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Rio Verde é o segundo maior produtor de soja do Brasil

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Município do Sudoeste goiano subiu duas posições no ranking, resultado do crescimento de 11% da produção do grão no ano passado. Jataí e Cristalina também estão entre os 15 maiores municípios produtores de soja do país

Com um crescimento de 11% na produção em relação a 2021, Rio Verde subiu duas posições e passou a ocupar, em 2022, a segunda colocação no ranking dos principais produtores de soja entre os municípios brasileiros. O primeiro lugar ficou com Sorriso, no Mato Grosso. A informação é do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que publicou, na última quinta-feira (14/09), a pesquisa de Produção Agrícola Municipal (PAM) 2022. O levantamento também deu destaque ao desempenho de outros municípios goianos, como Jataí, Cristalina, Quirinópolis e Ipameri.

Rio Verde se torna o segundo maior produtor de soja entre os municípios brasileiros

Rio Verde se torna o segundo maior produtor de soja entre os municípios brasileiros

Segundo a PAM, em 2022 a produção agrícola goiana atingiu valor recorde: R$ 77,1 bilhões. Com o resultado, Goiás alcançou o maior percentual de participação no valor da produção agrícola nacional já registrado pelo IBGE, passando de 8,4% (2021) para 9,3% (2022). A principal responsável por este desempenho foi a soja. No ano passado, o valor da produção da oleaginosa somou R$ 43 bilhões no estado (crescimento de 25,9% em relação a 2021). A participação goiana no valor de produção nacional do produto também aumentou de 10% para 12,4%.

“São duas boas notícias para o agro goiano na mesma semana. Há poucos dias tivemos a confirmação de recorde na estimativa para a atual safra de grãos, e agora esses dados do IBGE, referentes à produção municipal de 2022, também coroam o trabalho dos nossos produtores nos diferentes municípios do estado”, afirma o secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Pedro Leonardo Rezende.

Além de Rio Verde na segunda posição no ranking nacional em 2022, com 1,6 milhão de toneladas, Goiás emplacou mais dois municípios entre os 15 maiores produtores de soja do país: Jataí ficou na 11ª posição, com 1,2 milhão de toneladas (mais 8,5% em comparação com o ano anterior); e Cristalina ocupou a 15ª colocação, com 1 milhão de toneladas (aumento de 1,3%). Somados, os volumes entregues pelos três municípios corresponderam a 25,1% de toda a soja produzida no ano passado em Goiás.

Vizinhos da região Sudoeste, Rio Verde e Jataí também figuraram no ranking nacional de maiores produtores de milho em 2022. Com 1,8 milhão de toneladas (queda 25,4% em relação a 2021), Rio Verde foi o quarto colocado; Jataí produziu 1,5 milhão de toneladas (alta de 16,2%) e ficou com a sétima posição. O terceiro maior produtor goiano de milho foi Montividiu, que, com 616 mil toneladas, ocupou a 33ª posição no ranking nacional.

Sorgo e girassol
Ainda de acordo com a PAM, Goiás se manteve como maior produtor nacional de sorgo e girassol no ano passado. No caso do sorgo, o levantamento do IBGE apontou uma queda na produção estadual de 8,3% em relação a 2021. A produção goiana totalizou 1 milhão de toneladas. Mesmo assim, o estado ocupou cinco das sete primeiras posições no ranking nacional de produtores municipais: Rio Verde (1º), Paraúna (2º), Cristalina (4º), Goiatuba (6º) e Acreúna (7º).

A hegemonia foi ainda maior no girassol. Segundo o IBGE, Goiás produziu 66,3% de todo o volume do grão colhido no Brasil em 2022. No ano passado, a produção goiana cresceu 8,8% frente ao período anterior e chegou a 40 mil toneladas. Dos quinze maiores produtores municipais de girassol, doze estavam em território goiano: Ipameri (2º), Goiatuba (3º), Piracanjuba (4º), Joviânia (5º), Orizona (6º), Itumbiara (7º), Silvânia (8º), Rio Verde (9º), Paraúna (10º), Buriti Alegre (12º), Bela Vista de Goiás (13º) e Cristalina (15º).

“O governador Ronaldo Caiado deixou muito claro desde o primeiro dia de mandato que o agro goiano seria respeitado na sua gestão. Isso começou com a recriação da Seapa. Desde então, temos trabalhado em parceria com o setor, proporcionando crédito e infraestrutura, levando informação e assistência técnica, garantindo a sanidade dos produtos e mostrando o agronegócio goiano ao mundo. Esta união de esforços entre governo, entidades, empresas e produtores ajuda a impulsionar esses resultados”, concluiu o titular da Seapa.

