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Câmara aprova urgência e minirreforma eleitoral vai a Plenário

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Novas regras devem valer para as eleições municipais de 2024

A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (13) o requerimento de urgência para a proposta da minirreforma eleitoral, que poderá valer para as eleições municipais de 2024. Com a urgência, o texto pode ser votado diretamente em Plenário, sem precisar passar pelas comissões. A expectativa é que essa votação ocorra ainda na sessão plenária desta quarta, mas pode ser adiada para quinta-feira (14). 

Para ter validade nas eleições municipais do ano que vem, a minirreforma precisa estar aprovada até 6 de outubro, tanto na Câmara quanto no Senado, além de sancionada pelo presidente da República. Se passar no plenário da Câmara nesta semana, o Senado terá cerca de três semanas para concluir a tramitação.

Relatada pelo deputado federal Rubens Pereira Júnior (PT-MA), a minirreforma eleitoral foi dividida em diferentes eixos temáticos, que passam por alterações no funcionamento das federações partidárias, simplificação na prestação de contas e regras da propaganda eleitoral. O parecer também prevê um prazo antecipado para registro de candidaturas, permitindo que a Justiça Eleitoral tenha mais tempo para julgar os candidatos antes das eleições. O prazo de desincompatibilização de cargos públicos, para concorrer a cargos eleitorais, será unificado em seis meses. Na lei atual, esse prazo pode ser de até seis meses, dependendo do cargo público ocupado por quem disputa a eleição. A consolidação das propostas foi feita por meio de grupo de trabalho criado há duas semanas.

Entre outras medidas, o projeto determina transporte público gratuito obrigatório no dia das eleições, com linhas especiais para regiões mais distantes; legaliza as candidaturas coletivas nas eleições para deputado e vereador; e permite que a pena de cassação do candidato que usar recursos ilegais seja substituída por pagamento de multa de até R$ 150 mil.

Eventuais candidaturas de mulheres apenas para preencher cota legal de 30% serão consideradas fraude e abuso de poder político se não houver realização de atos de campanha ou se a votação for insignificante e sem esforço eleitoral. A regra vale para os partidos individualmente ou para a federação como um todo (no caso de legendas agrupadas nesse sistema).

O texto também permite o uso do Pix para doações eleitorais, bem como de contas digitais, uso de máquinas de cartão, cobranças virtuais e financiamento coletivos por vaquinhas. As doações de pessoas físicas serão limitadas a R$ 2.855,97 ou até 10% dos rendimentos do ano anterior. Candidatos a vice ou suplente serão autorizados a usar recursos próprios nas campanhas majoritárias (presidente, governador, prefeito e senador).

O texto autoriza a aplicação de recursos públicos para pagamento de despesas pessoais dos candidatos e estabelece regras para a prestação de contas simplificada aplicada às eleições para prefeito e vereador de cidades com menos de 50 mil eleitores. Em outro ponto, o texto possibilita a propaganda conjunta de candidatos de partidos diferentes, independentemente de coligação ou federação; exclui limites de tamanho de propaganda eleitoral em veículos; e autoriza propaganda na internet no dia da eleição.

Sobras eleitorais

Apesar de ser considerada amplamente consensual entre os deputados, a minirreforma eleitoral terá um tema polêmico a ser votado, que são as regras para as “sobras eleitorais”. Atualmente, as cadeiras das Câmaras de Vereadores, Assembleias Legislativas estaduais e da Câmara dos Deputados são preenchidas pelos partidos ou federações que alcançam o chamado quociente eleitoral, que é o cálculo que define quantos votos são necessários para ocupar uma vaga.

Se, por exemplo, forem 100 mil votos válidos para 10 vagas existentes, o quociente eleitoral será 10 mil votos. Esse é o mínimo que um partido precisa ter na eleição para eleger um deputado.

