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DESAGRAVO PÚBLICO: OAB promove ato em Goiânia em favor de advogado agredido por policiais

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Nesta quarta-feira (28/7), a OAB-GO promoveu em Goiânia um ato de desagravo público, com participação da OAB Nacional, em repúdio às agressões policiais sofridas pelo advogado Orcélio Ferreira Silvério Júnior.

Na última semana, ao lado da Praça da Bíblia, policiais militares do Grupamento de Intervenção Rápida Ostensiva (Giro) imobilizaram e atacaram o advogado durante o exercício de sua profissão.

O Conselho Federal da OAB vai ajuizar ação civil pública com pedido de indenização contra o governo de Goiás devido às agressões. Os PMs envolvidos já foram afastados, após atuação da ordem.

O secretário-geral da OAB Nacional, José Alberto Simonetti, compareceu ao ato, e afirmou que a advocacia jamais se curvará a atos de agressão e desrespeito: “Estou aqui hoje ao lado de tantos outros que cruzaram os céus do Brasil para reconhecer o heroísmo, a coragem e o destemor do colega Orcélio Ferreira. Hoje, Orcélio tem ao seu lado as vozes de 1,3 milhão de advogados e advogadas, como escudo e defesa para que as prerrogativas sejam respeitadas. A OAB age para combater o arbítrio e defender a cidadania e os calores democráticos”, destacou.

Já Alexandre Ogusuku, presidente da Comissão Nacional de Defesa das Prerrogativas e Valorização da Advocacia, disse que Orcélio é uma inspiração para toda a advocacia: “Hoje somos todos Orcélio. O que aconteceu aqui foi um crime de tortura, praticado por policiais, e contra eles a ordem não medirá esforços no campo penal e no campo civil para resgatar a dignidade do doutor Orcélio e da democracia”.

O presidente da OAB-GO, Lúcio Flávio de Paiva, ressaltou que os casos de abuso de autoridade vêm crescendo em Goiás, e que é necessária uma atuação firme contra a violência policial: “Repudiamos e repugnamos o ataque covarde ao livre exercício da advocacia; repudiamos e repugnamos a violação dos direitos e garantias fundamentais de todo cidadão brasileiro, assegurados pela Constituição Federal de 1988”.

O ato também contou com a presença do procurador nacional de defesa das prerrogativas, Alex Sarkis; da conselheira do CNMP, Fernanda Marinela; e dos presidentes das seccionais da OAB em Mato Grosso, Leonardo Campos; em Tocantins, Gedeon Pitaluga; no Paraná, Cássio Telles; e no Distrito Federal, Délio Lins e Silva.

Caso não é isolado
Simonetti estendeu os efeitos do desagravo à advogada Patrícia Pereira da Silva, da seccional do Amazonas. Ela também foi vítima de violência policial no último dia 18/7, enquanto exercia sua profissão na 6ª Companhia Interativa Comunitária (Cicom), no bairro da Cidade Nova, em Manaus.

“A OAB, assim como no presente caso do nobre doutor Orcélio Júnior, não irá se omitir diante dessa gravíssima violação às prerrogativas da advocacia, que se soma à violência de gênero que tanto combatemos em nossa sociedade”, ressaltou Simonetti. Na tarde desta quarta-feira, a OAB-AM também promoveu um desagravo público em sua sede na capital amazonense.

Nesta sexta-feira (30/7), haverá outro ato de desagravo, promovido pela OAB-MT em Cuiabá, em favor da advogada Deise Cristina Sanabria Carvalho Alves, também vítima de agressão policial.

Em junho, a OAB-RS também promoveu ato semelhante, mas de forma virtual, em nome do advogado Ismael Santos Schmitt. Ele foi agredido por policiais militares na Cadeia Pública de Porto Alegre, e sua carteira da OAB foi quebrada.

Na última semana, o advogado João Henrique Pinto Farah afirmou ter sofrido abuso de autoridade e truculência policial em Belo Horizonte, após desentendimentos no momento da demissão de duas funcionárias de uma agência de modelos.

