Justiça

Governo de Goiás entrega 214 títulos de regularização a produtores rurais

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Em quatro anos, Regulariza Campo legalizou 55,7 mil hectares. Com documentos em mãos, famílias têm tranquilidade para desenvolver atividades agropecuárias, gerando renda e trabalho no campo

O Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), retomou o processo de regularização de terras devolutas no Estado e emitiu 214 títulos de domínio nos últimos quatro anos. A ação, batizada de Regulariza Campo, seguiu a previsão da Lei Estadual 18.826/2015, regulamentada pelo Decreto 8.576/2016. De 2019 a 2022, a área total regularizada no estado atingiu 55,7 mil hectares, sendo a maior parte localizada no Nordeste Goiano.

O município com maior número de títulos emitidos foi São João D’Aliança (64). Na sequência vieram Teresina de Goiás (40), Alto Paraíso (31), Nova Roma (26), Cavalcante (20), Niquelândia (15), Colinas do Sul (11), Formoso (2), Porangatu (2), Água Fria de Goiás (1), Bonópolis (1) e Goiás (1). Em alguns casos, os proprietários esperavam há décadas pela regularização das propriedades.

“Os processos de regularização fundiária ficaram praticamente parados em Goiás por cerca de 16 anos. Ao assumir o Governo de Goiás, o governador Ronaldo Caiado determinou que este trabalho fosse retomado e foi o que nós fizemos, sempre observando os requisitos legais”, conta o secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tiago Mendonça. Ele ressalta que a posse do título dá ao produtor a condição de desenvolver seu empreendimento rural, cumprindo a função social e econômica da terra.

“Uma vez formalizado, ele pode conseguir crédito bancário e participar de programas oficiais”, acrescenta o superintendente de Engenharia Agrícola e Desenvolvimento Social da Seapa, José Ricardo Caixeta Ramos. “A maioria dos beneficiários é formada por pequenos produtores. O título dá dignidade a eles e também tranquilidade para trabalhar. Com o documento em mãos, eles têm segurança para investir naquela terra e desenvolver atividades produtivas sem medo”, ressalta.

Gerente de Política de Regularização Fundiária da Seapa, Emanuel Pinheiro explica que o processo vem sendo aperfeiçoado desde o início da gestão para aumentar a velocidade de análise da documentação e as visitas técnicas, sem prejuízo da legalidade. “Seguimos fazendo reuniões para explicar os requisitos e tirar dúvidas. Estivemos recentemente no Povoado do Muquém, em Niquelândia, fazendo este trabalho”, exemplifica. “São pessoas humildes e que muitas vezes sequer têm condições de vir a Goiânia para protocolar a documentação, então nós vamos até elas e ajudamos”, completa.

Entre os beneficiados com o título está Zequinha Rodrigues do Prado. Ele nasceu e cresceu junto com os irmãos em uma propriedade no município de Nova Roma, onde plantam cana-de-açúcar, arroz e feijão. Em setembro de 2021, Zequinha recebeu o Título Definitivo de Domínio. “Agora a terra está segura, não sai mais da nossa família”, resume ele, segurando o documento. “É o local pra gente sobreviver, trabalhamos lá e pretendo ficar sempre lá. Esse documento é o que vai segurar a gente lá”, reforça.

Saiba mais
Em vigor desde 2019, o programa Regulariza Campo objetiva legalizar terras devolutas do Estado de Goiás, arrecadadas por meio de ações discriminatórias judiciais e/ou administrativas. A transferência da propriedade aos atuais ocupantes garante o título definitivo de domínio, tornando-os proprietários de direito, permitindo o acesso a políticas públicas implementadas pelo Estado de Goiás e demais entes da Federação, como por exemplo o crédito rural.

Terras devolutas são terras públicas sem destinação pelo poder público e que em nenhum momento integraram o patrimônio de um particular, ainda que estejam irregularmente sob sua posse. Pode requerer o título o produtor rural que não seja proprietário de imóvel rural em qualquer parte do território nacional, também que mantenha a exploração da área de acordo com a legislação ambiental vigente e que não exerça função pública, sendo permitido requerer no máximo mil hectares contínuos.

