de 244 milhões de bovinos e bubalinos em cerca de 3,2 milhões de propriedades deixarão de ser vacinados contra a doença, trazendo uma redução de custo direta, com a aplicação da vacina, de mais de R$ 500 milhões.

O ciclo de vacinação de bovinos e bubalinos contra a febre aftosa no Brasil começou há mais de 50 anos e o último registro da doença ocorreu em 2006. O fim da vacinação exigirá protocolos mais rígidos de controle sanitário por parte dos estados, enfatizou o ministro Carlos Fávaro.

A carne é o quarto principal item da pauta de exportações brasileira, atrás apenas da soja, petróleo bruto e minério de ferro.

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