Em maio, um delegado de São Paulo deu ordem de prisão ao advogado Eder Canavan, após ele orientar duas clientes, suspeitas de estelionato, a permanecer em silêncio durante um interrogatório.

Já em setembro do último ano, advogados foram agredidos fisicamente na delegacia central da Polícia Civil da Paraíba. O procurador das Prerrogativas da OAB-PB, Igor Guimarães, teve seu telefone celular quebrado, suas calças rasgadas e quase foi preso.

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Andreazza Joseph é um dos muitos potiguares talentosos que estão espalhados pelo mundo, multifacetado, possuindo formação em Direito e Jornalismo, além de atuar como produtor audiovisual na AgênciAzzA. Com sua paixão pela cultura nordestina, ele se destaca como um cordelista e multi-instrumentista. Sua habilidade em diversas áreas o torna uma figura versátil e criativa, trazendo uma perspectiva única para cada matéria que escreve."

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Empresários são alvos de ação que busca financiadores do 8 de janeiro

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São eles Joveci Xavier de Andrade e Adauto Lúcio de Mesquita

Dois empresários foram presos nesta quinta-feira (25), na 25º fase da Operação Lesa Pátria, deflagrada pela Polícia Federal (PF). O objetivo é identificar pessoas que financiaram e fomentaram os fatos ocorridos em 8 de janeiro de 2023 em Brasília, quando o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF) foram invadidos.

Os alvos são Joveci Xavier de Andrade e Adauto Lúcio de Mesquita, ambos sócios do grupo Melhor Atacadista. Em nota, a defesa dos empresários informou que não teve acesso à decisão emitida pelo STF. “Ressalta-se que, desde o início, houve esforços para esclarecer todos os fatos, compromisso que será mantido perante o Supremo Tribunal Federal”.

“A realização de apurações pelo Estado é considerada válida, e os investigados veem agora a oportunidade de elucidar completamente as questões em aberto”, destacou a nota. “Eles reiteram seu compromisso com a democracia, o Estado de Direito, o respeito às Instituições, ao processo eleitoral, ao Ministério Público e ao Judiciário, com especial ênfase na sua instância máxima, o Supremo Tribunal Federal.”

“O grupo do qual Joveci e Adauto são acionistas reitera que é contra o vandalismo e a intolerância política e acredita que a democracia é feita com pensamentos diferentes, mas jamais com violência. A diretoria do grupo respeita as Instituições brasileiras, a democracia e o Estado de Direito.”, concluiu a nota.

CPI

Ouvido na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Antidemocráticos da Câmara Legislativa do Distrito Federal, Joveci Xavier de Andrade negou ter participado dos atos de 8 de janeiro em Brasília – mas admitiu ter estado no local no momento em que as invasões aconteceram.

Em seu depoimento, o empresário disse não ter patrocinado alimentação, trio elétrico, outdoors ou faixas de protesto utilizadas nos atos. “Não tenho conhecimento de como eles se sustentavam. Minha empresa não compactua. Lá, só sai mercadoria paga”, afirmou.

Questionado sobre possíveis ações do seu sócio, disse: “Não posso responder por meu sócio, Adauto, enquanto pessoa física”.

A operação

Estão sendo cumpridos 34 mandados judiciais, sendo 24 de busca e apreensão, três de prisão preventiva e sete de monitoramento eletrônico – todos expedidos pelo STF. As ações ocorrem no Rio Grande do Sul, em Minas Gerais, no Tocantins, no Paraná, em Mato Grosso do Sul, São Paulo, no Espírito Santo e Distrito Federal.

Ainda de acordo com a PF, foi determinada a indisponibilidade de bens, ativos e valores dos investigados. A estimativa é que os danos causados ao patrimônio público possam chegar à cifra de R$ 40 milhões.

“Os fatos investigados constituem, em tese, crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido”, destacou a corporação.

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