Fotos: Enio Tavares / Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento – Governo de Goiás

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Andreazza Joseph é um dos muitos potiguares talentosos que estão espalhados pelo mundo, multifacetado, possuindo formação em Direito e Jornalismo, além de atuar como produtor audiovisual na AgênciAzzA. Com sua paixão pela cultura nordestina, ele se destaca como um cordelista e multi-instrumentista. Sua habilidade em diversas áreas o torna uma figura versátil e criativa, trazendo uma perspectiva única para cada matéria que escreve."

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Brasil vai importar arroz para evitar especulação de preços

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Para evitar uma possível escalada no preço arroz, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) vai comprar o produto já industrializado e empacotado no mercado internacional. A informação foi dada nesta terça-feira (7) pelo ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro. Trata-se de um dos efeitos das enchentes no Rio Grande do Sul, estado responsável por 70% da produção nacional de arroz.

De acordo com o ministro, perdas na lavoura, em armazéns alagados e, principalmente, a dificuldade logística para escoar o produto, com rodovias interditadas, poderia criar uma situação de desabastecimento, elevando os preços no comércio.

“O problema é que teremos perdas do que ainda está na lavoura, e algumas coisas que já estão nos armazéns, nos silos, que estão alagados. Além disso, a grande dificuldade é a infraestrutura logística de tirar do Rio Grande do Sul, neste momento, e levar para os centros consumidores”, explicou. Os recursos para a compra pública de estoques de arroz empacotado serão viabilizados por meio da abertura de crédito extraordinário.

“Uma das medidas já está sendo preparada, uma medida provisória autorizando a Conab a fazer compras, na ordem de 1 milhão de toneladas, mas não é concorrer. A Conab não vai importar arroz e vender aos atacadistas, que são compradores dos produtos do agricultor. O primeiro momento é evitar desabastecimento, evitar especulação”, acrescentou o ministro. A MP depende da aprovação, pelo Congresso Nacional, de um decreto legislativo que reconhece a calamidade pública no Rio Grande do Sul e, com isso, suspende os limites fiscais impostos pela legislação para a ampliação do orçamento. O decreto, já foi aprovado na Câmara dos Deputados, deve ser votado ainda nesta terça pelo Senado.

Na primeira etapa, o leilão de compra da Conab, uma empresa pública federal, será para 200 mil toneladas de arroz, que devem ser importados dos países vizinhos do Mercosul, como Argentina, Uruguai e Paraguai, e eventualmente da Bolívia. “Se a gente for rápido na importação, a gente mantém [o preço] estável”, garantiu. O restante, até totalizar 1 milhão de toneladas, será importando conforme a avaliação de mercado. Essa cota ainda poderá ser elevada, se for necessário, assegurou o ministro.

Fávaro explicou que a Conab só deverá revender o produto no mercado interno diretamente para pequenos mercados, nas periferias das cidades, especialmente nas regiões Norte e Nordeste, para não afetar a relação dos produtores de arroz brasileiros com os atacadistas, que são seus principais clientes. Mais cedo, em entrevista à Empresa Brasil de Comunicação (EBC), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva havia antecipado a informação de que o país poderia ter que importar arroz e feijão. No entanto, segundo o ministro Fávaro, apenas a importação de arroz será necessária.

O Brasil produz cerca de 10,5 milhões de toneladas de arroz, sendo que entre 7 e 8 milhões vêm de produtores gaúchos. O consumo interno anual, de 12 milhões de toneladas, supera a produção nacional, e o país já costuma importar o grão todos os anos.

Prorrogação de dívidas

O ministro Carlos Fávaro também informou ter se reunido, mais cedo, com representantes da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul e 123 sindicatos rurais para avaliar as demandas do setor frente ao desastre causado pelas chuvas no estado. O titular da pasta da Agricultura adiantou que, a pedido dos produtores, o governo deverá analisar o pedido de  prorrogação imediata, por 90 dias, de todos os débitos do setor.

A prorrogação é do pagamento de parcelas de empréstimos e operações financeiras de custeio e investimentos, contratadas pelos produtores. A medida precisa de aprovação do Conselho Monetário Nacional (CMN), formado pelos ministérios da Fazenda, do Planejamento e pelo Banco Central. O órgão deverá realizar uma reunião extraordinária nos próximos dias para encaminhar o pleito dos produtores gaúchos.

Edição: Aline Leal / Agencia Brasil

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