Para dar entrada no procedimento, devem ser entregues no protocolo da Seapa o requerimento de titulação devidamente preenchido e documentos legais (disponíveis em https://www.agricultura.go.gov.br/programas-e-projetos/regulariza-campo.html). Para melhor orientação e esclarecimentos, os interessados podem falar diretamente na Gerência de Política de Regularização Fundiária, na sede da Seapa, em Goiânia, ou pelo telefone (62) 3201-8956/8938/8974.

Foto: Seapa / Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento – Governo de Goiás

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Andreazza Joseph é um dos muitos potiguares talentosos que estão espalhados pelo mundo, multifacetado, possuindo formação em Direito e Jornalismo, além de atuar como produtor audiovisual na AgênciAzzA. Com sua paixão pela cultura nordestina, ele se destaca como um cordelista e multi-instrumentista. Sua habilidade em diversas áreas o torna uma figura versátil e criativa, trazendo uma perspectiva única para cada matéria que escreve."

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Justiça

Empresários são alvos de ação que busca financiadores do 8 de janeiro

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São eles Joveci Xavier de Andrade e Adauto Lúcio de Mesquita

Dois empresários foram presos nesta quinta-feira (25), na 25º fase da Operação Lesa Pátria, deflagrada pela Polícia Federal (PF). O objetivo é identificar pessoas que financiaram e fomentaram os fatos ocorridos em 8 de janeiro de 2023 em Brasília, quando o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF) foram invadidos.

Os alvos são Joveci Xavier de Andrade e Adauto Lúcio de Mesquita, ambos sócios do grupo Melhor Atacadista. Em nota, a defesa dos empresários informou que não teve acesso à decisão emitida pelo STF. “Ressalta-se que, desde o início, houve esforços para esclarecer todos os fatos, compromisso que será mantido perante o Supremo Tribunal Federal”.

“A realização de apurações pelo Estado é considerada válida, e os investigados veem agora a oportunidade de elucidar completamente as questões em aberto”, destacou a nota. “Eles reiteram seu compromisso com a democracia, o Estado de Direito, o respeito às Instituições, ao processo eleitoral, ao Ministério Público e ao Judiciário, com especial ênfase na sua instância máxima, o Supremo Tribunal Federal.”

“O grupo do qual Joveci e Adauto são acionistas reitera que é contra o vandalismo e a intolerância política e acredita que a democracia é feita com pensamentos diferentes, mas jamais com violência. A diretoria do grupo respeita as Instituições brasileiras, a democracia e o Estado de Direito.”, concluiu a nota.

CPI

Ouvido na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Antidemocráticos da Câmara Legislativa do Distrito Federal, Joveci Xavier de Andrade negou ter participado dos atos de 8 de janeiro em Brasília – mas admitiu ter estado no local no momento em que as invasões aconteceram.

Em seu depoimento, o empresário disse não ter patrocinado alimentação, trio elétrico, outdoors ou faixas de protesto utilizadas nos atos. “Não tenho conhecimento de como eles se sustentavam. Minha empresa não compactua. Lá, só sai mercadoria paga”, afirmou.

Questionado sobre possíveis ações do seu sócio, disse: “Não posso responder por meu sócio, Adauto, enquanto pessoa física”.

A operação

Estão sendo cumpridos 34 mandados judiciais, sendo 24 de busca e apreensão, três de prisão preventiva e sete de monitoramento eletrônico – todos expedidos pelo STF. As ações ocorrem no Rio Grande do Sul, em Minas Gerais, no Tocantins, no Paraná, em Mato Grosso do Sul, São Paulo, no Espírito Santo e Distrito Federal.

Ainda de acordo com a PF, foi determinada a indisponibilidade de bens, ativos e valores dos investigados. A estimativa é que os danos causados ao patrimônio público possam chegar à cifra de R$ 40 milhões.

“Os fatos investigados constituem, em tese, crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido”, destacou a corporação.

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