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Ex-prefeito de Turvelândia é condenado a 15 anos de prisão pela morte de vereador

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Denunciado pelo Ministério Público de Goiás (MPGO), Rui César Mendonça, ex-prefeito de Turvelândia, foi condenado a 15 anos de prisão por ser mentor do homicídio duplamente qualificado, de Odaelson Araújo da Silva, então presidente da Câmara Municipal. A sessão do Tribunal do Júri foi realizada nesta terça-feira (20/6), na comarca de Maurilândia (da qual Turvelândia é distrito judiciário), sob a presidência do juiz Daniel Maciel Martins Fernandes. A acusação foi sustentada pelo promotor de Justiça Paulo Brondi.

Crime foi planejado para impedir investigação de irregularidades

A denúncia foi oferecida em 2006 pelo promotor de Justiça Cláudio Prata Santos contra o ex-prefeito e mais oito pessoas. O crime, conforme apontado pelo MP, ocorreu pelo fato de que a vítima estava empenhada em investigar uma série de irregularidades na administração de Rui César, o que gerou uma animosidade entre eles. 

Além de Rui, foram denunciados André Luiz de Araújo, Francisco Geraldo Bernardo de Souza, Acácio Pereira Neto, Rodrigo Batista da Silva, Wilton Rodrigues Coelho, Wanderson Lopes da Silva, José Marcos de Jesus e Anésio Bento da Silva Neto. A ação penal movida contra eles foi desmembrada, sendo que Wilton é falecido, Francisco e Acácio estão com juris marcados, José Marcos absolvido, os demais processos estão em tramitação.

Segundo narrado pelo promotor, no dia 14 de maio daquele ano, Rodrigo Batista e Anésio Bento mataram a vítima, com diversos tiros de arma de fogo, contando com a participação dos demais, que instigaram os autores e deram apoio intelectual ao crime.

Inquérito policial constatou que Rui César contratou Acácio, que lhe apresentou Francisco Geraldo, prometendo aos dois R$ 40 mil pela morte de Odaelson. Apurou-se ainda que Rui César forneceu dinheiro para a compra de veículo, transporte e hospedagem de pessoas, forneceu um revólver de sua propriedade para ser utilizado pelos executores, bem como contratou o André Luiz de Araújo para prestar apoio logístico na empreitada.

André Luiz forneceu outros dois revólveres calibre 38 e munição para serem utilizados na ação, bem como orientou e facilitou o trânsito dos envolvidos na região dos municípios de Santa Helena de Goiás e Turvelândia. Ele também deu informações sobre a vítima e a melhor forma de ela ser surpreendida.

Narra a denúncia que Acácio, então, agenciou Francisco Geraldo para planejar e preparar a ação criminosa e Wanderson Lopes para atuar na execução do crime e auxiliar na fuga. Ainda segundo a denúncia, Acácio passou a pressionar Francisco Geraldo a prosseguir com a empreitada criminosa.

Francisco, então, pediu auxílio a Wilton Coelho, que agenciou Rodrigo da Silva e Anésio Bento, prometendo-lhes uma recompensa de R$ 3,5 mil pela execução e pediu a José que colaborasse nos atos preparatórios.

Grupo havia tentado assassinar a vítima uma semana antes

O inquérito policial indicou ainda que Wanderson Lopes participou do planejamento da ação e da primeira tentativa de executar a vítima, ocorrida na semana anterior ao dia do fato. Além disso, durante a ação ficou hospedado na casa da mãe de Francisco Geraldo aguardando para dar cobertura à fuga dos executores.

José Marcos de Jesus, sob o comando de Francisco Geraldo, conduziu de Goiânia para Santa Helena de Goiás a motocicleta Honda CG Titan utilizada na primeira tentativa de matar a vítima, transportou o denunciando Wanderson Lopes neste trajeto e também em deslocamentos dele na cidade de Goiânia, bem como permaneceu a postos para dar cobertura para a fuga dos agentes.

Na noite seguinte à data do crime Wanderson Lopes e José Marcos, sob o comando de Francisco, se deslocaram até um hotel em Santa Helena de Goiás e deram cobertura para a fuga de Rodrigo Batista e Anésio Bento. Rodrigo Batista da Silva, que presenciou os denunciados Rui Mendonça e André Luiz fornecendo três revólveres e munições para a prática do crime e ajustando detalhes da ação com Francisco Geraldo, sob o comando deste último, ajudou Anésio Bento a subtrair a arma usada na ação, e a trocar um dos revólveres pela pistola calibre 380 empregada para matar a vítima.