Depois de ocupadas essas vagas pela regra do quociente eleitoral, ainda sobram cadeiras que não foram ocupadas pelos partidos. Afinal, se um partido teve 55 mil votos, ele ganha cinco cadeiras pelo exemplo usado acima, sobrando ainda 5 mil votos.

Essas “sobras”, pela regra aprovada em 2021, serão preenchidas pelos partidos que conseguiram, pelo menos, 80% do quociente eleitoral e pelos candidatos com um número mínimo de votos de 20% desse quociente.

“Este é o assunto que não tem consenso no grupo de trabalho nem no Colégio de Líderes, e vai ser decidido democraticamente, pelo Plenário, na forma de destaque”, explicou Rubens Pereira Júnior, na última segunda-feira (11). A proposta que constará em seu parecer prevê que só poderá participar das “sobras” o partido ou federação que alcançar 100% do quociente eleitoral e, ao mesmo tempo, o candidato que obter 10% dos votos individuais desse quociente.

*Com informações da Agência Câmara.

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Caiado recebe imprensa e assessores do interior do estado no Palácio das Esmeraldas: reconhecimento e respeito

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Em recepção à imprensa e assessores, no Palácio das Esmeraldas, governador destaca importância da produção de conteúdo em todas as regiões de Goiás “O interior é a força do nosso estado”, afirma Caiado 

Em continuidade aos eventos de confraternização com autoridades e imprensa, o governador Ronaldo Caiado recebeu, na manhã desta quarta-feira (06/12), representantes de veículos de comunicação do interior de Goiás. Cerca de 180 profissionais participaram de um café da manhã no Palácio das Esmeraldas, na Praça Cívica, em Goiânia, como forma de reconhecimento pelo trabalho desempenhado na produção de informações úteis ao cidadão.

“O interior é a força do estado de Goiás e do nosso país. Levantei essa bandeira em uma época em que se tinha um preconceito enorme com quem vinha do campo e das cidades pequenas. Achavam que a zona rural não era uma alternativa para o Brasil. E a imprensa e assessores têm a missão de demonstrar o contrário”, salientou Caiado. Para ele, os veículos do interior são fundamentais para que a população distante dos grandes centros “saiba como o dinheiro é investido, aplicado e como os benefícios funcionam”, complementou.

“Há uma crença que vem de longo tempo, que já não se sustentava no passado e hoje muito menos, de que são os grandes veículos que despertam a atenção das pessoas na busca por informações. Isso não é verdade. Pesquisas de mídia feitas aqui em Goiás e no Brasil mostram o contrário: as pessoas querem cada vez mais informação feita perto de casa, na sua cidade”, destacou o titular da Secretaria de Estado de Comunicação (Secom), Gean Carlo Carvalho.

Presidente da Associação de Rádios Comunitárias de Goiás, Valdir Barbosa também ressaltou a diferença no cenário vivenciado pelos profissionais, com o diálogo instituído com a Secom. “Vivemos em um momento completamente diferente. É cada vez maior a necessidade de nos aproximar das pessoas em cada canto. E a Secom faz isso, ela leva a mensagem do governo para as rádios comunitárias e todos os lugares do estado.”

Vice-governador de Goiás, Daniel Vilela apontou a credibilidade dos veículos nas suas respectivas regiões. “Em todos os municípios que chegamos, sempre tem algo a ser perguntado. Existem situações que devem ser comunicadas à população e vocês sempre nos dão oportunidades”, agradeceu.

Em 2023, os veículos de comunicação goianos veicularam mais de 135 mil notícias sobre programas, serviços e projetos do Estado. Os principais conteúdos divulgados dizem respeito ao avanço do PIB goiano, vacinação contra Covid-19, serviços de saúde, o Programa Pra Ter Onde Morar, ações do Goiás Social, geração de emprego e segurança pública.

Fotos: Lucas Diener e Rômulo Carvalho / Secretaria de Comunicação – Governo de Goiás

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