Na data do crime, Rodrigo Batista e Anésio Bento se deslocaram para Turvelândia, localizaram o veículo da vítima estacionado em frente a uma residência e ficaram de tocaia em uma esquina próxima, até que perceberam que Odaelson saiu da casa e entrou no carro. Imediatamente, Rodrigo assumiu a direção da motocicleta. Anésio montou na garupa e passaram a seguir o automóvel. Foi quando a vítima parou na entrada da garagem de sua casa e Rodrigo Batista posicionou a moto ao seu lado e Anésio Bento saltou ao chão, sacou a pistola e atirou quinze vezes na direção da vítima, provocando-lhe a morte.
(Cristiani Honório / Assessoria de Comunicação Social do MPGO – Foto: acervo da Promotoria de Maurilândia)

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Andreazza Joseph é um dos muitos potiguares talentosos que estão espalhados pelo mundo, multifacetado, possuindo formação em Direito e Jornalismo, além de atuar como produtor audiovisual na AgênciAzzA. Com sua paixão pela cultura nordestina, ele se destaca como um cordelista e multi-instrumentista. Sua habilidade em diversas áreas o torna uma figura versátil e criativa, trazendo uma perspectiva única para cada matéria que escreve."

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Eleitores de Turvelândia vão as urnas hoje eleger prefeito interino

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Ao todo foram montadas 15 seções eleitorais

Os 4.233 eleitores de Turvelândia são esperados neste domingo (28) nas 15 urnas do município para escolher os novos prefeito e vice-prefeito.

Desde a manhã deste sábado (27), servidores da 128ª Zona Eleitoral estão preparando as seções eleitorais em dois locais de votação: Escola Municipal Floriano Borges e Escola Municipal Geraldo Sirio.

O horário de votação será das 8h às 17h, e a apuração dos votos será feita logo após o término. Os eleitos no domingo cumprirão mandato até dezembro de 2024.

O pleito ocorrerá em razão de decisão do TSE que, em recente julgamento de recurso nos autos do Processo PJe n.º 0600725-85.2020.6.09.0128, confirmou o acórdão proferido por este Regional, em 2023, e manteve a cassação dos diplomas de Siron Queiroz dos Santos e Marlos Souza Borges, expedidos em razão das Eleições Municipais, em 2020.

Para assumir os cargos vagos, disputarão as funções de prefeito e vice, respectivamente, os candidatos Tenilson Pedreiro (Solidariedade) e Claudio Fontana (PP), da coligação Juntos Faremos Mais; e Osélia do Ailton (PL) e Neto Pimenta (PL).

Para votar

Para votar, basta levar um documento oficial com foto, tal como: e-Título; carteira de identidade; identidade social; passaporte ou outro de valor legal equivalente – inclusive carteira de categoria profissional reconhecida por lei –; certificado de reservista; carteira de trabalho; e Carteira Nacional de Habilitação.

O título eleitoral não é documento obrigatório para ir às urnas; contudo, é indicado levá-lo para agilizar a identificação perante o mesário. A eleitora ou o eleitor que cadastrou dados biométricos (digitais e foto) também precisa levar documento de identidade oficial com fotografia.

Eleições suplementares

As eleições suplementares, que tiveram o calendário deste ano definido pela Portaria do TSE nº 881/2023, são reguladas pela Lei nº 4.737/1965 (Código Eleitoral). Elas ocorrem quando há nulidade de votos que atinja mais da metade da votação para os cargos majoritários de presidente da República, governador e prefeito.

Também poderão ser convocadas novas eleições quando a Justiça Eleitoral determinar o indeferimento do registro, a cassação do diploma ou a perda do mandato de candidato eleito em pleito majoritário, independentemente do número de votos anulados. Nesta última hipótese, o pleito será direto, exceto se a vacância ocorrer a menos de seis meses do fim do mandato.

Resolução TRE-GO nº 399/2024 determinou as instruções para a realização das Eleições Suplementares em Turvelândia, aprovando o calendário eleitoral.

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